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Brasil Orquídea S.

A análise do poema “jung&ela”, de Mhario Lincoln, que integra o novo livro “O Sexto Sexo”.

Mhario Lincoln é presidente da Academia Poética Brasileira.

14/11/2024 às 08h41 Atualizada em 14/11/2024 às 19h00
Por: Mhario Lincoln Fonte: Orquídea Santos, chefe da ASCOM/APB
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Mhario Lincoln e sua obra
Mhario Lincoln e sua obra

Luciana Montes Saraiva, psiquiatra em Curitiba-Paraná, analisou assim a nova poesia de Mhario Lincoln:


"Meu amigo Mhario. Não recebia notícias suas há algum tempo. ainda estás em Curitiba? Vamos tomar um café qualquer dia. Sugiro o "Café do Paço", pode ser? Olha seu poema está dentro das normas, sim. Há fortes conceitos centrais da psicanálise junguiana para explorar a busca pela totalidade do ser e a complexidade das relações humanas. 


"(...) Achei genial sua  colocação sobre "o eu lírico" ao questionar como pode ser pleno para o outro sem antes passar pelo processo de individuação, que envolve consideração do ego, confrontar as sombras e integrar os aspectos femininos e masculinos da psique (anima e animus). 


Estas etapas refletem a jornada proposta por Carl Jung para o desenvolvimento da personalidade, onde a conscientização e a integração dos aspectos conscientes e inconscientes são essenciais para alcançar a realização pessoal e o equilíbrio interior.


Emocionou a parte final (risos), onde a figura feminina "ela" interrompeu esse processo introspectivo ao "dar de costas e sumir no desejo reprimido" do eu lírico. Essa ação simboliza a dificuldade em integrar os desejos inconscientes e as projeções internas nas relações externas.

 
A fuga de "ela" é, a meu ver, como profissional da área, a resistência do inconsciente ao revelar conteúdos reprimidos ou a incapacidade do eu lírico em confrontar seus próprios desejos não resolvidos. Dentro da psicanálise, esse momento evidencia a importância de encarar e trabalhar os conflitos internos para estabelecer conexões genuínas com o outro e consigo mesmo.


Simplesmente dentro dos parâmetros normais. Porém, de grande significância poética.


Amei!
Lu. (...)".

 

Capa.

Jung & ela
*Mhario Lincoln

Para que você me tenha por inteiro, 
o que devo fazer com minha individualização?
Conscientizar-me que sou ego, para reconhecer meu eu consciente?
Confrontar-me com minhas sombras, para enfrentar os aspectos reprimidos da minha personalidade?
Integra-me ao anima/animus, para descobrir os aspectos femininos e masculinos da minha psique?
Realizar-me, a mim mesmo, para alcançar a totalidade da essência do meu eu? Sem você. É isso?
Ou, simplesmente, transcender o ego, para alcançar meu estado de equilíbrio?
.....................
Ela nem deixou eu acabar. Deu de costas e sumiu no meu desejo reprimido!
....................

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