Agora, sei: preciso de um psiquiatra...
Além de alcoólatra,
dei agora para pensar...
na morte...
Tenho questionado Deus,
a ponto de um amigo meu
me apontar um norte...
e se dispor em gratuitas sessões...
Uma enfermaria,
um monte de comprimidos, meditação - sem excitação...
Será se isso me fará melhor?
Tenho receio...
Todavia, meu coração, desgraçado
e insensato...
sempre bateu desse jeito...
sem parar...
desde que penso...
Estou mais para indigente,
do que de Deus, filho...
No convívio de muitos vícios, vivo...
dentre tantos,
esse de me achar estranho,
com pensamentos ditos insanos...
Por isso esse meu amigo
me apresentou sua bússola...
Não posso aceitar,
pois aponta sempre para o sentido contrário,
da razão da minha vida...
Se eu for seguir essa rosa de vento,
esse polo magnético...
jamais vou encontrar o aposento,
o paradeiro do tempo... onde talvez resida Úrsula...