Poema póstumo para meu irmão Celestino
*Carmen Dias
Era um menino.
Cresceu, aprendeu a dirigir,
Era o AZ no Maverick amarelo, no Opalão preto...
Namorou, casou, criou filhos, chegaram os netos...
Ele era louco por sua família.
Paizão. Maridão. Irmãozão. Tiozão...
A todos ele acolhia...
Um grande trabalhador.
Era bom numa cozinha, desde criança,
Mamãe que dizia...
Era também pura alegria,
Risada solta, gargalhadas,
ria por tudo e por nada...
Um bonachão, eu diria, queridão,
Os anjos não viam a hora
dele retornar à casa do Pai,
onde agora celebram sua chegada,
Lá vai ele, ser feliz! Dar as suas gargalhadas...
Pensam que ele morreu?
Que nada!
“A gente não morre, fica encantada”,
Guimarães Rosa escreveu...
Carmen Dias é membro da Academia Poética Brasileira
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