REPERCUSSÃO – Em relação à palestra de Edmilson Sanches, uma das manifestações que se diferenciou entre as demais foi a do escritor Eduardo Fontes (Eduardo Humberto Fontes Júnior), da Academia Fortalezense de Letras, bacharel em Direito e em Administração, profissional nas áreas de Finanças, Controladoria, Auditoria e Logística, entre outras, e também jornalista, poeta e historiador com 24 obras publicadas. No microfone, Fontes, que declarou estar às vésperas dos 80 anos, nascido em 16 de dezembro de 1944, revelou que o conteúdo da palestra levou-o a chorar, tanta a emoção de ouvir palavras como as que foram ditas: “Eu quero dizer ao senhor Edmilson Sanches que o senhor me levou às lágrimas naquela cadeira onde eu estou. [...] Achei muito importante as suas observações [...].”
O advogado e jornalista Reginaldo Vasconcelos, presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo e membro da Arcádia Alencarina, fez questão de dizer da boa impressão que teve em relação ao palestrante e ao que acabara de ouvir: “Professor Edmilson, eu queria louvar a beleza do seu discurso. Vou até invocar o Chico Anysio [ator, escritor, artista plástico cearense, falecido em 2012] para dizer, já que você é tão jovem: ‘Eu só queria um filho assim’. Parabéns!”
O técnico Vinicius do Som, que coordenava a parte sonora do evento, disse a Edmilson Sanches que ele era acostumado, na sua função, a “assistir, ver e ouvir, mas, além de técnico, sou um cidadão, e percebo aquilo que é dito com verdade, com gosto, com clareza e que nos toca como pessoa”. Para Levi Torres Madeira, médico oftalmologista e escritor especializado em literatura de cordel, com diversas obras publicadas, “Edmilson Sanches brilha por onde passa”.
Para o jornalista e escritor Francisco Antônio Almeida Bezerra, o Bezerrinha, Edmilson Sanches “tem no talento e na bondade qualidades extremas” e fez “uma palestra supimpa, extraordinária, exuberante...”
O presidente José Augusto Bezerra, da ABBi, classificou: “A palestra de Edmilson Sanches foi memorável, é inesquecível, todos gostaram e vai ter repercussões.”
O poeta, escritor e jornalista Francisco Barros Alves, membro da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, da Academia Cearense de Retórica, da Academia Brasileira de Hagiologia e da Sociedade Cearense de Geografia e História, também cumprimentou o palestrante e, por escrito, reforçou: “Mais uma vez, parabéns pela palestra”.
O professor Francisco Sousa Nunes Filho, da Academia Cearense de Língua Portuguesa, escreveu: “Seu discurso [...] foi monumental. Suas palavras não apenas cativaram, mas também aprofundaram nossa compreensão sobre o poder transformador do livro na história da humanidade. Com uma análise clara e inspiradora, você nos conduziu por um mergulho profundo nas dimensões intelectuais e históricas desse audaz guerreiro, mostrando sua influência em todos os aspectos da vida do Homem. // Estou particularmente impressionado com a forma como você demonstrou o efeito do livro no crescimento da economia e da vida intelectual no Japão e seu contraponto com o Brasil, além de desvelar a capacidade do livro de transcender tempos e espaços, conectando gerações em um fio contínuo de sabedoria e progresso. // Sua admissão na Associação Brasileira de Bibliófilos é um reconhecimento justo e merecido. O Sábio Dr. José Augusto Bezerra, com sua visão criteriosa, acertou em cheio ao incluir alguém com sua competência e erudição na seleta grei que é a ABBi. // Como um admirador do legado de grandes nomes da literatura, vejo em você um digno sucessor de Josué Montello e Coelho Neto, entre outros ícones que o Maranhão e o Brasil ofereceram ao mundo. É uma honra tê-lo como Confrade e compartilhar dessa jornada de celebração do conhecimento e da cultura. // Sou seu admirador e espero ansiosamente pelos próximos momentos de aprendizado e inspiração que certamente nos proporcionará.”
A MEDALHA – A Associação Brasileira de Bibliófilos -- conta o presidente José Augusto Bezerra – “é a única no País que faz esse reconhecimento nacional às pessoas que fazem parte dessa grei de grandes guardiões da nossa memória. Queremos nesse momento oferecê-la, conforme decisão da Diretoria, ao nosso palestrante Edmilson Sanches”. Na história de quase 40 anos da Associação Brasileira de Bibliófilos, a “Medalha do Mérito Cultural José Mindlin” foi concedida para um reduzido número de pessoas. Segundo o presidente da ABBi, José Augusto Bezerra, “a ‘Medalha do Mérito Cultural José Mindlin’ é uma medalha em alto estilo, banhada a ouro, que pode figurar em destaque nos melhores acervos de Numismática. É concedida parcimoniosamente, como honraria a pessoas que hajam se distinguido em nossa área de bibliofilia, no Brasil ou no exterior.” O presidente da ABBi relaciona os “nomes que já foram distinguidos com a comenda: o próprio patrono da honraria, Acadêmico da ABL [Academia Brasileira de Letras] e bibliófilo José Mindlin, que a recebeu ainda em vida; à Rachel de Queiroz ‘in memoriam’, representada por sua irmã, escritora Maria Luiza; empresário Jaime Aquino, maior plantador de cajueiros do mundo, patrocinador da medalha; o ex-governador do Estado do Ceará, bibliófilo Lúcio Alcântara; o escritor e bibliófilo Ruy Sousa e Silva; o escritor, bibliófilo e editor, Pedro Corrêa do Lago; a escritora, historiadora e romancista Ana Miranda; o Acadêmico da ACL [Academia Cearense de Letras], escritor e bibliófilo Pádua Lopes, possuidor de um dos maiores acervos brasileiros sobre cangaço e cangaceiros; o Acadêmico da ACL, escritor e bibliófilo Cid Carvalho, ex-senador e homem de vastíssima cultura, possuidor de uma notável biblioteca; o Acadêmico da ABL e laureado escritor Antônio Torres; e a premiada brasilianista, escritora Ingrid Schwamborn [também filóloga, professora, tradutora, historiadora, conferencista e editora alemã, nascida em Berlim e residente em Bonn]”.
LIVROS E DOCUMENTOS – Edmilson Sanches recebeu do presidente da ABBi dois presentes em forma de documentos raríssimos, posto que únicos, originais: uma correspondência, com seu envelope, datada de 5 de maio de 1966, assinada por Josué Montello, quando era diretor do Museu da República. O outro documento, bem mais antigo, é de 31 de outubro de 1861, assinado pelo Marquês de Caxias, Luís Alves de Lima e Silva. Segundo José Augusto Bezerra, sendo Edmilson Sanches do Maranhão e de Caxias, e sendo bibliófilo, tornava-se o destinatário mais indicado para receber o documento assinado por um grande escritor maranhense (Josué Montello) e o outro, por alguém que escolheu como título de nobreza o nome da cidade natal de Sanches, Caxias. Na oportunidade, o palestrante caxiense reforçou e relembrou que “o nome de Caxias não veio do título de Luís Alves de Lima e Silva; o nome do título dele é que veio de nossa cidade, escolhido pelo próprio e futuro Duque de Caxias e que também influenciou nos topônimos de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro”.
Diversos autores presentes ao último evento do ano da ABBi fizeram questão de presentear Edmilson Sanches com seus livros, autografados: Eduardo Fontes, Francisco Bezerra, José Augusto Bezerra, Margarida Alencar, Reginaldo Vasconcelos. Pelo que deve ter sido um gigantesco esforço redacional, editorial e gráfico-industrial, ressalte-se, de entre cinco obras de Francisco Bezerra, o “songbook” “Ba Freyre – Versos & Canções”, sobre o cantor, músico e compositor José Zilmar de Queiroga Freire, nascido em Sousa (PB), que se mudou aos 17 anos para Fortaleza e faleceu em 2021, em Tel Aviv, Israel, onde morava desde 1992. Também, e considerado o mais completo trabalho bibliográfico já feito sobre o Padre Cícero Romão Batista, o livro “Padre Cícero 180 Anos – O Santo do Povo”, lançado neste ano de 2024. O grande livro, com mais de 500 páginas, todas em cores, fartamente ilustrado e pesando mais de 3 kg, vem acompanhado de duas publicações em formato de revista, todas em papel “couché” fosco e brilhante, coloridas, um livro de cordel (autoria de Geraldo Amancio) e duas caixinhas contendo uma réplica do terço e uma estatueta do Padre Cícero. Todos os seis itens vêm acondicionado em uma caixa em forma de maleta, em esmerado trabalho de produção gráfica e industrial. Para José Augusto Bezerra, reconhecidamente conhecedor de livros, “não se fez até agora um trabalho editorial que possa superar esta obra coordenada por Francisco Bezerra”.
EM VITÓRIA - Na próxima semana, de 8 a 12 de dezembro de 2024, Edmilson Sanches estará em Vitória, capital do Espírito Santo, no sudeste do País. A convite da Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, presidida por Clério José Borges; da Academia Espírito-santense de Letras, presidida por Ester Abreu; e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, presidido por Getúlio Neves, o jornalista maranhense fará palestras no plenário da Assembleia Legislativa do Estado e nas sedes da Academia e do Instituto Histórico. Dois maranhenses de Caxias --- o médico e historiador César Augusto Marques e o advogado, economista, professor e político Ferdinand Berredo de Menezes --- contribuíram com a História e o desenvolvimento da capital e do Estado: César Marques pesquisou o Estado e escreveu o “Dicionário Histórico, Geográfico e Estatístico da Província do Espírito Santo”, de 1878, e Berredo de Menezes foi vereador, presidente da Câmara e prefeito -- considerado dos melhores -- de Vitória, onde também foi professor da Universidade Federal por mais de 30 anos.
Foto abaixo: a “Medalha José Mindlin”, o diploma e os documentos originais assinados por Josué Montello e pelo Marquês de Caxias (Luís Alves de Lima e Silva).