Textos escolhidos. (Plataforma Nacional do Facetubes)
Muito interessante. Surfando nas ondas do Facebook encontrei essa publicação (abaixo) sobre o maranhense Raimundo Correia, no canal, Curitiba antigamente e regiao E CURIOSIDADES DO MUNDO, portado por Emerson Oliveira. Muito interessante.
"(...) Um lírico extraordinário... assim alguns bons apreciadores da literatura brasileira se referiram à performance poética de Raimundo de São Luís da Mota de Azevedo Correia Sobrinho, eternizado como Raimundo Correia.
O vate nascido nas agitadas águas da Baía de Mangunça, Arquipélago de Maiaú, Cururupu, Reentrâncias maranhenses, a 13 de maio de 1859, impôs sua personalidade artística indomável, deixando transbordar as agitações profundas de sua alma em versos equilibrados e ritmados, plenos de lirismo e de excepcional pureza de linguagem".
"A história literária nacional pôs Raimundo ao lado de Alberto de Oliveira e de Olavo Bilac, formando a chamada trindade parnasiana. Nem todas as classificações, porém, são fiéis aos eventos que reportam. E esta é uma delas".
"Transplantado de terras francesas, o parnasianismo expressou, no plano literário, o mesmo sentimento de aversão que o positivismo demonstrara aos aspectos subjetivos da existência, às ideologias, às crenças, às paixões".
"Como resultado, a orientação parnasiana defendia o impessoalismo doutrinário, a substituição do subjetivo pelo objetivo. A intenção era eliminar da matéria poética qualquer extrato emocional do eu lírico, pretendendo deixar, em seu lugar, a descrição do espaço circunstante, a correção gramatical e de estilo".
"Embora Raimundo tivesse primado pela excelência do estilo, pela correção apurada, poucas vezes, no conjunto de sua obra, atendeu ao que preconizou o movimento literário do país de Victor Hugo".
"Algumas de suas poesias se inclinam à orientação parnasiana, como “Entre ruínas”, “Lusco-fusco”, “Novos Bardos”, “Desejos”; os de clara fisionomia religiosa, como “O Profeta”; ou seu poema mais conhecido, “As Pombas”. (...)".
"É nas estrofes do poema “Ideia Nova” que o poeta pareceu se declarar por inteiro à nova estética, quando, através dele, ingressava na chamada “Batalha do Parnaso”, um combate que se desenrolava em versos e rimas, pelas páginas do jornal Diário do Rio de Janeiro, contra a poesia romântica, acusada de insossa, choramingas, de derramar-se em lirismo pegajoso."