Segunda, 04 de Novembro de 2024
20°

Tempo nublado

Curitiba, PR

Cultura Texto Especial

Como está a cultura literária do Maranhão? O Cel Furtado, da AMCLAM dá sua opinião pessoal

"Portanto é urgente que os diretamente envolvidos e engajados no segmento mobilizem a sociedade maranhense em defesa da cultura e da literatura locais".

08/07/2024 às 19h24 Atualizada em 09/07/2024 às 10h11
Por: Mhario Lincoln Fonte: Cel Carlos Furtado.
Compartilhe:
Cel Carlos Furtado.
Cel Carlos Furtado.

A CULTURA LITERÁRIA DO MARANHÃO PEDE SOCORRO

Cel. Carlos Furtado
Presidente da AMCLAM


São Luís e o Maranhão vivenciam um período importante no desenvolvimento da literatura. Com um passado glorioso, a literatura maranhense, atualmente, é impulsionada por grupos de intelectuais que se uniram para promover a produtividade literária e acadêmica, resultando no surgimento de sodalícios culturais em todo o estado. Personalidades destacadas têm envolvido escritores de estilos variados, fazendo surgirem nomes que têm feito uma verdadeira diferença.

A Associação Maranhense de Escritores Independentes (AMEI) desempenha um papel crucial nesse cenário. Por meio das iniciativas de José Viegas, a AMEI conseguiu reunir mais de cem escritores maranhenses que orbitavam na periferia cultural e que encontraram, na 1ª Feira do Livro do Maranhão (FLAEMA), a realização de suas expectativas. Contudo muitos escritores deixaram de fortalecer a AMEI, priorizando projetos independentes. José Viegas e Cleo Rolim lutam para manter a livraria maranhense com mais de 2.000 títulos e diversos eventos culturais desenvolvidos nos últimos sete anos, sem nenhum apoio governamental.

As personalidades impulsionadoras da literatura local, sob a liderança dos presidentes dos sodalícios, buscam apoio por intermédio de amizades pessoais e simpatizantes, mas é necessário mais do que isso. É hora de deixar de conduzir "pires na mão" em busca do cumprimento do direito constitucional à cultura. É preciso sentar-se à mesa, discutir os problemas enfrentados e organizar-se para buscar entendimento com o poder público estadual e municipal, pois a cultura deve receber tratamento qualitativo como qualquer outro segmento social.

Os escritores maranhenses devem se unir, fortalecer a produção cultural local por meio de suas associações e grupos literários, criar espaços de debate, encontros e eventos literários. É essencial fomentar a produção intelectual e proporcionar o intercâmbio de ideias entre os artistas locais para mostrar a pujança do setor cultural.

O poder público precisa reconhecer a importância da cultura e da literatura maranhenses, investindo em políticas públicas que incentivem e promovam a produção literária local. A valorização dos artistas e escritores locais é fundamental para a preservação e difusão da cultura maranhense e para a formação de novas gerações de leitores e escritores.

Portanto é urgente que os diretamente envolvidos e engajados no segmento mobilizem a sociedade maranhense em defesa da cultura e da literatura locais. É imperativo que os órgãos competentes assumam suas responsabilidades em garantir o acesso à arte e à literatura para todos. A cultura literária do Maranhão pede socorro, e cabe a cada um de nós contribuir para sua preservação e promoção.

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Professor Sergio Monteiro de Carvalho, historiólogo.Há 4 meses Guarapari, Espírito Santo. Brazil.D. Lalá. Vou explicar a cabeça de burro. Essa lenda da “Cabeça de Burro enterrada” é bastante comum em algumas regiões do Brasil. Ela foi cunhada por criadores de cavalos que esperavam a gestação de suas éguas. Quando os filhotes nasciam, descobriam que aqueles animais eram jumentos. O jumento é o resultado do cruzamento entre uma égua e um burro. Por ser um híbrido, o jumento tende a nascer estéril, o que era considerado um sinal de azar pelos criadores.
Professor Sergio Monteiro de Carvalho, historiólogo.Há 4 meses Guarapari, Espírito Santo. Brazil.(02) - Para evitar o desgaste da égua e economizar na alimentação do burrinho, esses filhotes eram sacrificados e enterrados longe das residências. Acreditava-se que esses cemitérios de filhotes transformavam-se em terrenos “amaldiçoados”, atraindo maus presságios. Assim, quando um local parece trazer azar para os negócios, diz-se que ali “tem cabeça de burro enterrada”.
Poetisa Francisco dos Anjos, nascida em Guimarães-MAHá 4 meses Brasília-Distrito Federal.Caro coronel. Perdão por emitir minha opinião. Acho que as Academias de Letras não devem depender de Governos. Especialmente as Independentes. Como todos seguem a Academia Francesa, garanto que ela não opina sobre padrões políticos de seus arredores. Nem a ABL. Uma voz aqui outra alí, ainda vai. Mas aconselho que o sr. busque recursos coletivos para continuar fazendo o bom trabalho que a AMCLAM se dispôs fazer. A briga Política e Literatura geralmente não acaba bem. Eu leio sempre o sr. aqui.
Lalá SoaresHá 4 meses São Luís MaEnterraram uma cabeça de burro em São Luís.
Lauande TrindadeHá 4 meses Cuiabá/MT, de PeritoróMAUma voz torna-se necessária.
Mostrar mais comentários
Ele1 - Criar site de notícias