Nesta obra o autor vai ao extremo. Num lado, sepulta um deus; no outro, ele é deus. Quando retorna ao centro, já é outro Cassas, muito melhor, mais lírico, mais irônico e mais cruel, ´o que tem cada de mau jeito de metaleiro undergrau.´ Isso ele faz todas as manhãs, em meio as caminhadas matinais na sua Praia do Calhau. Enquanto isso, o Vampiro vai fazendo a sua síntese: ´só devoro quem amo´. Nesses poemas, o vampiro pode ser considerado uma metáfora cruel da vida em sociedade, regida pelos padrões de ganância e acomodação. Livro de fácil leitura, texto claro ótimo entendimento, estimula o leitor a pensar, é um livro que torna prazeroso o interêsse pela leitura.
A DIETA DO VAMPIRO
Camaleão em dias fúteis
carnívoro em noites úteis
Macrobiótico Baal:
sem gordura e sal
Vigilantes do Peso:
carnes magras – o desejo
Sangue tinto: belas safras
Enologia das taras
½ garrafa ao jantar
Outra taça ao deitar
Excluo os ossos e o tutano
Só devoro quem amo
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Tempo nublado