Que belo poema! Ele carrega uma essência nostálgica e mágica, explorando a atemporalidade do amor e a forma como ele resiste às mudanças da vida. Tem um ritmo cadenciado e envolvente, alternando versos que refletem a inocência juvenil e a maturidade adquirida com o tempo. O uso de rimas e métricas contribui para a musicalidade, tornando a leitura fluida e encantadora.
A temática central gira em torno do amor que transcende o tempo e o espaço. O eu lírico nos conduz por uma jornada romântica desde a juventude despreocupada até o reencontro inesperado dos amantes. Há um forte diálogo entre o tempo e a permanência dos sentimentos, sugerindo que o verdadeiro amor nunca se apaga.
O poema faz uso de uma simbologia rica para evocar sentimentos profundos: a natureza, a mata e suas folhas representam a passagem do tempo e o mistério da vida, as alusões a Nárnia e Jumanji estabelecem a ideia de um amor que existe além das limitações temporais, como se os protagonistas estivessem presos em um universo paralelo, onde os sentimentos permanecem intactos.
Além disso, notei também "Rios sem pressa", uma metáfora que sugere o fluxo da vida e das experiências que moldam os personagens.
Na verdade, o tom do poema é melancólico, mas carregado de esperança. Há um lirismo profundo na escolha das palavras, que alternam entre a leveza juvenil e a profundidade da maturidade amorosa. A linguagem é delicada e envolvente, transportando o leitor para dentro da cena, como se ele próprio testemunhasse o reencontro.
O último verso é extremamente poderoso, pois reforça a ideia de que o amor verdadeiro jamais desaparece. Apesar das adversidades, dos anos e das mudanças, a essência do sentimento se preserva. Isso faz com que o poema dialogue diretamente com o leitor, provocando reflexões sobre a natureza do amor duradouro.
Parabéns professor Josias. Abaixo, a íntegra:
"Perdidos na trilha do tempo"
Na mocidade inocente, entre risos e flores,
Dois jovens enamorados em tardes de cor,
Trocavam segredos, faziam peraltices,
Experimentando os encantos do primeiro amor.
Um dia, entre folhas, sumiram na trilha,
No verde da mata, um portal se abriu
Como Nárnia os guardou em seu templo sagrado,
E o tempo passou, mas a magia nunca cessou, se resguardou...
Anos rolaram como rios sem pressa,
Outros amores, batalhas e dor...
Mas eis que se veem...e o tempo se curva...
Como em Jumanji, renasce o ardor.
Ela, princesa de aroma e sorriso,
Com os olhos que um dia o fizeram sonhar,
E ele, ainda nobre, com alma de menino,
Como se nunca tivessem deixado de amar.