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Imortal APB, Antonio Guimarães Oliveira escreve sobre o "Dia da Poesia"

Antônio Guimarães é imortal da Academia Poética Brasileira.

31/10/2023 às 10h26 Atualizada em 14/12/2023 às 16h32
Por: Mhario Lincoln Fonte: Antênio Guimarães
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Antonio Guimarães Oliveira
Antonio Guimarães Oliveira

DIA NACIONAL DA POESIA 

*Antônio Guimarães

Palestrando em parlatórios ou em salas de aulas, somos, muitas vezes, inquiridos: o quê é ser poeta e como é  esse processo de criar poesias? Reticente, respondo que embora a eternidade seja uma realidade duvidosa - pelo fato de que é  impossível compreendê-la, através de nossas mentes conjeturais, se tornando realmente difícil mateatizá-la, pois não somos donos de nossas vontades, apesar de fizerem que somos, construir o real e o irreal não nos cabe. Não programo os meus sonhos.

Eles vêm por obra de um alguém que chamamos de Deus. Estamos sempre diante de inúmeras dificuldades e impossibilidades, não existirá honra ou glória, sem que haja eternidade e, essa, só vem, acredito, com a morte. Tenho uma ciência tênue de que a poesia nasce nesse desespero, e que, o poeta caminha numa direção incerta e, é aí que ele, também existe. Tudo que ele pensa e escreve é, portanto, uma obra do acaso... 


Como exemplo, tenho o meu cotidiano. Constantemente, ando pelas ruas da minha velha cidade e contemplo as mesmas pedras revestindo o chão, os mesmos ladrilhos formando figuras geométricas. Vejo os casarões com ou sem eiras e beiras, e imagino quantos já nasceram e morreram neles. O poeta é  avivado por sombras e fantasmas.

O poeta quer ser isso - algo que nunca morre... ou seja, sempre haverá sombras e fantasmas e consequentemente, poesias. Ei-los nomeados e com suas feituras: Antônio Gonçalves Dias e seu amor platônico por Ana Amélia, Joaquim de Sousa Andrade (Sousândrade), e seu errante e futuristico "O Guesa", Maranhão Sobrinho, um boêmio inveterado e seus “Papéis Velhos”, Antônio Lôbo, um tísico suicida e sua “Carteira de um Neurastênico”, Raimundo Correia e seus “Primeiros Sonhos”, Bandeira Tribuzi e sua “Louvação a São Luís”, José Chagas e seus telhados e a sua “Maré Memória”, Carlos Cunha, e "As Lâmpadas do Sol", Ferreira Gullar e o "Poema Sujo", Lago Burnett e sua "Estrela do Céu Perdido", Erasmo Dias, fanho e com uma rapidez  cerebral inigualável, Bernardo Almeida, com um cigarro Carlton entre os dedos, vociferava "Éramos Felizes  e Não Sabíamos", Waldemiro Viana e seu "Graúna em Roça de Arroz", Nauro Machado e a sua “Antibiótica Nomenclatura do Inferno”, Jomar Moraes, e seu "Encantador de Palavras", Mhario Lincoln, "Suas palavras profundas e sábias", Nascimento Morais Filho, e seus "Azulejos e Clamor da Hora Presente", José Maria Nascimento (nosso decano), e "suas declamações perfeitas", Manoel Guimarães e seus poemas "vagantes",  dentre outros.


Pergunta-se: na Atenas Brasileira, ainda existem poetas? Sim, afirmo: poetas e poesias ainda são marcantes, e com nomes, normas e estilos. Citarei nomes e constelações, que ainda orbitam entre nós, perdoe-nos as omissões não propositadamente, mas somente pela memória. Ei-los: Herbert de Jesus Santos, José Alexandre Júnior, Ewerton Neto, Laura Amélia, Ivan Sarney, Antonio Guimarães, Luis Augusto Cassas, Joselito Veiga, Francisco Baia (Aiab), Kleber Lago, Luísa Cantanhede, Paulo Melo e Sousa, Linda Barros, Danilo, Carlos Alberto Lima Coelho, Sharlene Serra, Eloy Melonio, Chico Tribuzi, Salgado Maranhão, GIlmar, Roberto Kenard,  Joãozinho Ribeiro, Roger Dageerre, Fernando Novaes, Florisvaldo Sousa, Ricardo Miranda Filho, José Eulálio Figueiredo, Joaquim Itapary, Josias Sobrinho, Lourival Serejo, Firmino Freitas (in memoriam), Couto, Aurora da Graça, Bruno Tomé Fonseca, Regis Furtado, Nicolau Fahd, Dilercy Aragão Adler, Júlia Emília, Albert Mont Blanc, Wanda Cunha, Cristiane Lago, Raimunda Frazão, Goreth Pereira, Mário Luna, Rafaela Rocha, Sabryna Mendes, Roberto Franklin, Uilmar Junior, Carvalho Junior, Rogério Rocha, Bioque Mesito, Antonio Aílton, Daniel Blume, José Neres, Sônia Almeida, Anely Guimarães, Alex Brasil, Rossini Corrêa,  Arthur Prazeres, Fernando Reis, João Batista do Lago, Edomir Oliveira, Wescley Brito, Marcos Boa Fé, Nerlir, Pedro Neto, Kalynna Dacol, Adonay Ramos, Barrozo Braga, Evandro Júnior, Neurivan Sousa, Wybson Carvalho, Ivone Silva Oliveira, Nonato Reis, José Carlos Sanches, Antonio de Pádua Silva Sousa, Ferreira da Silva, Moisés Abílio (in memoriam), José Raimundo Gonçalves (in memoriam), Félix Alberto, Celso  Borges (in memoriam), Nathan Sousa, Adriana Araújo, Charles Simões, Wanda Cristina Cunha, Paulo Rodrigues, Kissyan Castro, Rogério Du Maranhão, Augusto Pellegrini, Antônio Melo, Manuel da Cruz Evangelista, e  outros. 


Experienciamos "Os Antroponáuticos"e o "Parangolé", e grandes grupos, formados em redes sociais, reuniões noturnas,  bares e mesas nos Bairros Praia Grande e Desterro: Os Integrantes da Noite, e seus poemas marcantes, Os Vadios da Praia Grande, e os poemas impregnados por sabor alcoólico e fumo maldito ou não; Os Herdeiros de Madame Maroca, e seus e poemas lascivos ou lúbricos; Os Declamadores do Bar do Léo, com suas verves; Os Poetas da Praça dos Poetas, e suas declamações; Os poetas  do Laços poéticos, e seus poemas líricos; O grupo Flores da Noite, e os "Xirizais", do finado Oscar Frota; Grupo As Tertúlias, e seus poemas mórbidos, recheados de suas doenças crônicas e amores perdidos. Definimos ainda os poetas "Vendedores de Terrenos no Céu", que excentricamente e literariamente, afloram suas mentes e fantasias nesse mundo.Temos ainda os anônimos, escondidos por pseudônimos, timidez ou mesmo por falta de oportunidade em publicar suas lavras.

Nos resta continuarmos pensando que estamos criando o melhor ou não, não importando quantas vezes caímos, pois levantaremos e lutaremos, vez que nossas belezas estão em nossas verves e vidas. Às vezes, poderemos acordar ou não nos amanheceres, com raios ou trovões, e constatarmos o esplendor do Universo, em uma obra do Criador, e que nunca nos faltem esperanças nesse novo amanhecer...O poeta não resistirá à existência se não buscar a eternidade. Por isso, é bom que observem, os poetas vivem chorando pelos cantos e rindo na imensidão imaginaria de um algo chamado de eternidade.

( Antônio Guimarães de Oliveira, da Academia Poética Brasileira - 31.10.2023 - São Luís-MA).

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JaimeHá 2 anos Brasília /DF Aplausos de pé pela publicação de alto valor cultural.
Paulo HelderHá 2 anos São Luis -Ma Parabéns pelo belo trabalho!!!
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