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editor-sênior, jornalista Mhario Lincoln
Brasil SEMANA NAURO

Uma pérola do poeta maranhense Manoel Serrão, sobre Nauro Machado e sobre João Batista do Lago

Texto resenhado e organizado pelo jornalista Mhario Lincoln, sob poema do poeta Maneol Serrão.

05/08/2024 18h47 Atualizada há 1 mês
Por: Mhario Lincoln Fonte: Manoel Serrão/Mhario Lincoln
Serrão, Machado e do Lago. (Arte:MHL).
Serrão, Machado e do Lago. (Arte:MHL).

NAURO & LAGO [Manoel Serrão]

Com uma lírica estilística de vigor verbal criador,
Um me atira de corpo e alma em versos para o alto.
O Outro de uma mestria poética de grandeza abissal,
Me ensina: Baudelaire, Musset, Gaston e François.

Um com a visceral idade do dentro das coisas
E a internalidade fraccionada dos seres,
Me atira nas águas profundas do verbo ser carne.

O Outro num versejado sóbrio e dorido de Quasimodo,
Me ensina a pungente angustia do "Sou um homem só,
Um só inferno" – nas terras entranhas do Ser cavo.

Amo Nauro. Amo Lago.

 

Transcendência Poética

*Mhario Lincoln

 

O poema de Manoel Serrão, (+2020) com sua "lírica estilística de vigor verbal criador", evoca uma força expressiva que eleva o eu-lírico a uma dimensão transcendental, destacando a alma criativa de poetas como Nauro Machado e João Batista do Lago. Essa projeção poética em busca da transcendência, semelhante à explorada por Rainer Maria Rilke em "As Elegias de Duíno", uma obra que trata da angústia existencial e da relação entre vida e morte.

Serrão também faz referências a grandes mestres literários como Baudelaire e Musset, evidenciando a aprendizagem poética profunda que se conecta à tradição literária, semelhante à visceralidade presente nos trabalhos de Sylvia Plath, especialmente em "Ariel", onde a imersão nas profundezas do ser é explorada de maneira intensa. 

A declaração de amor a Nauro Machado e JB do Lago  revela uma ligação emocional e intelectual entre esses poetas, demonstrando uma conexão profunda com suas influências contemporâneas, semelhante à admiração de Walt Whitman por outros escritores e, portanto, reflete uma linha sócio-filosófica que busca compreender a condição humana através da tensão entre os próprios eus-líricos.

Por fim, revela uma saudade profunda e uma homenagem sentida pelo poeta Nauro Machado, cuja presença e impacto continuam a ressoar. A tristeza por sua perda é acompanhada por um reconhecimento de sua contribuição à literatura, descrita com carinho e respeito, como evidenciado pela citação do cordelista Pedro Sampaio, que disse: "o perdemos, para o Céu ganhar." 

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Carmen Regina DiasHá 1 semana CascavelGrande poeta amigo João Batista do Lago, cujos versos arrastam a alma para dentro do próprio poço, para que se banhe nas águas do Si mesmo. João Batista do Lago é patrimônio poético universal, e eu também lhe tenho profundo apreço e admiração.. Já, o Nauro Machado, pretendo ler suas obras, visualizo os brilhos que me circundam enquanto leio sobre a Semana a Nauro dedicada. Expoentes, estrelas raras em nossa constelação, gratidão.
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