Leonardo Magalhaens
Ler é atravessar o tempo pela ponte da imaginação — e, nessa travessia, as obras clássicas formam o alicerce mais sólido da literatura universal. Das epopeias fundadoras como “Ilíada” e “Odisseia”, de Homero, onde a coragem, a honra e o destino moldam heróis eternos, até as tragédias de Ésquilo, as comédias de Aristófanes e os diálogos filosóficos de Platão, o leitor encontra não apenas narrativas, mas a alma das civilizações. Essas obras inauguraram arquétipos, estruturas narrativas e dilemas humanos que continuam a ecoar na literatura contemporânea. São leituras exigentes, sim, mas recompensadoras — capazes de despertar o senso crítico, o gosto pelo belo e a compreensão da condição humana.
Já no campo mais recente da tradição, autores como Umberto Eco, com obras como “O Nome da Rosa”, resgatam esse lastro clássico ao recriar o passado com erudição, intriga e linguagem refinada. O romance histórico moderno, ao mesmo tempo que ilumina a história com precisão, também testa os limites da ficção, mesclando arte, política, religião e filosofia em tramas complexas. Eco, como outros mestres da pós-modernidade, nos convida a decifrar o mundo — e os livros — como se fossem labirintos. Por isso, ao montar uma lista de leituras essenciais, incluir essas obras clássicas e suas ressonâncias modernas é mais do que uma dica: é um convite à formação de leitores mais profundos, atentos e transformados pela palavra escrita.
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Leonardo Magalhaens