Terça, 22 de Abril de 2025
14°C 21°C
Curitiba, PR
Publicidade

Há, sim, um explícito renascimento da literatura de cordel no Brasil

Parabéns aos confrades e confreiras do Cordel, na Academia Poética Brasileira. Pedro Sampaio, Esmeralda Costa, Raimunda Frazão e Goreth Pereira.

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: Mhario LIncoln
12/04/2025 às 09h31 Atualizada em 14/04/2025 às 13h56
Há, sim, um explícito renascimento da literatura de cordel no Brasil
Junto com o poeta Pedro Sampaio, as cordelistas da Academia Poética Brasileira. Esmeralda Costa, Raimunda Frazão e Goreth Pereira.

(*) Mhario Lincoln

 

A literatura de cordel, tradicional do Nordeste brasileiro, ganha novo fôlego com a internet e a atuação de autoras contemporâneas, que incorporam temáticas atuais. (Mhl).

 

A literatura de cordel, tradicionalmente associada às feiras nordestinas e aos folhetos pendurados em barbantes, vive um renascimento vibrante no Brasil contemporâneo. Impulsionado pela internet e pela atuação de autoras, o cordel tem se reinventado, abordando temas atuais e alcançando novos públicos.​

 

Historicamente, o cordel foi uma forma popular de transmitir notícias e histórias, especialmente em áreas remotas do Nordeste. Com o tempo, o gênero enfrentou um declínio, mas a chegada da internet proporcionou uma nova plataforma para sua difusão. Poetas como Goteh Pereira (esteve na Bienal do Cordel, em Fortaleza), Esmeralda Costa e Raimunda Frazão, dentre grandes poetas do gênero, utilizaram as redes sociais para compartilhar seus versos, alcançando milhões de visualizações e revitalizando o interesse pelo cordel.​

 


Além disso, outras autoras contemporâneas têm desempenhado um papel crucial nessa revitalização. Jarid Arraes, por exemplo, publicou mais de 70 títulos em estilo cordel, incluindo "Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis", que destaca figuras femininas negras da história do Brasil. Auritha Tabajara, reconhecida como a primeira cordelista indígena do país, utiliza o gênero para narrar as histórias e tradições de seu povo. Izabel Nascimento, por sua vez, fundou o movimento "#cordelsemmachismo", promovendo a igualdade de gênero dentro do universo cordelista.​

 

Essas iniciativas não apenas desafiam as normas tradicionais do cordel, mas também ampliam seu alcance e relevância. Ao incorporar temas contemporâneos e utilizar plataformas digitais, como a Plataforma Nacional do Facetubes (98. Lugar entre as 100 brasileiras de grande destaque (www.facetubes.com.br), o cordel se estabelece como uma forma de expressão cultural viva e dinâmica, refletindo as complexidades da sociedade brasileira atual.​

 

O renascimento da literatura de cordel no Brasil é, portanto, um testemunho da resiliência e adaptabilidade da cultura popular, que continua a evoluir e a inspirar novas gerações de leitores e escritores.

 

Quem for à favor do movimento cordelista brasileiros, comente abaixo.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Raimunda Pinheiro de Souza FrazãoHá 1 semana São José de Ribamar A muitos anos visito Escolas, Centros de Ressocializacao e outros espaços com voluntaria, falando sobre cordéis e lendo cordéis, tenho o prazer de informar que em muitas das escolas visitadas já temos crianças e jovens produzindo Cordel.
Uimar juniorHá 1 semana Sao uisParabéns aos cordelistas porretas que leva nossa cultura para todos os lugares oralizando, musicando e com muita responsabilidade. Viva o cordel nordestino.
Marlon, CordelistaHá 1 semana Pinheiro MAMhario, gosto muito de ler as meninas do cordel no Facetubes. Parabéns Frazão, Esmeralda e Gorete.
Mostrar mais comentários
Lenium - Criar site de notícias