POEMAS DO LIVRO LUAS & HORMÔNIOS, de JOEMA CARVALHO
A AVALISTA LOUCA
Joema Carvalho
como fosse
seu braço
uma prisão
meus cabelos
ao feixe de luz
cairiam
sem sentido
sumiriam feito pó
na decência
ao som clássico
do correto estipulado
fatigada de desejos
morreria com sede
da vontade absoluta
do saber eterno
cravado na bíblia
dentro dos túmulos
erguidos por ambições
feitios esnobes
aprenderia tudo
seria insuficiente
as manhãs pacientes
o café
pôr do sol
meio gelado
varrido por vento
dor
pavilhão interno
de um coração
trincado e vivo
choro escorrido seco
a vergonha engasgada
distância
nada conta
o quanto vale
um corpo que reza
dança ao próprio som
vendo o tempo
os milagres
de um deus no céu
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