Os momentos mais importantes da vida, acredito: chegada e despedida. Entre um e outro há um tempo onde estão os atores dos desfechos, mas dependem do "início e fim".
É nesse interstício que surge tudo que o homem pensa e faz: os pergaminhos, os livros, as pinturas - as obras de arte. Contudo, também, as lâminas mais afiadas e mísseis certeiros, outros sem pavios acesos.
Estou falando dos homens que constroem e destroem. Essa mão, por exemplo, tão bem feita, é obra de Rembrandt. Acredito, a mão direita. A esquerda repousa, talvez por ser inútil para essa prática - ele era destro.
O que escrevia ele, nesse pensamento verbal? Há como alguém dizer o que está escrito em "a mão e o pergaminho"? Sim, certamente, que há. O que está escrito, talvez não tenha relevância, mas a pintura, sim.
Rembrandt nasceu, cresceu e morreu. E Entre nascer, crescer e morrer existe um espaço de tempo, do qual me refiro - aquele útil, que transcende o tempo. É por isso que muitos séculos depois estou aqui discorrendo sobre a natureza humana, especialmente desse gênio da pintura. Ele usou sua habilidade, capacidade e sensibilidade para a arte.
Admirável ser humano que morre e vive... Parece impossível, mas isso é real. A mesma capacidade, teve o artesão ao pensar na agulha e na linha. O cientista que inventou remédios, venenos, vacinas e outros que inventaram punhais e explosivos mortais.
Tudo isso acontece entre o nascer e o morrer - entre a chegada e a partida. Viva, então o ser humano, criatura de Deus, perfeito e imperfeito - "mortal" aparentemente.
(ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA. DATA: 21.07.2024. SÃO LUÍS-MA).
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