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Sharlene Serra: “QUE TODOS NÓS POSSAMOS REGAR AS SEMENTES DA PALAVRA”

 UM CONVITE DA ACADEMIA MARANHENSE DE LETRAS INFANTOJUVENIL- AMLIJ  

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: Sharlene Serra
15/04/2025 às 18h42 Atualizada em 15/04/2025 às 19h17
Sharlene Serra: “QUE TODOS NÓS POSSAMOS REGAR AS SEMENTES DA PALAVRA”
Original do texto.

Sharlene Serra*

 

A Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil é um espaço  onde as palavras das crianças viram sementes no hoje, para um futuro mais crítico, criativo e humano. 

O futuro se faz no regar as sementes, no hoje!

Em um mundo onde as telas disputam cada minuto da atenção das novas gerações, a Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil (AMLIJ) surge como um farol, lembrando-nos que as palavras ainda são o mais poderoso instrumento de transformação. Aqui, não se cultiva apenas literatura  cultiva-se humanidade.

A AMLIJ  Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil  é um espaço onde crianças e jovens descobrem que suas vozes importam, que suas palavras são ouvidas, lidas, sentidas. E que através de direcionamentos, motivações,  com seus tutores em saraus literários e concursos de poesia, a Academia faz brotar histórias que antes, estavam adormecidas no imaginário infantil. Cada texto produzido é uma semente plantada  de autoestima, de pensamento crítico, de sonhos.

Mas de que adianta sementes se não houver quem as regue? A AMLIJ preocupada por isso, mobiliza todos,  tutores-escritores, educadores, contadores de histórias , pais, a sociedade em geral para serem esses jardineiros da palavra. Não é o ensinar a escrever, mas é a pausa do ouvir, o orientar para  observar,  questionar,  sentir,  perceber a palavra brotando, além de  conversar com o cotidiano, e deixar a poesia e as histórias pousarem feito borboletras.  Uma criança que aprende a narrar suas próprias experiências, torna-se um adulto que não aceita silenciamentos, o que expressamos nos transforma. E o que escrevemos se eterniza.

A AMLIJ não forma apenas pequenos escritores,  forma sujeitos de sua própria história. E esse é o maior legado que a literatura pode deixar. É um ventre cultural gestando os leitores e escritores que farão o Maranhão ser um estado fértil  de muitas letras e infinitas possibilidades, lembrando que a AMLIJ, não se promove apenas literatura, mas também ela tem um papel transformador, trabalhando em três pilares fundamentais:

1.      Autoestima – Ao incentivar a leitura e a escrita, a AMLIJ ajuda crianças e jovens a desenvolverem confiança em suas capacidades. A literatura permite que eles se expressem, reconheçam suas vozes e se sintam valorizados.

2.      Pertencimento – O pertencimento é essencial para o desenvolvimento saudável. Jovens que se sentem vistos, ouvidos e conectados têm maior autoconfiança, engajamento social e resiliência emocional. A AMLIJ, ao unir literatura e mediação humana, não só forma leitores, mas constrói cidadãos que sabem seu valor na sociedade.

3.      Cidadania – A AMLIJ estimula a reflexão crítica sobre o mundo, incentivando o debate sobre direitos e responsabilidade social. Dessa forma, forma cidadãos mais conscientes e participativos.

Hemily Nunes.

Ou seja, a AMLIJ não só difunde a literatura, mas também transforma vidas, contribuindo para o desenvolvimento emocional, social e crítico dos jovens.

Temos  inicialmente 28 membros entre 9 a 16 anos, que descobriram na escrita, a sua forma de expressão. E que tão logo terão seus nomes em antologias.  

A AMLIJ não é apenas uma academia de Letras, é um movimento literário, para que possamos manter a palavra de forma contínua. Sabemos  que ainda há muito a se fazer, que existem desafios, mas  a AMLIJ persiste, mostrando que essa realidade é possível,  com projetos, ações, saraus,  antologias ou parcerias que evidenciam nossos membros, mostrando o seu amor  a literatura.

E assim, na observação cálida  da Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil, um milagre cotidiano se repete: cadernos  se transformam, onde brotam histórias e poesias escritas por mãos tão pequenas, mas de imaginários vastos que fazem cócegas aos papéis emocionados pelo escrito.

Dia 15 de abril de 2025 no evento:

Sementes de versos, onde apresentaremos ações  da AMLIJ e cultivaremos a arte da palavra,  celebraremos a beleza das letras que brotam da tradição popular que nos convida a semear ideias, para germinar através da poesia e do cordel. 


Dia especial para a nova membra da academia Hemily Caroliny da Silva Nunes.

 

Melodia do Santuário.

Em um mar de palavras, onde a alma se perde,
Encontro-me em um santuário de sonhos e conhecimento.
Minha mente, um pintor de emoções profundas,
Descreve um mundo vibrante, com cores de amor e paixão.
A sabedoria flui, como lágrimas de alegria,
Em um templo de ideias, onde o coração se renova.
Nesse universo de sonhos e verdades escondidas,
A palavra é a chave, que abre as portas da alma.
Para expressar a complexidade da realidade humana,
E revelar a beleza, que se esconde nos olhos da alma.
Com cada palavra, um pedaço de mim se revela,
E no silêncio, encontro a verdade, que me faz viver.


(Hemily Caroliny-13 anos)

 

Em um mundo que muitas vezes apressa o crescimento das crianças, mas ignora sua profundidade, a Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil (AMLIJ) surge como um chamado que diz: precisamos parar para observar esses talentos. Não basta ensinar a ler e escrever, é preciso ver o que essas mentes jovens estão criando, ouvir o que dizem e, acima de tudo, acreditar no poder transformador de suas palavras.   

E vem a pergunta  por que observar esses Talentos?   

1. As Crianças e Jovens pensam, sentem e criam  

   - Muitos subestimam a capacidade crítica e imaginativa das novas gerações, como se a infância e a adolescência fossem apenas fases de preparação para a vida adulta. Mas os textos escritos pelos membros da AMLIJ provam o contrário: eles já são autores de suas próprias histórias.   

   - Quando uma criança escreve um poema ou um conto, ela não está apenas brincando com palavras, ela está interpretando o mundo, questionando, sonhando e, muitas vezes, curando feridas que os adultos nem percebem.   

 

2. O Perigo da Invisibilidade   

   - Quantos talentos se perdem porque ninguém os enxergou? Quantas vozes são silenciadas antes mesmo de aprenderem a ecoar?   

   - A AMLIJ existe para evitar isso. Observar esses talentos é dar-lhes existência, é dizer: "Sua escrita tem valor, sua voz pode mudar algo."   

3. A Literatura Como Espelho e Janela

   - Quando um jovem escreve, ele se vê refletido em suas próprias palavras (autoestima) e, ao mesmo tempo, abre uma janela para que outros o compreendam (pertencimento) já mencionado. 

Se não observarmos esses textos, perdemos a chance de entender como essa geração enxerga a sociedade, seus medos, anseios e sua esperança.

 

Nossa proposta:   

- Saraus e Publicações: Ao levar crianças e jovens a palcos e antologias, a academia diz: *"Você merece ser lido."*   

- Mediação Afetiva: Tutores  não são revisores de textos, eles escutam, incentivam a autenticidade e mostram que a escrita é um diálogo.  

 Eventos Como "Sementes de Versos" entre outros, são momentos em que todos podem parar e prestar atenção no talento das novas gerações.   

(Observar esses talentos não é só papel da AMLIJ, é responsabilidade de todos: olhe a criança a sua volta)

- Pais e Educadores: Valorizem os cadernos, os rabiscos, as histórias que as crianças trazem.   

- Governo e Instituições: Apoiem projetos que levem a literatura para além dos muros das escolas.   

- Escritores: Busquem incentivar  autores jovens, compareçam a saraus, percebam a força dessas novas vozes. Você já foi criança (foi incentivado??)  

A Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil - AMLIJ, está provando que o Maranhão (Brasil e o mundo) precisa dessas sementes literárias, não no futuro, mas precisamos regá-las no hoje.  

 

Finalizo dizendo: 

Vamos olhar com mais atenção. Lembrando  que toda grande árvore começa com alguém que um dia se inclinou para cuidar de uma pequena semente, e o semear precisa ser  no presente. E digo, este presente está sendo eescrito também com letras de meninos e meninas, em cadernos com aroma de esperança.  

 

 

Sharlene Serra- Escritora e presidente da Academia Maranhense de Letras Infanto Juvenil.

  

 

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Maria de Lourdes MendesHá 6 dias São Luís MAMuito boa essa iniciativa.
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