
PALAVRA DO EDITOR-SÊNIOR: na web iniciativas como essa do www.facetubes.com.br, com selo, pauta e critério, ajuda o interesse do leitor pelo nicho e facilita a descoberta: os mais de 15 mil acessos mensais confirmam apetite por conteúdo sério em Literatura, Arte e Música. Assim, concentrar a publicação dos acadêmicos e poetas convidados numa faixa fixa da semana cria hábito, recorrência e indexação estável, sem dúvida, pilares mensuráveis por ferramentas amplamente reconhecidas como a "Similarweb", referência de mercado para análise de tráfego e rankings por categoria no Brasil. Mas desta vez, mais uma novidade: o poeta Clélio Silveira Filho estreia a subseção POESIA E MÚSICA. com seu poema-louvor musicalizado pela equipe do Facetubes(*). agora, o desfile dos grandes poetas que atenderam ao convite desta Plataforma:
COMPASSO DA SAUDADE
Elvandro Burity
Poeta é um sonhador da imensidão...
Saudade - amar de amor consome
Sorrindo com um nó na garganta
Revive sentimentos de carinho
Em sua saga audaz e iluminada
A vida se insinua... Sem mistérios
Nas inconsequências à irreflexão
Em tudo surge uma afirmação
Se a vida é costumaz transporte
Prospera-se a semente da amizade
Transitando na fragrância do compasso da saudade
Em tudo ela sugere um compasso de saudade.
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RENÚNCIA
Luiza Cantanhêde
Carrego o corpo como quem carrega um altar quebrado.
Nos cantos, o pó da fé antiga,
nos pulsos, a lembrança do ferro.
Já não peço perdão
aprendi que o perdão
também fere.
O silêncio virou meu credo,
a dor, meu idioma secreto.
Deus se recolheu dentro de mim,
feito um suspiro cansado,
um cansaço de existir em mim mesma.
Minhas mãos
(essas testemunhas caladas)
ainda sabem o gesto da súplica, preferem o vazio.
E quando ergo a voz,
não é prece,
é aviso:
a redenção é só outra forma
de continuar sangrando.
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POESIA
Rosa Leme
Eu vejo poesia...
Eu vejo poesia
O sol nasceu,
O sol se pôs;
Eu vejo poesia
No olhar da criança.
Eu vejo poesia
No nascer,
No viver,
No morrer.
Eu vejo poesia na canção,
No pulsar
Do meu coração.
Eu vejo poesia
Na liberdade,
Na lembrança,
Na saudade...
Eu vejo poesia na lágrima;
Que desliza na sua face;
No sorriso que vibra a alegria;
Na paz que dança dentro de mim.
O ano vai, o não vem
Eu sinto a poesia
A cada dia.
Eu vejo a poesia
Na poesia da natureza!
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Função
Clevane Pessoa
(Membro-Fundadora da Academia Poética Brasileira)
Lençóis d’água
Subterrâneos frescores
A amenizar
Os fogachos da menopáusica
Mãe Terra...
Jasmins d’água
Em touceiras.
O olor pungente
Bordeja o rio
que borda a Terra...
De longe,querubins
Em miniatura
Adejando brancas asas...
De perto, parecem
Borboletas que não voam,
Presas ao verde...
De quando em vez,
Caem pétalas
Sem ruído perceptível
E cada qual beija a água
Respingando ternura
Flutuando, leves plumas,
Por certo merecem
Que meu olhar
De brasas acesas
Perscrute o ondulado
E fri caminho...
ATÉ ONDE IRÃO?Aonde
Deságua a água
Cantando,
Ao mar se entregando?
Ou...Fenecerão antes
Que o Tempo as insulte
Roubando-lhes a beleza?...
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PERFIL MONOSSILÁBICO
Sharlene Serra
sou
pó
nó
dor
cor
sou
flor
fé
Cá
Lá
Sou
Luz!
Pé
mão
VOZ!
Sou
Uns.
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É sobre a fé que eu falo
*Clélio Silveira Filho
É sobre a fé que
de quando em vez nós
a esquecemos e andamos de ré
Ela faz a diferença,
nos empurra na crença
E nos tira da escuridão
Quando nosso sim
para ela vira não,
o barco naufraga,
mesmo no seco ou na água
A gente esbarra no nada,
tropeça na caminhada
Não enxerga mais nada
e desaba no chão
Não dá pra atravessar
a vida sem rezar
Até o vento faz barulho
e a gente quer se calar
Mas a verdade é uma só:
Jesus veio e nos ensinou
E parece que tudo já esquecemos
Não queremos entender,
e ficamos mudos. Ele nos amou
Diante das tribulações que vivemos
Queremos milagres, mas não rezamos
E sem solução não entendemos
Que não viemos para cá do nada
Melhor repensar nossa jornada com fé
Deixar de lado o tanto fez, como tanto faz,
e o tanto que ser quer.
E nos voltarmos para Deus,
Sim, nos voltarmos para Deus,
Porque só Ele nos manterá de pé!
VÍDEO BÔNUS (*)
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