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As confidências e apelos de um dos maiores músicos do Brasil: Chiquinho França

“Apenas um movimento coletivo poderá contribuir com a riqueza cultural do Maranhão e garantir que novas gerações tenham acesso a uma música de maior qualidade”. CF

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: Mhario Lincoln
31/01/2025 às 15h58 Atualizada em 31/01/2025 às 16h36
As confidências e apelos de um dos maiores músicos do Brasil: Chiquinho França
Primeiro CD gravado por CF e MHL

*Mhario Lincoln

Foto: meu primeiro CD lançado nacionalmente graças a Chiquinho França e uma grande editora de música, no Rio de Janeiro. Foi um sucesso cativante esse CD chamado de BAIXADA.

Vou direto ao assunto: tanto fiquei à vontade quanto deixei o mestre Chiquinho França à vontade. Sem blá-blá-blá. Perguntei, ele respondeu. Eu me emocionei em algum momento e ele também. Fica claro na hora que fala em Neném Bragança, a quem CF dedicava muito carinho e respeito musical. E o resto? O resto foi assim:

Meu amigo e parceiro (fizemos mais de 40 músicas juntos) Chiquinho França desabafa de forma elegante nesta entrevista e conta detalhes sobre seu processo criativo e a importância da valorização da música regional. Sua metodologia de composição é simples, sem arrodeios, são insights que acontecem em qualquer momento em que ele esteja ao lado de sua paixão (a guitarra).  No entanto, como perfeccionista, ele estuda e reestuda suas ideias, antes de concluí-la. Caso não goste, ele deleta literalmente o que compôs e começa do zero.

Mas eu também me emocionei quando Chiquinho relembrou como compôs seu maior sucesso internacional: a música "Fissura", tocada em mais de 40 países e usada pela rede Globo em alguns momentos especiais. Ele conta que a música surgiu em um momento de gratidão ao receber uma guitarra de presente do então governador do Maranhão, o menestrel Ribamar Fiquene. Essa história ilustra como a música pode nascer de emoções espontâneas e se transformar em algo que ultrapassa fronteiras. Ele enfatiza, por outro lado, com algum descontentamento (e eu concordo) da importância, do reconhecimento e do investimento na cultura que as autoridades constituídas no Maranhão deveriam fazer e cita experiências vitoriosas em outros estados como no Pará, na Bahia e no Ceará, fora do eixo Rio-São Paulo.

Por isso, em determinado momento, Chiquinho também critica a falta de apoio governamental à música de qualidade em seu Estado e ressalta a consequência disso: "a predominância de conteúdos de menor valor artístico. Por isso, Mhario, eu defendo a união entre artistas, professores, empresários e governo para fortalecer a música maranhense e tornar um produto sustentável e rentável. Apenas um movimento coletivo poderá contribuir com a riqueza cultural do Maranhão e garantir que novas gerações tenham acesso a uma música de maior qualidade".

e claro que diante desse desabafo, sou obrigado a convidar para a mesma mesa o imortal Louis Armstrong, que disse certa vez: "A música é a vida em si mesma. O que eu mais amo na música é que ela não mente. Algo bom sobre música é que quando ela te atinge, você não sente dor." Essa citação reforça a ideia de que a música tem o poder de unir povos e transformar realidades, transcendendo barreiras culturais e geográficas. Sem dúvida, hoje, Chiquinho França é uma das vozes fortes que lutam pela valorização da música maranhense.

Obrigado, parceiro. A entrevista na íntegra, abaixo:

 

Vídeo-Bônus

A ENTREVISTA EXCLUSIVA COM CHIQUINHO FRANÇA

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MarileneHá 1 semana São Luís MaLinda parceria de Chiquinho França e Mhario Lincoln o resultado é só pérola. Com certeza o acordo entre governos e artistas será só sucesso.
JaimeHá 2 semanas BSB/DFVocês dois são Show. Aplausos de pé. Que diversidade cultural!!!
Raimundo FonteneleHá 2 semanas Barra do Corda Maranhão O segundo comentário é para exaltar a excelência do trabalho (música e poesia) destes dois artistas que, juntos ou separados, engrandecem o fazer cultural do Maranhão.
Raimundo FonteneleHá 2 semanas Barra do Corda Maranhão A proposta dos antroponautas era a mesma do Chiquinho. A gente achava que o Maranhão estava culturalmente atrasado 50 anos. Agora são 120 anos, por baixo. O Mhario e o Chiquinho apresentam o nosso caos e miséria cultural aos olhos de nossos desavergonhados governantes. Num papinho bom, numa coisinha à toa.
Wellington Reis Há 2 semanas São Luís Chiquinho França, carinhosamente Dy França, é uma dessas pessoas ímpares, fora da Curva de Gauss, quando se trata de empunhar a bandeira em defesa da música produzida no Maranhão.
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