Especial, Mhario Lincoln*
No contexto da arte contemporânea, a obra de Helô Plantier emerge como uma manifestação vigorosa de liberdade criativa, caracterizada por uma dança de tintas que transcende a conformidade estética convencional. A análise de sua arte revela um desapego deliberado aos conceitos herméticos, favorecendo, em vez disso, uma construção guiada por uma intuição profunda. Plantier, em sua prática artística, parece conceder "asas" ao seu pincel, permitindo que a expressão flua sem barreiras entre o ontem e o hoje, desafiando as disformidades percebidas e as expectativas normativas da tela.
A artista articula uma filosofia artística centrada no autoconhecimento e na autenticidade. Este ethos é evidenciado em seus conselhos para outros artistas, enfatizando a importância de se conhecer profundamente para melhor expressar a verdade pessoal através da arte. Ela aconselha os artistas a permanecerem fiéis a si mesmos, evitando a tentação de agradar aos outros ou seguir tendências passageiras. Esta abordagem sugere um compromisso com a autenticidade, que se reflete não apenas em suas obras, mas também em sua metodologia criativa.
Além disso, Helô Plantier encoraja a busca por uma voz única através da experimentação com diferentes estilos, técnicas e mídias, o que ressalta a importância de desenvolver uma assinatura artística distintiva. A coragem de ser vulnerável e controverso, como ela sugere, é uma declaração de independência artística que desafia convenções e promove uma expressão mais autêntica e menos condicionada por expectativas externas.
Finalmente, a ênfase da artista na intuição como guia criativo é particularmente relevante no ambiente artístico contemporâneo, onde a autenticidade e a originalidade são altamente valorizadas. Este princípio ressoa com a tendência atual de valorizar a personalidade e a perspectiva individual do artista como elementos centrais de sua obra.
Portanto, a arte de Helô Plantier não é apenas uma celebração da liberdade expressiva, mas também um convite à reflexão sobre o papel do artista na sociedade moderna e a importância da autenticidade na criação artística.
A ENTREVISTA EXCLUSIVA
A rápida conversa entre Mhario Lincoln, editor-sênior do Facetubes e a artista internacional Helô Plantier.
Leia abaixo.
Mhario Lincoln: Por que vc decidiu sair do Brasil.
Helô Plantiter: Sempre gostei de Explorar. Conhecer novos lugares e viver experiências. Já tinha vivido na Itália (Firenzi) e em 2003 vim para Portugal.
MHL 2 - Como você vê a cultura nos países da Europa? Os artistas têm mais vez?
HP- Eu acredito que a força da Arte na Europa existiu desde sempre. Antes para enaltecer as famílias abastadas que desejavam auto-retratos para mostrar suas posses e com o passar dos tempos foi se abrindo um mercado mais contemporâneo. Tivemos mais vez, a partir do momento em que deixamos de crer que a arte não tem futuro. Tanto no Brasil, como aqui. Mas aqui, sim, minha arte é mais valorizada, sem dúvida.
MHL 3 - Tem alguma influência de suas origens na arte que vc produz hoje?
HP 3. Eu tive uma mãe artista e sinto o cheiro da tinta que ela pintava. Então fui criada nesse meio artístico. Hoje eu pinto para mais que tudo, honrar a vida e a história da minha mãe. Também tive uma formação acadêmica em Arquitetura numa faculdade muito "artistica" e então meu olhar para a Arte sempre foi mais aguçado.
MHL 4 - Como vc vê o Mercado de Artes dentro e fora do Brasil?
HP- 4. Cada vez mais as pessoas estão entendendo que investir em Arte é um baita negócio. Acredito que tem que existir uma conexão entre o Artista e o comprador. Hoje eu vivêncio a paixão dos meus clientes pelas artes que eu produzo e isso é imensurável. No Brasil temos histórias lindas como a de Tarsila do Amaral que deixou um legado e aqui...uma infinidade também de artistas incríveis.
MHL 5 - Quais os estilos que vc usa em seus trabalhos?
HP - 5. Muito difícil me colocar numa caixinha. Transito pela Pop Art com um mix de Expressionismo, Impressionismo e pitadas de Grafite.
MHL 6 - Vc já pensou em voltar para o Brasil? Me fale um pouco de sua infância e as artes?
HP - 6. Brasil é minha casa...são minhas raízes. Aqui ( mesmo tendo dupla Nacionalidade) sempre nos sentimos imigrantes. Mas não penso em voltar agora. Tenho um caminho que desbravei aqui e está na hora de desfrutar !
Vídeo-Bônus
Helô Plantier
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