RESUMO BIOGRÁFICO
Eloy Melonio é professor, escritor, poeta e compositor. Natural de São Luís (MA), formou-se em Letras pela Faculdade Atenas Maranhense (FAMA) em 2007. Já publicou quatro livros, dois de cunho religioso e dois de poemas. É filiado da AMAR SOMBRÁS (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), membro-fundador da AMEI (Associação Maranhense de Escritores Independentes), da APB (Academia Poética Brasileira) e da ATHEART (Academia Ateniense de Letras e Artes). Em 2021, recebeu o diploma de sócio correspondente da AILCA (Academia Icatuense de Letras, Ciências e Artes). Em 2018, idealizou e viabilizou a oficialização do “Dia Municipal da Poesia” (Lei 6.394, de 7-12-2018). Conquistou dois prêmios literários: terceiro lugar (poesia) no III FESTMACPU, da UEMA (2017), e teve três trabalhos selecionados no prêmio AMEI/2020 (poesia, conto e crônica) e um (crônica) em 2021. Finalista do Prêmio Poeta Carvalho Júnior (6-11-2023). Recebeu em 23 de dezembro de 2021 a Medalha do Mérito Legislativo, a mais alta honraria da Câmara Municipal de São Luís. Seu mais recente livro de poemas, intitulado TRAVESSIA, foi lançado em setembro de 2021. Atualmente coordena o projeto Laços Poéticos, iniciado em 4-12-2020, que reúne, em encontros esporádicos, pessoas das mais diversas expressões artísticas.
A poética de Eloy Melonio, em 4 poesias.
PERCEPÇÕES
não se pode deixar de ver
que a vida
nem sempre é luz, nem sempre é treva
nem de perceber que seu incessante fluir
se realiza em cada instante do existir
e se entrelaça no nosso jeito de ser e viver
engana-se quem imagina
que a vida
é palco sem arte, arte sem artista
não, não e não!
a vida é muito de quase tudo
e pouco de quase nada
e também é
o que às vezes pensamos
que ela não é
ou versa-vice
LUZES E LAÇOS
Os raios do Sol
laçam os primeiros riscos do dia,
que agora é luz, é poesia.
O clarão rasgou o véu da noite,
que já foi silêncio, já foi açoite.
E, num laço de sedução,
gatos pardos libertos da escuridão.
Magna manhã emoldura esse instante
para que os olhos não se ofusquem
com os laços do horizonte.
A arte tece uma chama vívida,
revelando que
o dia é dádiva; a noite, dívida.
Em êxtase,
adormeço na cama desse arroubo poético
e amanheço nos braços de uma diva.
DECEPÇÃO POÉTICA
Pintei minhas palavras da cor do Sol.
E como os girassóis,
não brilharam nem se banharam de ouro.
Joguei-as na passarela do céu.
Andorinhas avoadas, não se vestiram de azul,
nem falaram com as estrelas.
Ao outro lado do Atlântico,
foram e voltaram sem jogar flores ao mar.
Já não sei o que pensam,
o que querem, nem aonde pretendem chegar.
Sim, existem outras por aí.
Tantas e tantas, das mais delirantes cores.
As minhas...
Ah essas são as minhas dores!
RIO-POESIA
Se ainda rio é porque deságuo
nas águas quentes da alegria
E vou rindo rio abaixo
deslizando no curso da poesia
À beira do rio,
uma tarde para falar de amor
e uma canção antes de o Sol se pôr
Um só riso são pingos de alegria
na face da beleza
Rios rasos d’água são olhos
úmidos de tristeza
Num só fôlego, dois sonhos no peito:
ser um rio-mar pra ver o céu bem de pertinho;
e encher de risos os rios do mundo inteirinho
E pensar que um dia eu já nadei
nas águas de um rio sem poesia
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