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O que a GINAI (Inteligência Artificial do Facetubes) acha dos boatos que M. Zuckerberg vai 'liberar total' suas redes?

Está sendo bastante divulgado essa possibilidade de M. Zuckerberg abrir mão do controle Moral, Religioso, Social e Ético. Será verdade?

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: GINAI (Editoria do Facetubes)
16/01/2025 às 12h41
O que a GINAI (Inteligência Artificial do Facetubes) acha dos boatos que M. Zuckerberg vai 'liberar total' suas redes?
Concepção artistica: (IA).

GINAI@ é marca registrada do FACETUBES. (“Generative Artificial Intelligence”).

(Tradução livre: editoria do Facetubes)

 

Sobre a “notícia” de que Mark Zuckerberg fará várias mudanças em suas Redes Sociais, especial no Instagram, essas não são, na verdade, o foco usado para que assinantes e inscritos, tomem deliberativamente ações para abandonar as redes sociais.

Em muitas ocasiões, surgem de forma pontual discussões sobre a legitimidade da privacidade dos usuários. Ou se há ou não, manipulação de dados ou efeitos psicológicos do uso intenso das plataformas.

Porém, para conhecer melhor os meandros das empresas no Vale do Silício que acabam, de uma forma ou de outra, influenciando o Mundo, há no mercado editorial 5 livros que podem ajudar o leitor a pensar criticamente as redes, a própria Internet e a influência do Vale do Silício no contexto geral.

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E por que ler? Essas cinco obras vão dar embasamento a qualquer leitor ter um olhar crítico sobre a presença onipresente da tecnologia em nossas vidas. Não adiante “ter medo” ou ser “terminantemente contra”, ou dizer “vou perder meu emprego”, ou outras alegações, se não tiver conhecimento do conteúdo, de forma (real), não de forma superficial. Outra coisa é tentar excluir uma rede social, só porque “ouviu falar disso ou daquilo”. Portanto, é essencial entender os mecanismos de poder, os contextos éticos e os processos culturais envolvidos em cada plataforma ou inovação.

 

Ler essas análises (abaixo) ajudam a compreender que o universo digital não se limita a “ferramentas neutras”, mas envolve disputas políticas, econômicas e culturais complexas. Assim, os cidadãos podem exercer o livre arbítrio de ser conectado com as inovações, com maior consciência e responsabilidade.

 

Abaixo, a lista:

 

Capa.

1. Big Tech, de Evgeny Morozov

Evgeny Morozov é conhecido por suas análises críticas sobre o papel político e social das grandes empresas de tecnologia. Em Big Tech, o autor discute como companhias como Google, Facebook (Meta) e Amazon moldam comportamentos, mercados e até a própria democracia ao concentrarem quantidades massivas de dados e poder. Morozov alerta para o risco do chamado “solucionismo tecnológico” — a crença de que todos os problemas podem ser resolvidos por meio de plataformas digitais, sem considerar consequências políticas e éticas.

 

Por que ler: Morozov oferece uma visão crítica para além do “fascínio” com as inovações do Vale do Silício, questionando a concentração de poder e os impactos sociais (MOROZOV, 2019). 

Fonte: MOROZOV, E. Big Tech: A ascensão dos dados e a morte da política . Londres: OneWorld, 2019.

 

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Capa.

2. Ética na Inteligência Artificial, de Mark Coeckelbergh

Professor de Filosofia da Mídia e Tecnologia na Universidade de Viena, Mark Coeckelbergh discute como a IA vem sendo desenvolvida e aplicada sem a devida reflexão sobre suas implicações éticas. O livro explora temas como tomada de decisão algorítmica, analisa sistemas de IA, responsabilidade moral de empresas e desenvolvedores, e propõe marcos de governança e regulação que levem em conta a dignidade humana.

 

Por que ler: Ao abordar questões éticas, o livro oferece subsídios para entender de que forma a IA impacta as liberdades individuais, a equidade social e os valores democráticos (COECKELBERGH, 2020). 

Fonte: COECKELBERGH, M. AI Ética. Cambridge, MA: MIT Press, 2020.

(Edição em português habitualmente referida como “Ética na Inteligência Artificial”, em traduções e revisões acadêmicas.)

 

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Capa.

3. O mundo do avesso, de Letícia Cesarino

Letícia Cesarino, professora e antropóloga, investiga como as novas dinâmicas digitais — de plataformas de redes sociais a algoritmos — estão invertendo perspectivas tradicionais de comunicação e engajamento social. O livro reflete sobre a maneira como discursos, verdades e até mesmo identidades passam a ser negociados em um ecossistema digital marcado pela desinformação e pela velocidade de propagação de conteúdo.

 

Por que ler: Cesarino traz um olhar antropológico para características como fake news e bolhas digitais, ajudando a compreender como interações em rede podem redefinir práticas e valores sociais (CESARINO, 2020). 

Fonte: CESARINO, L. O mundo do avesso: ensaios de antropologia da comunicação. Florianópolis: Editora da UFSC, 2020.

 

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Capa.

4. Políticas da imagem, de Giselle Beiguelman

Giselle Beiguelman, artista, pesquisadora e professora, analisa como o universo digital se transformou não apenas na produção, mas também na circulação e na manipulação de imagens. Ela explora como, num contexto hipervisual e conectado, as imagens podem ser um veículo de disputa política, engajamento social e mesma opressão. O livro discute desde a vigilância digital até os usos artísticos e críticos da fotografia e do vídeo nas redes.

 

Por que ler: a obra ilumina o papel central das imagens na nossa cultura contemporânea e como elas afetam a formação de opinião, a coletiva e a própria ideia de privacidade (BEIGUELMAN, 2021). 

Fonte: BEIGUELMAN, G. Políticas da imagem. São Paulo: Ubu Editora, 2021.

 

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Capa.

5. Tecnodiversidade, de Yuk Hui

Filósofo e teórico da tecnologia, Yuk Hui defende a ideia de que não existe uma única “forma de fazer tecnologia” — o que ele chama de “cosmotêcnica” diferente entre culturas. Em Tecnodiversidade , Hui propõe revisitar tradições filosóficas, especialmente chinesas, para demonstrar que o desenvolvimento tecnológico pode (e deve) ser plural, tendo em vista fatores culturais, ambientais e éticos locais.

 

Por que ler: o livro ajuda a questionar a noção de tecnologia como algo universal e homogêneo, mostrando que os sistemas técnicos (e suas consequências) variam conforme o contexto cultural e histórico (HUI, 2020).

Fonte real: HUI, Y. Recursividade e Contingência. Londres: Rowman & Littlefield International, 2019.

(“Tecnodiversidade” é uma das versões adaptadas/conectadas ao debate sobre cosmotécnica.)

 

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JaimeHá 4 semanas Brasília/DFUm assunto atualíssimo.
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