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  Tributo a Osman de Santa Cruz Arruda

Pêsames à familia enlutada.

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: Gustavo Arruda
04/04/2025 às 19h03 Atualizada em 04/04/2025 às 20h57
  Tributo a Osman de Santa Cruz Arruda
Em 2012 recebeu o título de cidadão honorário de Curitiba (Crédito: Google)

 

Mhario Lincoln 

 

Este texto com base no discuso emotivo e forte, escrito por Gustavo Arruda, durante a Missa de Sétimo Dia do pai Osman de Santa Cruz Arruda, ressalta a força da fé e  a profundidade do papel de Oaman como pai, esposo, amigo e, acima de tudo, de sua comunhão com Deus. 

Essa emotiva fala, se refere a insights bíblicos oportunos que muito tem a ver com a personalidade de Osman de Santa Cruz Arruda, destacando a presença divina na coincidência de datas e lugares: a missa de sétimo dia ocorre no mesmo altar onde Osman e Marcia Arruda se casaram.

Inteligente essa ênfase porque dá ideia de que “a vida não é feita de coincidências, mas de sinais”, reforçando o caráter sagrado dos encontros e das memórias familiares. Isso traz leveza, pois sugere que há um plano superior conduzindo cada acontecimento.

Gustavo também aproveita para mostrar comparativamente o valor do pai, em suas ações durante a vida e alguns personagens bíblicos, como, por exemplo, Davi e Golias, indicando que Deus colocou grandes desafios diante de Osman, para que ele se tornasse ainda mais forte.

Citou, também, Noé, que construiu a arca para afirmar o cuidado de Osman com sua família, preparando-a para a vida. Citou Moisés abrindo caminhos e superando o impossível, além de conduzir outros, para uma direção segura.

E por fim, Gustavo lembra de Pedro, que andou sobre as águas. Nesse ítem, houve emoção geral. Gustavo escreveu que seu pai enfrentou algumas situações que exigiam muito da fé absoluta.

Na verdade, essas imagens bíblicas são belos exemplos para realçar a perseverança, a coragem e a confiança de Osman em meio a tempestades. Isso reforça a “conotação singela”, pois remete a valores universais de fé, humildade e entrega a Deus.

Gustavo ainda salientou o valor de Osman como pai, avô, esposo e irmão. O texto sublinha que “amigo” talvez seja a palavra que melhor o define. Essa escolha mostra que a marca principal de Osman era a capacidade de criar vínculos de afeto e respeito com todos ao seu redor.

A amizade, nesse contexto, assume um tom bíblico de “amor fraternal” — a proximidade que Jesus enfatizou em sua vida e ensinamentos: cuidar uns dos outros, caminhar juntos e ser “ponte” para o divino na vida alheia.

Ensinamentos como “É aquele que dá a cara a tapa para nos poupar da dor” e “corrige com amor e ensina com exemplo” traduzem uma forma de amizade que se alinha à exortação bíblica de amar ao próximo de forma ativa, comprometida.

Há que salientar, inclusive, essa força imensurável de Osman enquanto grande tribuno, capaz de transportar as pessoas para dimensões de luz, justiça e caminho certo. Isso revela o lado mestre/educador dele, alguém que, com a palavra, inspirava e orientava.

Em determinado trecho, Gustavo enfatiza: “na ausência desse grande amigo, nasce em nós um novo chamado: a missão de manter viva a sua luz”. Ora, fica clara a continuidade que o texto deseja: não apenas lembrar, mas perpetuar seus ensinamentos.

Essa perspectiva de manter vivo o legado de Osman de Santa Cruz Arruda se conecta, também, à ideia de que, em várias passagens bíblicas, a morte não encerra a história — pois o legado, a fé e os valores continuam como parte do testemunho dos que ficam.

A parte final do texto, em tom poético, fala de um “voo” que Osman realiza, agora liberto das amarras terrenas, se aproximandode Deus. Essa emocionante imagem remete ao anseio de eternidade presente na fé cristã: a união definitiva com o Criador. Ao mesmo tempo, reforça o sentimento de paz e confiança de que a misericórdia divina acolhe os que partem.

A partir de todas as referências, vemos Osman como alguém que unia fé (nas passagens bíblicas), coragem (na figura do guerreiro contra Golias), sabedoria (como Noé, enxergando além do aparente), determinação (à semelhança de Moisés) e confiança no impossível (semelhante a Pedro, que andou sobre as águas). Esse conjunto de atributos, somado à sua postura de “amigo”, faz de Osman um homem admirável, cujos traços são consistentemente exaltados no texto.

Abaixo, transcrevo esse texto, na íntegra, como documento insubstituível para manter viva a memória de Osman de Santa Cruz Arruda, cuja vida deixa um legado de tamanho incalculável, além da saudade em todos que o admiravam.

AB AETERNO.

 

O TEXTO DE GUSTAVO ARRUDA NA ÍNTEGRA

Evandro, Mauricio, Gustavo  e Priscilla de Santa Cruz Arruda (igual o sobrenome)

 

"Queridos amigos, irmãos em Cristo,

Quis a divina providência que hoje, na missa de sétimo dia do meu pai, OSMAN DE SANTA CRUZ ARRUDA, estivéssemos exatamente neste altar — o mesmo onde, há 54 anos, meus pais disseram o “sim eterno” um ao outro, no dia 5 de março de 1971.

E, como se não bastasse essa data tão simbólica, hoje também é aniversário da minha saudosa avó, Nair Kalkmann Arruda.

O amor de um casal, a memória de uma mãe e a elevação da alma de um pai… tudo se encontra neste momento, como um sopro do céu a nos lembrar: a vida não é feita de coincidências, mas de sinais.

Bençãos divinas

Deus, quis fazer de meu pai um homem forte:

Como fez com Davi, enviou-lhe Golias.
Como fez com Noé, deu-lhe uma arca para construir, mesmo sem nuvens no céu.
Como fez com Moisés, o chamou a estender o cajado diante do impossível.
E como fez com Pedro, o convidou a andar sobre as águas.

Assim também foi com nosso amigo: Deus moldou nele o homem que, com fé e coragem, desde seu nascimento enfrentava o mundo como Golias, erguia seus filhos como Noé, abria caminhos como Moisés e caminhava sobre águas turbulentas como Pedro.

E na abertura de caminhos e almas, acima de tudo, viveu como um verdadeiro amigo, e com essa palavra — “amigo” — Osman começava sempre uma nova escrita filosófica.

Pai, avô, professor, mestre, esposo, irmão… mas talvez a melhor definição que podemos dar é essa:  amigo!

Porque amigo, como meu pai foi, é aquele que dá a cara a tapa para nos poupar da dor.

É quem orienta com firmeza, corrige com amor e ensina com exemplo.

Com um amigo assim, viver se torna menos pesado, a jornada mais leve, e até a dor se aquieta — porque a presença do amigo é ponte entre a gente e o divino.

Osman, meu pai, foi meu melhor amigo.

E sei que muitos aqui compartilham esse mesmo sentimento porque ele tinha o dom de ser amigo de todos: na escuta, no conselho, na lealdade. Esse amigo raro, que nos deixou marcas profundas. 

Quantas vidas tocadas pela sua visão milimetricamente justa?

Quanta sabedoria compartilhada com quem teve humildade de ouvir?

Quanta felicidade por sua presença alegre e vibrante?

Osman nos transportava com sua oratória impar!

Nos levava por portais invisíveis de luz e nos fazia enxergar suas palavras sobre justiça, o bom viver, o caminho certo.

Hoje, na ausência desse grande amigo, nasce em nós um novo chamado:
a missão de manter viva a sua luz

Amigo Osman,

"Voa! Voa alto na imensidão da luz,
No éter sagrado alcança os vácuos-luz siderais,
impulsiona-te com sabedoria pelas galáxias,
e encontra no universo o brilho sereno da presença de Deus."

Vai, bom amigo.
Desfruta do teu voo sereno.
Recebe o abraço das nossas orações,
o eco do nosso amor,
e a certeza da gratidão eterna de termos caminhado ao teu lado.

Vai amigo, encontre e abrace seus amigos que o precederam e desfrute da paz harmoniosa de Nosso Cristo Senhor e sua mãe Maria ao qual tanto amava.

A todos os amigos de meu pai, o nosso muito obrigado.
A todos que amam a Deus sobre todas as coisas, a nossa saudação.
E àqueles que zelam pelo amor fraternal… uma salva de palmas!"

Osman e Marcia Arruda.

 

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Lindalva Campos, promotora aposentadaHá 2 semanas Piaui.Caro editor, "a morte ainda é vista como uma incógnita, rodeada de crenças e paradigmas da sociedade moderna. As palavras morte, morrer e luto remetem de imediato a sentimentos de dor, fracasso e solidão", li outro dia esse parágrafo. Contudo, pelo que li nesse texto, há uma outra conotação simplesmente fantástica: os que ficam, aceitam a imcumbência de continuar o legado de quem subiu. Isso é lindo.
Lucinha Arruda GonçalvesHá 2 semanas Mato Grosso.Não o conheci. Sou do Mato Grosso. Mas essa poesia me tocou muito. "Voa! Voa alto na imensidão da luz, No éter sagrado alcança os vácuos-luz siderais, impulsiona-te com sabedoria pelas galáxias, e encontra no universo o brilho sereno da presença de Deus."
Gonçalo VinhasHá 2 semanas Curitiba PRConheci-o na APMP. Alegre, conversava com todos. Trabalhei lá, até 2011
Dra. Ludmilla RaposoHá 2 semanas Rio de Janeiro.Meus pêsames a familia. Conhecia o Dr. Osman e sua família. Uma pessoa vitoriosa.
Dr. Abmael Pereira, juiz aposentado.Há 2 semanas Brasília DFMeu Deus, não sabia. Que Deus o tenha.
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