Plataforma do Facetubes – Editorial
O amor consistente e sossegado, a que se refere a escritora portuguêsa Matilde Campilho, é um dos temas do novo programa "Homo Sapiens" (02). Nele, também, alguns questionamentos sobre a possibilidade de o ser humano encontrar um estado de 'repouso afetivo', que resista aos impulsos mais tormentosos da paixão.
Enquanto alguns acreditam que a cumplicidade e o respeito mútuo são capazes de manter a chama acesa sem provocar labaredas de sofrimento, a visão de Arthur Schopenhauer, em “O Mundo como Vontade e Representação” (Livro IV), por outro lado, reforça o caráter terrível e dilacerante do amor. Para o filósofo, a paixão nada mais seria que um artifício da natureza para garantir a perpetuação da espécie, iludindo o indivíduo com a promessa de algo eterno e sublime.
Nesse contraste, desponta uma reflexão sobre o quanto é possível harmonizar o ímpeto biológico com a tranquilidade de um afeto construído a longo prazo, analisada por Matilde. Afinal, será que o amor amadurecido seria apenas uma trégua momentânea no turbilhão de desejos que nos move ou teria o mesmo espaço para a serenidade permanente?
Essas indagações revelam tanto a necessidade de consideração a força bruta que o sentimento carrega quanto a esperança de que, por meio de laços profundos, podemos transcender o ímpeto meramente instintivo e descobrir uma forma de amor que não dilacere, mas sustente a alma em equilíbrio.
Vale ver o vídeo até o fim:
VÍDEO-BÔNUS
PROGRAMA HOMO SAPIENS (02)