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E se o Brasil sofresse a "Maldição do Nobel"? Veja o que diz Ozires Silva

Ainda: Nobel feminino europeu é muito forte?

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: Redação/Prêmio Nobel
13/11/2022 às 11h47
E se o Brasil sofresse a
Ozires/Nobel. Arte:MHL

Da redação (com MHL).

CONTRAPONTO

 

O engenheiro Ozires Silva traz uma reflexão sobre o motivo do Brasil não possuir nenhum Prêmio Nobel.

Em um dos programas do "Roda Viva", da Fundação Padre Anchieta, ele é explícito e muita gente ficou refletindo sobre essa sua declaração.

Diz Ozires Silva: " (...) outro dia eu estava refletindo porque o Brasil não tem nenhum Prêmio Nobel. A Argentina tem, o Chile tem. Sim. Venezuela, Colômbia e muitos países do mundo. Os Estados Unidos, mais de trezentos. O México, e assim por diante...

E o Brasil? Nós não temos nada. E por que? Num jantar em Estocolmo com três membros vencedores do Nobel, fiz essa pergunta pra eles. Eles não responderam. Acho que ficaram meio embaraçados. Porém, um deles decidiu falar (depois de umas doses de vodca coisa desse tipo). E disse:

OZIRES SILVA. Vídeo: Fund. "Padre Anchieta".

- Vocês brasileiros são destruidores de heróis. 

(Foi uma pancada no estômago). 

-Nossa. Por que? (Questionei).

A resposta foi direta:

 

- Todos os candidatos brasileiros jogam contrariamente. Quando aparece um candidato brasileiro todo mundo joga pedra. Não tem apoio da população. Parece que um brasileiro desconfia do outro ou tem ciúme do outro, sei lá o que acontece....

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NOBEL FEMININO É FORTE

Dentre as 17 mulheres ganhadoras do Prêmio Nobel de Literatura, abaixo, mostramos 8 delas. Infelizmente, nenhuma brasileira. Aliás, o Prêmio Nobel, em quaisquer que sejam suas categorias, criado em 1901, tem sido muito discutido, especialmente pela "tendência" de premiar homens europeus.

Alice Munro (divulgação).

Alice Munro

Escritora canadense. Seus contos e crônicas retratam as relações humanas, a partir do cotidiano. Vale destacar, "Falsos segredos" - no original, Open Secrets, 1994. É considerada uma das principais escritoras da atualidade em língua inglesa. 

 

Obra premiada/(Divulgação)

Annie Ernaux

Nascida Annie Duchesne entrou na literatura em 1974 com Les Armoires Vides, um romance autobiográfico. Em 1984, ganhou o Prêmio Renaudot por La Place, outra de suas obras autobiográficas. Primeira escritora francesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, com linguagem simples. 

 

(Divulgação).

Toni Morrison

Morrison foi a primeira escritora negra a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. A romancista faz uso de linguagem para escrever sobre identidade e realidade Americana. Toni Morrison, nascida Chloe Ardelia Wofford, (Lorain, 18 de fevereiro de 1931 - Nova Iorque, 5 de agosto de 2019). Seu livro de estreia, O olho mais azul (1970), é um estudo sobre raça, gênero e beleza — temas recorrentes em seus últimos romances. Despertou a atenção da crítica internacional com Song of Solomon (1977). Já Amada (1987), o primeiro romance de uma trilogia que inclui Jazz (1992) e Paraíso (1997), ganhou o Prémio Pulitzer de melhor ficção e foi escolhido pelo jornal americano The New York Times como “a melhor obra da ficção americana dos últimos 25 anos”. 

 

Clica e leia prévia.

Doris Lessing

É escritora britânica e foi ganhadora do Nobel 2007. Suas obras tratam dos mais diversos temas, como justiça social, feminismo e até ficção científica. Doris Lessing, nascida Doris May Tayler, é autora das novelas The Grass is Singing e The Golden Notebook. Mas sua obra cobre um vasto leque estilístico, indo da autobiografia à ficção científica, com claras influências do modernismo.

 

Louise Glück. (Divulgação).

Louise Elisabeth Glück

É uma poetisa e ensaísta estadunidense. Ganhou muitos prêmios literários importantes nos Estados Unidos, incluindo a Medalha Nacional de Humanidades, o Prêmio Pulitzer, o Prêmio Nacional do Livro, o Prêmio National Book Critics Circle Award e o Prêmio Bollingen. É pouco conhecida no Brasil. Vale lê-la porque seu trabalho possui uma vertente lírica e sensível sobre temas familiares como morte, solidão e relações humanas. Em 2020, ela foi laureada com o Prêmio Nobel de Literatura "por sua inconfundível voz poética que, com austera beleza, torna universal a existência individual". Dois livros agradáveis de ler para conhecer essa vertente poética glückniana.

1 - Poems: 1962–2012. Farrar, Strauss and Giroux, 2012. (Foto divulgação)

2 - Faithful and Virtuous Night. Farrar, Strauss and Giroux, 2014. 

 

Olga Tokarczuk

Olga Nawoja Tokarczuk

E uma escritora polonesa. Recebeu o Nobel de Literatura em 2018. Graduou-se em Psicologia pela Universidade de Varsóvia. Trabalhou como terapeuta antes de começar a se dedicar à literatura, cuja essência mistura o real e o imaginário de forma brilhante. Livro publicado no Brasil: Sobre os ossos dos mortos. 12 novembro 2019. Edição Português. Tradução de Olga Bagińska-Shinzato. Ao lado, outro sucesso editorial: "E.E."(Foto-divulgação).

 

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Herta Muller

É novelista, escritora, poetisa, ensaísta e tradutora alemã nascida na Romênia. Destaca-se pelos seus relatos acerca das duríssimas condições de vida na Romênia sob o regime político comunista de Nicolae Ceauşescu. Foi casada com o escritor Richard Wagner. A utilização da língua alemã por Herta Müller é um modo de resistência, mas também, uma fonte de preconceito, trauma e violência. Recebeu o Nobel de Literatura de 2009 por "com a densidade da sua poesia e a franqueza da sua prosa, retratar o universo dos desapossados". ao lado, o livro O REI SE INCLINA E MATA. (Leia a prévia/ clica na foto).

 

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Svetlana Aleksandrovna Aleksiévitch

Também conhecida como Svetlana Alexandrovna Alexievitch é uma escritora e jornalista bielorrussa. Recebeu o Nobel de Literatura em 2015 "pela sua escrita polifónica, monumento ao sofrimento e à coragem na nossa época". Suas obras são verdadeiros documentos sobre temas relacionados à ex-União Soviética. Um de seus livros, A Guerra não tem rosto de Mulher, muda a estratégia das histórias das guerras serem contadas sob o ponto de vista masculino: soldados e generais, algozes e libertadores. Segundo críticos de sua obra, a visão masculina da guerra é um equívoco e uma injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros estiveram na linha de frente. É esse capítulo de bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói neste livro absolutamente apaixonante e forte. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana Aleksiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte. Em tempo: a Companhia das Letras, editora dessa obra no Brasil, permite que o leitor tenha uma ideia dessa importante saga através de algumas páginas liberadas. Clique na foto ou no link abaixo: https://www.google.com.br/books/edition/A_guerra_n%C3%A3o_tem_rosto_de_mulher/_4hWDAAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1

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