Texto de Willy Schumann (Bem Paraná): "Geraldo Magela, o escritor mineiro que conquistou espaço na literatura paranaense, nos deixou aos 66 anos. Grande parte de sua vida se dedicou a sua verve literária. Nascido em 1956, em Guaraciama, interior de Minas Gerais, filho da professora, folclorista e poetisa Maria Lisbela Cardoso e do boiadeiro José Gonçalves Cardoso, Geraldo Magela teve uma infância com vínculo afetivo familiar bem estruturado. Na sua adolescência - em fase puberal - período de mudanças físicas, psicológicas e sociais, seu coração bateu mais forte ao conhecer uma donzela que o encantou pela sua formosura. Foi naquele momento que descobriu a literatura como a forma mais sublime de expressar seus sentimentos diante da beleza e das vicissitudes da vida. Na madrugada de terça-feira (29), esse mesmo coração, já enfraquecido, o levou serenamente para outra dimensão".
KEILA: "Imagino enquanto assisto esta entrevista, como Olinto terá recebido Magela, se estiverem numa mesma dimensão. Ao mesmo tempo vem em meus pensamentos a ideia da falta, o tamanho da lacuna que ficou com a partida dos dois num espaço de um ano. Essa entrevista revela, o quanto ambos transbordavam conhecimento, e uma facilidade gigantesca de lidar com as palavras.". Parabéns confreira @Keila MARTA. Comentário à entrevista com Geraldo Magele e Olinto Simões. (Rever em: ENTREVISTA EXCLUSIVA). Eram muito amigos. Um acabou falecendo 4 dias antes de completar 1 ano do falecimento de Olinto Simões. Geraldo subiu em 29.03 2022. Olinto em 01.04.2021.
Nota do editor do Facetubes: Dia 27 de Março, às 9.18 da manhã, recebo a seguinte mensagem de meu amigo querido Geraldo Magela: "Bom dia....parabéns meu rei, feliz aniversário, que alegria em tê lo neste vasto universo pra alegrar nosso cenário. Saúde sabedoria sucesso sempre". Meu Deus. Dois dias depois veio a notícia. É difícil mesmo, como diz Diekmann, abaixo, entender todo esse processo. Mesmo com meus estudos espíritas, minhas ideologias espiritualistas, meus estudos dessa abordagem, de forma gradual. É realmente difícil aceitar esse fato: a Morte! Li e reli muito sobre a morte. Grifos espíritas, dogmas católicos, assertivas umbandistas e, especialmente, a lógica filosófica, onde Sócrates definiu a própria filosofia como "preparação para a morte". Epicuro, por exemplo, me chamou a atenção pelo fato dele contribuir para libertar as pessoas do medo - sobretudo, da morte. Isso porque, considerava o ser humano como uma entidade coesa, formada por um conjunto de átomos em movimento, Epicuro concebe o fim da vida como um processo tão inevitável quanto natural, descrito como a simples dissolução dessas partículas elementares - que, mais tarde, se reunirão novamente, dando origem a outros seres. Razão pela qual o filósofo sustenta: "A morte nada significa para nós". Destarte, vale aqui redobrar meus agradecimentos a poeta, escritora e articulista do Facetubes JOEMA CARVALHO por ter imaginado esta sucessão de homenagens ao grande amigo Geraldo Magela, em diversas visões poética e sentimentais. Hoje, mais dois convidados. Para quem quiser ler a homenagem número 01, clique a seguir nesse nome:MAGELA
SILVANA: Uma homenagem em verso puro
Magelança
Tua pele denuncia
As raças que te moldaram,
No ritual da esperança
Surge o curandeiro da alma
Trazendo na reza diária
O doce som da palavra.
A receita ao pé da letra
Trava a língua do poeta
Trazendo na fronte esteta
As maquinações do profeta.
Silvana Mello
Homenagem à Geraldo Magela.
Do Livro "Ontem e Hoje" - 2019
Uma hora…
Jefferson Dieckmann
Eu ainda não estou acreditando. Ainda ontem, no final da tarde, após vários meses, eu andei pela Boca Maldita. Uma hora depois, você me escreveu “Saudades...eu estava na boca....as 19 hrs...pena n ter visto vc”.
Sim, meu amigo. Por uma hora, a saudade não foi morta, os sorrisos não foram abertos e o abraço não foi dado.
Eu respondi que logo nos encontraríamos e você ainda teve tempo para me convidar para mais um Sarau cuTUCando a Inspiração. Ah… Se essa hora tivesse sido um minuto. Se eu, olhando na direção do bondinho da XV, tivesse te avistado…
Tão forasteiro aqui, como eu, você escolheu a capital do Paraná como a tua casa. A Boca Maldita, o Largo da Ordem, o TUC e a Feira do Poeta foram as tuas moradas. Como que de propósito, Curitiba no dia em que comemora os seus 329 anos, se despede de você. Não poderia ser em outra data. Não caberia outra data para o teu tamanho, meu amigo! Você é o mineiro mais curitibano que eu já conheci. Ficarão comigo as lembranças dos saraus, das conversas, das risadas e até dos elogios que você me fazia, a maioria por bondade e amizade que sempre nutrimos. Vai, meu amigo Magela. Vai poetar com Leminski. Ele deve estar a sua espera.
Nunca uma hora foi tanto tempo. Uma eternidade…
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Convidada: CARLA RAMOS
Coordenadora da Rede dos Alkimistas do Agora na empresa Saúde com Vida Sustentável. Atriz. Mestre em Reiki e Professora de práticas integrativas orientais. Apresentadora do Saúde com VidaS. Escritora & Colunista. Apresentadora da Alkimia do Ser na Cultive do Instituto Bresil Suisse.
@carlaramosmkt @saudecomvidas
Geraldo Magela Cardoso transborda Amor. Nosso Pai da Poesia lá no Largo da Ordem. Hoje, eu me sinto órfã...Participei da comissão inicial junto ao Magela para reabertura da Feira do Poeta nos moldes de Leminski. Nessa reunião propus o nome "Escritibas": os Escribas de Curitiba armamos uma barraca na Feirinha, diante da Feira do Poeta, para venda dos nossos livros como autores independentes. Sou Grata ao Pai com uma poesia a todos nós:
Paradoxos
Óxidos
Ácidos
Necessários
Para, nós
Agentes
de Mudança
Regentes
Químico
Físico
Alquímico
que somos,
em Vida.
Paradoxal
Mente
Num TAO dia
Pré visão
Profunda
Em opostos
Na dinâmica
Simples
Mente
Ele se foi...
Na mais
Profunda Simplicidade:
Da matéria ao espiritual;
O Corpo se despede
Em reverência
Do Ser Eterno que somos.
Da presença à ausência;
Na extrema ausência física
Se dá a presença espiritual
No Ser interior.
Do Claro ao Escuro;
Só nas Sombras
Que se pode ver
a presença da Luz.
Da música, em iniciais acordes,
ao silêncio do profundo.
Mas é, apenas, no profundo do silêncio
Que escutamos
a linguagem essencial:
A do coração
Que se dizia ser invisível
Aos olhos físicos...
Porém,
Em insight
Numa gestalt
Figura e Fundo
Como aprendizes
A visão da Essência
Ali se fez!
Em Macrocosmo:
Na Visão de Águia
Magos artistas
da Arte do Criar.
Somos, nós
os Alquimistas
Em espelho ao
Grande Criador.
Em Microcosmo:
Somos, apenas,
Instrumentos Celestes
Feitos de pó de estrela.
Representantes do sutil
Do Divino ao Profano
Nesse Denso Plano Terreno.
Apenas, frágeis, pequenas,
peças de produção
Em Grande Sábio Divino Mosaico.
Que, ao seu Chamado, à Essência.
Desprendemos, em cinzas, dessa matéria.
Dessa Vida, em matéria bruta, de fino trato.
Para, assim, envoltos no Amor Universal
Agora, já, em Espíritos Livres
Voaremos como Fênix
De volta a nossa casa
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CARLA RAMOS
Coordenadora da Rede dos Alkimistas do Agora na empresa Saúde com Vida Sustentável. Atriz. Mestre em Reiki e Professora de práticas integrativas orientais. Apresentadora do Saúde com VidaS. Escritora & Colunista. Apresentadora da Alkimia do Ser na Cultive do Instituto Bresil Suisse.
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