
Edomir Martins de Oliveira, Vice-Presidente Nacional da ACADEMIA POÉTICA BRASILEIRA - APB e editor da Plataforma Nacional do Facetubes.
As festividades de fim de ano, que enchem de alegria o coração dos homens, estavam em todos os cantos. Era época de Natal, quando estão presentes as comemorações do nascimento de Jesus Cristo, em que Deus trouxe ao mundo seu filho unigênito para salvação da humanidade.
É no dia 24 de dezembro, que os fiéis celebram com alegria no coração a dádiva do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, Autor e Consumador da nossa fé. As famílias se reúnem em seus lares ornamentados com motivos natalinos, para participarem da troca de presentes e fazerem juntos a ceia natalina, após chegarem das Igrejas, onde foram agradecer e pedir bênçãos ao Todo Poderoso. Depois do ato religioso e da ceia é comum irem os fiéis passear, principalmente os mais jovens, para ver a cidade toda adornada com os enfeites natalinos.
Foi ali que um jovem se encontrou com aquela que poderia ser o seu sonho de casamento: uma moça que lhe despertou o amor à primeira vista. Ela, ao vê-lo, esboçou um discreto sorriso, tendo expressado, através dele, um convite para que se aproximasse. Os poetas falam com os olhos do coração e logo se identificam. Ela estava acompanhada de uma irmã que sentiu a necessidade de ceder espaço para a mana. Ele se aproximou e o casal dispôs-se a uma conversa inicialmente sobre o Natal, ruas e praças adornadas, lembrando o nascimento de Cristo.
No desenvolver da conversa, confessaram que eram livres e desimpedidos, sem ainda terem sido flechados por Cupido que na mitologia grega era representado por Eros, o deus capaz de influenciar sentimentos com suas flechas. Ele, poeta, aproveitou a deixa para dizer-lhe que estava sendo portador de uma flecha para entregar-lhe. Ela ficou encantada com essa perspectiva e achando graça, estendeu a mão para recebê-la.
Foi então que um rapaz que passava e participava indiretamente do oferecimento da flecha, disse à moça: - “Cuidado moça, que essa flecha pode estar envenenada”! E rápido retirou-se. Ele ao entregar-lhe a flecha apertou-lhe carinhosamente a mão e pensou em seu coração e mente, que não a largaria jamais. Caminharam, em seguida, felizes e de mãos dadas. E com um namoro iniciado, tiveram certeza de que era um presente do Menino Jesus o encontro deles.
Depois de aproximadamente 10 meses de namoro, tiveram um pequeno desentendimento tão comum entre namorados. Foi então que uma pessoa amiga do casal, que a tudo assistia, entendendo que havia desentendimento entre eles, querendo apaziguar a situação, perguntou se poderia dar uma sugestão, ao que lhe foi respondido que não pediram sugestão de ninguém e o amigo retirou-se apressadamente. Eles esqueceram que o amor deveria falar mais alto e resolveram romper o namoro.
Passados alguns dias ele agora mais calmo, resolveu telefonar para ela perguntando-lhe se aceitaria tomar um sorvete em sua companhia, o que ela aceitou. Nesse novo encontro, na verdade, ele pensava em reatar o namoro e confessou-lhe esse desejo. Ela, contudo, lhe disse que ainda sofria pelo rompimento do namoro. Vinha como amiga atender seu convite. Não era possível, no momento. Agradeceu o sorvete e assim foi embora com lágrimas nos olhos.
Em conversa com um amigo, ele buscou sua opinião sobre a ocorrência, ao que este lhe disse que com ele aconteceu fato semelhante e os Santos das causas impossíveis, São Judas Tadeu e Santa Rita de Cássia, foi quem resolveu a situação. Hoje ele vive casado há 10 anos com a mesma pessoa, sem nunca mais terem se desentendido.
Passaram-se mais de 30 dias e ele não telefonara. Ela, então, entendera que não devia ter colocado um ponto final ao namoro. Pensou que era bem possível que agora ele não quisesse mais reatá-lo. –Quando uma amiga lhe sugeriu que se lembrasse dos Santos das causas impossíveis, respondeu : – “Vou apelar para Jesus Cristo que nos aproximou no Natal. Ele está acima de todos os Santos”. Telefonou-lhe, dizendo que em retribuição ao seu convite feito a um mês para juntos tomarem um sorvete, agora o convidava. Ela se sentia em condições boas para melhor diálogo, pois fizera uma leitura do “O Amor é o Dom Supremo” na Bíblia Sagrada, em I Coríntios 13. Sentiu que fora precipitada e orgulhosa. Muito o amava! Lembrara-se de uma trova do poeta Antônio Sales que era propícia para o momento, que dizia “Eu ontem não tive o ensejo/ de ver teu rosto querido/ Ao dia que não te vejo/ eu chamo um dia perdido...”
Ele prazerosamente aceitou o convite. Lembrou-se de uma trova que lera de autoria do poeta Antônio Zoppi que recitaria para ela como forma de expressar seu amor: “Com que capricho e desvelo/ Deus procurou te enfeitar. /Pôs noite no teu cabelo/e aurora no teu olhar”.
Acreditando que era um dia propício para grandes revelações, foi à uma loja e comprou uma joia para dar de presente para ela.
E com esse encontro mais romântico do que nunca, eles tomaram mais um sorvete. Desta feita escolheram o sorvete de morango, que ela entendeu ser o mais cabível para um momento de reencontro.
A história ensinava que na Roma Antiga, era o morango, o símbolo de Vênus, a deusa do amor. Aquela fruta era o símbolo do amor, tendo até mesmo um formato similar ao coração.
Ele, então, lhe disse que tinha uma grata surpresa para ela e ficaria muito feliz se aceitasse o presente. Ele ajoelhou-se e perguntou-lhe, apresentando uma caixinha contendo um par de alianças, se aceitava ser sua noiva, ao que ela entre lágrimas de alegria e muito sorriso disse “SIM”. Então caminharam de mãos dadas, Agora estavam, firmes nas admoestações da Bíblia Sagrada em I Coríntios 13:4 e 5 - “O amor é paciente, é benigno....o amor não se exaspera...”. Agora estavam noivos, de olhos e pensamentos no futuro, de mãos dadas, caminharam para o belo futuro que sem dúvida lhes preparara Jesus.
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