E se você descobrir que o 'português", enquanto língua, não tem somente 5 vogais, como aprendemos desde pequenininho? Que, na verdade, são 14? Para saber isso certinho, leia o artigo abaixo para entender e assista o vídeo do nosso correspondente em Portugal, linguista e pesquisador de línguas., professor Marco Neves.
Pois bem!Quando aprendemos o alfabeto, costumamos ouvir que o português tem cinco vogais: A, E, I, O, U. No entanto, essa simplicidade aparente esconde uma riqueza fonética muito maior. Neste artigo, vamos explorar como o português possui, na verdade, 14 vogais fonéticas e o que isso significa para a língua, especialmente em comparação com o espanhol.
As letras vogais que conhecemos A, E, I, O, U representam sons, mas cada uma pode ter mais de uma pronúncia, dependendo do contexto. Por exemplo, a letra "E" pode ser pronunciada como "é" (aberta) ou "ê" (fechada). Isso significa que estamos lidando com fonemas diferentes, ou seja, unidades de som distintas.
Mas, o português falado no Brasil e em Portugal conta com vogais orais abertas e fechadas: como "é" e "ê", "ó" e "ô".
Vogais nasais: como "ã", "õ", "é" nasalizado.
Cada uma dessas variações é percebida como um som diferente e pode mudar o significado de uma palavra.
Exemplos Práticos: Avó (com ó aberto) vs. Avô (com ô fechado). Pêra vs. Pera (dependendo da região, o som muda e pode significar fruta ou ser uma forma verbal). Anã (presença de nasalização).
Comparando com o Espanhol, idioma vizinho e aparentado com o português, possui apenas cinco vogais fonéticas. Isso torna sua pronúncia mais simples, mas também mais limitada em expressividade fonética.
Essa diferença é uma das razões pelas quais os falantes de português geralmente têm mais facilidade para entender o espanhol do que o contrário. A variedade de sons do português pode ser confusa para quem não está acostumado com tais nuances.
Desta forma, a diversidade vocálica do português é uma de suas maiores riquezas. Ela permite uma grande variedade de expressões e significados, ao mesmo tempo em que impõe desafios para aprendizes e falantes de outras línguas. Compreender essa complexidade ajuda a valorizar ainda mais a beleza e sofisticação da nossa língua.
VÍDEO-BÔNUS
(Prof. Marco Neves/Portugal)