*Mhario Lincoln
BANHO
Alcina Maria S Azevedo
"Incomparável prazer!
Um orvalhar da água.
Deslizando-me em carícias.
Lavando até minha alma.
Com sua límpida pureza.
Me faz relaxar.
É um brinde à Criação.
Me curvo a essa beleza".
O poema “BANHO” de Alcina Maria Azevêdo, da Academia Poética Brasileira, é composto por oito versos livres, sem rima fixa, o que confere uma fluidez que acompanha a temática da água. A ausência de pontuação rígida permite uma leitura contínua, quase como o fluxo da água descrito, além de personificar como um agente purificador que não apenas limpa o corpo, mas também a alma. A expressão “orvalhar da água” sugere uma suavidade e delicadeza, enquanto “deslizando-me em carícias” evoca uma sensação de intimidade e conforto.
Um poema que aborda uma temática semelhante é “O Banho” de Luiz de Martino Coronel. "Como demora esse banho. / Envolta em toalhas ela desfila entre espelhos embaçados. / As lamparinas da nudez conferem à pele os vários tons da madrugada". Ambos os poemas tratam do banho como um momento de introspecção e beleza. Enquanto Alcina Maria Azevêdo foca na pureza e na espiritualidade do ato, Luiz de Martino Coronel explora a sensualidade e a transformação visual proporcionada pelo banho. A imagem dos “espelhos embaçados” e “lamparinas da nudez” cria uma atmosfera de mistério e intimidade, contrastando com a clareza e pureza exaltadas por Alcina.
Parabéns, Alcina Maria. Muito bom ter você em nossa Academia Poética Brasileira.
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