Natalino Salgado Filho, convidado da Academia Poética Brasileira.
(a) Deus, Francisco
“Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, descansarão dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham.” — Apocalipse 14:13
Quando Jorge Mario Bergoglio assumiu o papado, destaquei, na época, que sua chegada era marcada por uma série de ineditismos: pela primeira vez, um papa não assumia em razão da morte de seu antecessor, mas pela livre escolha do Papa Emérito Bento XVI. Argentino de nascimento, ele foi o primeiro latino-americano a ocupar o trono de São Pedro, o primeiro jesuíta e o primeiro a adotar o nome Francisco, em homenagem ao santo venerado mundialmente.
Creio que os céus estão em festa. Assim como o apóstolo São Paulo, ele pode afirmar que combateu o bom combate, encerrou a carreira e guardou a fé. Seus feitos o acompanham enquanto aguarda a bendita ressurreição dos santos, promessa feita a todos que abraçaram a fé com uma vida de piedade e devoção.
Nós, cristãos católicos de todo o mundo, ficamos com a gratidão e a saudade do santo padre que nos ensinou que “ninguém se salva sozinho” e que “a ternura é o caminho da fortaleza”. A Igreja o terá no panteão dos grandes papas, entre aqueles que encarnaram o discurso da justiça e da misericórdia.
“Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos”, nos consola o salmista no Salmo 116. O legado do Papa Francisco ecoará por gerações. Os céus recebem um importante reforço.
Obrigado, Papa Francisco! Jamais o esqueceremos