Redação do Facetubes
Maya Angelou é escritora, poeta e ativista de direitos sociais. Sem dúvida, um daqueles nomes que transcendem fronteiras literárias, sociais e históricas. Conhecida como excelente memorialista, também, é uma das vozes mais icônicas do século XX, pois consegue, de forma excepcional, transfor experiências pessoais em um grito universal por justiça e dignidade.
Em sua obra, Angelou fortificou o caminho árduo entre a memória e a história, entre a dor da opressão e a resiliência do espírito humano. Com uma prosa lírica implacável, Angelou não apenas narra a história de uma mulher negra na América, como desafia as estruturas de poder que desejavam silenciar.
"I Know Why the Caged Bird Sings" - (Eu sei porque o pássaro enjaulado canta), título excepcional, sua autobiografia mais célebre, é ao mesmo tempo um ato de denúncia e um manifesto de sobrevivência. Ao narrar sua infância marcada pela violência, pelo racismo e pela misoginia, Angelou revela um mundo brutal, "mas não faço o papel de vítima", diz ela em uma de suas várias palestras, como a que transcrevemos, abaixo, em rápido excerto recuperado do Instagram.
Ela é clara nessas palavras, no vídeo, (metáforas ou não) que ao invés de se vitimar, ela levanta sua voz para celebrar a capacidade de resistir, amar e transformar. Por outro lado, sua poesia, transmitida por ritmos e cadências da oralidade afro-americana, é uma celebração do corpo negro, do orgulho feminino e da liberdade. Ela tinha uma habilidade singular de transformar as pequenas histórias de sua vida em (metáforas ou não), transcendendo fronteiras culturais e raciais. Mais do que uma escritora, Angelou é um cronista da alma humana, capaz de captar as nuances mais delicadas do sofrimento e da alegria.
Portanto, vale ouvir o vídeo de poucos minutos, abaixo transcrito, e se emocionar com cada palavra dessa pensadora da literatura moderna. VÍDEO-BÔNUS/MAYA ANGELOU/Instagram