Cel Carlos Furtado
Uma Manhã de Outono
Acessando um pouco da geografia, sabemos que o Brasil possui um clima tropical, pois situa-se entre o Trópico de Câncer, ao Norte, e o Trópico de Capricórnio, ao Sul. Portanto, o Brasil não possui estações do ano bem definidas, já que a proximidade com a Linha do Equador faz com que o país receba, durante o ano, aproximadamente a mesma quantidade de luz solar, especialmente em nossa região Nordeste. Mesmo assim, eu ousaria dizer que o outono, como uma estação intermediária que marca a mudança do verão para o inverno e o que tem nos castigado até agora: temperaturas altas, vai caindo gradativamente, assim como a umidade.
O Grande Momento
Foi exatamente nesta esplendorosa manhã de 18 de junho de 2024 que o auditório setorial do CCH/UFMA floresceu com a presença de alunos, ex-alunos, professores, amigos e baixadeiros, para presenciar e prestigiar a defesa da tese de doutoramento do Professor Manoel de Jesus Barros Martins, carinhosamente conhecido por todos como Professor Manoelzinho.
Uma Trajetória de Dedicação
Em particular, como seu aluno na graduação em História Licenciatura, pude usufruir do seu zelo, cuidado e preocupação para com todos aqueles que se interessavam pela história, especialmente a do Maranhão. Quase fui jubilado no curso, devido a interrupções ocasionadas por greves estudantis, de funcionários e de professores, bem como por trancamento de curso por extrema necessidade do trabalho profissional (afastamentos em decorrência de operações, realização de cursos ou de outros afastamentos de interesse institucional). Mas pude contar com a enorme colaboração do Professor Manoelzinho, inclusive quando aceitou o convite para me orientar em minha monografia (TCC). Lembro que, naquela oportunidade, chegava da América Central, onde, na Guatemala, participei da Missão de Paz das Nações Unidas para a Verificação dos Direitos Humanos na Guatemala (MINUGUA), representando o Maranhão e o Brasil. Após ouvir alguns dos meus relatos, ele me convidou para, através de rodas de conversas, levar aos alunos dos cursos de História e de Turismo as realidades daquela fantástica experiência, tanto que sugeriu a temática de minha monografia: Guerra e Paz na Guatemala, uma leitura do conflito armado.
O Incentivador
Assim sempre foi o Professor Manoelzinho: incentivador, motivador e criativo, fazendo com que muitos dos meus colegas de curso daquela época pudessem concluir o curso de História da Universidade Federal do Maranhão. Posso considerá-lo como um farejador, um tenaz perseguidor de fatos históricos que, na paleografia, reforça a necessidade de se desvendar para as gerações atuais as nossas origens e descendências.
A Contribuição para a História
O seu trabalho, “Vida em Nós: Histórias Conectadas com o Porto da Raposa, em São João Batista/MA”, preenche lacunas e lapsos temporais, pois diz respeito a todos nós maranhenses da Baixada e de São Luís.
Parabéns e Agradecimentos
Parabéns, Professor Manoelzinho, pela brilhante construção, enriquecida pelas contribuições dos professores Pedro Vilarinho Castelo Branco (UFPI), Cristiane Pinheiro Santos Jacinto (IFMA), Antônio Evaldo Almeida Barros (UEMA/UFMA) e Pollyana Gouveia Mendonça Muniz (PPGHis/UFMA), arguidores da banca de avaliação, sob a orientação e presidência do Professor Ítalo Domingos Santirocchi (PPGHis/UFMA).
Obrigado! Senti-me extremamente feliz com o convite para assistir a esse importante momento acadêmico, que me encheu de orgulho e vaidade por ter tido a oportunidade de ter sido um dos seus alunos.
Fraterno abraço,
Cel. Carlos Augusto Furtado Moreira
Presidente da Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (AMCLAM)
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