A Semana Cultural Samuel Barreto 2024 convida poetas e compositores de todas as idades e localidades para participarem do Festival de Poesia 2024. As inscrições são gratuitas e iniciam hoje, pelo site www.poetasamuelbarreto.com.br, estendendo-se até o dia 15 de dezembro de 2024.
SAMUEL BARRETO
Dentre várias e importantes atividades, Samuel de Sá Barrêto, filho de Pedreiras, Exerceu a função de professor na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), na Rede Estadual de ensino – Sistema Prisional, e na Faculdade de Educação Memorial Adelaide Franco (FEMAF). Trabalhou na rádio cultura como cronista esportivo e apresentador de programa musical, de agosto de 1986 a 7 de janeiro de 1999. Fez parte da equipe de jornalismo da Folha do Mearim, hoje desativada, além de ter publicado nos periódicos Bode Velho; Ateneu; Informe-se do PT; e ter colaborado em outros jornais e revistas.
Samuel participou do primeiro movimento organizado de artistas em pedreiras – Movimento Corrêa de Araújo –, e depois esteve entre os integrantes de um grupo que reuniu os principais artistas locais a fim de constituir uma “associação que representasse os anseios da classe”, conforme relato de Darlan Pereira no livro “Pedreiras, fundamento de uma história. Assim sendo, em 2 de maio de 1993 nasceu a Associação dos Escritores e Poetas de Pedreiras (APOESP), da qual Samuel Barrêto foi diretor por três mandatos.
Foi membro-fundador da Academia Pedreirense de Letras (APL), fundada em 2006, onde ocupou a Cadeira nº 8, patroneada por Corrêa de Araújo, tendo sido recentemente eleito para o cargo de presidente. Também foi membro da Academia Poética Brasileira (APB), Cadeira nº 65, tendo como patrono João de Sá Barrêto; e Academia Piauiense de Poesia (ACAPP), Cadeira nº 36, tendo por patrono José Felix Pacheco. Agora, juntamente com os poetas Iracema de Brito, do Transual, e João Barrêto, Samuel também se tornou patrono de uma cadeira na Academia Esperantinopense de Letras (AEL), a cadeira nº 21, da Acadêmica e pedreirense Emanuelly Carneiro.
Venceu o Plano Editorial Gonçalves Dias, categoria Crônicas, da Secretaria de Cultura do Estado do Maranhão, com o livro “A Rua da Golada e Sua Identidade”, em 2009. Em Pedreiras, no ano de 2013, lançou o 1º Cordel Beneficente da região, com o poema “A Peleja de Luís Bico de Agulha com o Guaxinin Cagão”, em parceria com Edvaldo Santos. Também em 2013, publicou o livro de poesias “Caderno de Passagem”, pela EDUFMA; e em 2014, venceu o Edital II de literatura da Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPEMA), com estes “Versos Cinzentos”, lançado pela Ética Editora, tendo destacada participação no Salão do Livro de Imperatriz, juntamente com o saudoso historiador Adalberto Franklin. Venceu a XXI Poemara – Festival Maranhense de Poesia, realizado em Pedreiras, com o poema ‘Águas Barrentas’, em 2007.
Samuel deixou muitos livros inéditos, que serão publicados para a perpetuação de sua memória e legado para a cultura, entre eles, o poema incompleto “Escalada de Vida”, que foi publicado por sua família aos 13 de agosto passado; e a obra “Furo no Engano”, que o poeta trazia em seu coração o grande desejo de apresentá-la ao público ainda no ano de 2020. Assim sendo sua vontade, a família a editou, aos cuidados da Editora Penalux, com lançamento marcado para o dia 8 de outubro de 2020, data do aniversário do poeta. A escrita de “Furo no Engano” trouxe um refúgio na pandemia, através da sensibilidade das palavras do poeta, que fazem pensar além do engano deste furo.
Pesquisa biográfica organizada por Ana Néres Pessoa.