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Maranhense dribla o mundo e marca golaço na Copa de 2026

Inclue uma trajetória marcada por diversas exposições individuais ao redor do mundo.

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: Editoria de Arte e Cultura do Facetubes
01/04/2025 às 15h20 Atualizada em 01/04/2025 às 18h34
Maranhense dribla o mundo e marca golaço na Copa de 2026
Poster. Há quem diga que o “flamingo estilizado”, na verdade, é o guará cor-de-rosa, ave do literoal maranhense, que influenciou diretamente na feitura desse trabalho. E você o que acha? Deixe seu comentário abaixo.

Editoria de Arte e Cultura do Facetubes com (*)


A Copa do Mundo FIFA 2026 já começou fora das quatro linhas. E o Brasil, mesmo antes da bola rolar, já pode comemorar um golaço artístico com sabor maranhense. O artista Rubem Robierb, nascido em Bacabal-MA, e radicado em Miami há 16 anos, foi o escolhido para assinar o pôster oficial da cidade norte-americana para o maior torneio de futebol do planeta. É como se o Maranhão estivesse batendo um escanteio de efeito que atravessa o campo inteiro e encontra o mundo de cabeça erguida.

 

A obra, revelada num evento especial promovido pela FIFA no famoso Wynwood Walls, mistura cores vibrantes, identidade latina e o símbolo de Miami: um flamingo em equilíbrio sobre uma bola estilizada, com pontos turísticos icônicos estampados nos gomos. Um toque de arte brasileira em um dos palcos mais badalados do futebol global.

 

Robierb venceu um concurso local entre nove artistas finalistas e colocou o Brasil em evidência no hall da arte internacional. Uma conquista histórica não só para ele, mas para o Maranhão, que se projeta com orgulho neste evento de proporções planetárias. “Ainda estou assimilando tudo isso. É uma honra imensa representar Miami com a minha arte durante a Copa do Mundo”, disse o artista em suas redes sociais.

 

Copa bilionária e histórica

A Copa de 2026 será realizada em três países – Estados Unidos, México e Canadá – e traz números que impressionam até o mais experiente cartola. Com a ampliação para 48 seleções e 104 partidas, os organizadores esperam uma movimentação econômica de mais de US$ 8 bilhões, superando com folga os recordes anteriores.

 

Só os direitos de transmissão devem render entre US$ 2,5 e US$ 3,5 bilhões. As cidades-sede estimam lucros que variam de US$ 90 a 480 milhões cada, com movimentações turísticas que envolvem cerca de 5 milhões de torcedores. Em outras palavras: vai faltar vuvuzela pra tanto turista empolgado.

 

Os países-sede investem pesado em estádios, transporte e infraestrutura para receber o público e os jogos. No México, o lendário Estádio Azteca, que já recebeu Pelé em 1970 e Maradona em 1986, será o primeiro a sediar partidas de três Copas diferentes. No Canadá, o impacto esperado ultrapassa CAD 3,8 bilhões, com a geração de mais de 24 mil empregos. Já nos EUA, os olhos se voltam para cidades como Miami, onde a arte maranhense agora faz parte da festa.

 

A Seleção no sufoco e o puxão de orelha de Rivaldo
Enquanto isso, a Seleção Brasileira tenta se acertar no campo. Após um início promissor nas Eliminatórias, o Brasil viveu momentos tensos: foi derrotado pela Argentina por 4 a 1 e perdeu o técnico Dorival Júnior na sequência. Atualmente ocupa a 4ª colocação, dentro da zona de classificação direta, mas sem convencer a torcida.

 

Quem não ficou em cima do muro foi Rivaldo, campeão mundial em 2002. Para ele, a atuação diante da Argentina foi “vergonhosa”. “Faltou organização, criatividade, vontade... Todo mundo viu. Os jogadores estavam perdidos em campo”, detonou o craque. Rivaldo ainda fez questão de lembrar que vestir a camisa do Brasil é carregar um peso histórico e que o momento exige mais seriedade e reação.

 

O Brasil ainda depende só de si para carimbar o passaporte, mas precisa reencontrar a confiança e o bom futebol. Afinal, camisa amarela pesa, e a torcida quer ver aquele futebol moleque e envolvente que encantou o mundo.

 

Maranhão em campo: arte, música e talento
Rubem Robierb não é o único maranhense com brilho internacional nos últimos anos. O estado segue sendo um verdadeiro celeiro de talentos. Um dos maiores exemplos é Pabllo Vittar, que fez história ao se tornar a primeira drag queen brasileira a entrar no Top 50 global do Spotify, com a faixa “Alibi”. Ela já se apresentou na ONU, é figura celebrada em festivais europeus e levou o forró e o pop brasileiro a patamares internacionais.

 

Na música, o nome de Flávia Bittencourt também ressoa com força. A cantora já foi indicada ao Grammy Latino, realizou turnês pela Europa e mistura a sonoridade maranhense com a MPB de forma única. Já Alcione, a eterna “Marrom”, segue firme como embaixadora do samba pelo mundo, encantando plateias no Japão, Europa e nos Estados Unidos.

Do tambor de crioula ao samba-canção, da tela de pintura aos palcos globais, o Maranhão segue mostrando que seu talento é do tamanho do mundo. Um exemplo da musicalidade maranhense. A música "Fissura", (instrumental), do artista, músico e produtor, Chiquinho França já tocou em 26 países, inclusive sendo usada bastante em programas da Rede Globo de TV, tornando-se um dos raros músicos maranhenses a ter esse feito, mesmo que o reconhecimento (da mídia oficial) esteja muito abaixo das qualidades e do valor que tem esse artista nascido em uma comunidade próxima a Santa Inês, outra cidade maranhense conhecida por sua força cultural.

Para conhecer esse sucesso, clica no link: https://www.youtube.com/watch?v=sY0BGT0wY8Y

 

Peça premiadíssima em uma das inúmeras exposições de Rubem Robierb pelo Mundo.

 

Um gol de placa fora de campo
Na verdade, a escolha de Rubem Robierb para representar Miami no Mundial é mais que uma vitória artística: é uma afirmação de que a cultura brasileira, especialmente do Nordeste, tem voz, cor e brilho no maior espetáculo esportivo do planeta. Que venha a Copa. Que venha o hexa. E que venham mais maranhenses marcando golaços por aí. É o Brasil já saindo na frente – e com assinatura maranhense.

 

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Rubem Robierb, artista maranhense de Bacabal, tem uma trajetória marcada por diversas exposições individuais ao redor do mundo. A seguir, algumas das principais:

  • 2019: "Climate Meltdown", Galeria Arte Fundamental, Miami, EUA.

  • 2018: "Metamorphosis", Sagamore Hotel, Miami, EUA.

  • 2018: "Metamorphosis", Galeria Taglialatella, Nova York, EUA.

  • 2018: "Metamorphosis", Galeria Taglialatella, Toronto, Canadá.

  • 2018: "Metamorphosis", Galeria Taglialatella, Paris, França.

  • 2017: "And The Truth Will Set You Free", Galeria Arte Fundamental, Miami, EUA.

  • 2017: "Rubem Robierb New Works", Octavia Gallery, Houston, EUA.

  • 2017: "Rubem Robierb New Works", Octavia Gallery, Nova Orleans, EUA.

  • 2016: "Rubem Robierb New Works", Galeria Taglialatella, Nova York, EUA

  • 2015: "Metamorph-Us", Fort Lauderdale, EUA.2015: "HeArt", Gallery 212, Aspen, EUA.

  • 2014: "F-Light", Atlanta, EUA.2013: "Bullets and Butterflies", Galeria Taglialatella, Nova York, EUA.

  • 2012: "Bullet-Fly Effect", Galeria Emmanuel Fremin, Nova York, EUA.

  • 2011: "Show Me the Money", Curators Voice Gallery, Miami, EUA.

  • 2009: "Eros/Thanatos", Miami, EUA.2006: "Brésil Autrement", Instituto Alliance Française, São Paulo, Brasil.

  • 2006: "Brésil Autrement", Galeria Ilana, Paris, França.2006: "Brésil Autrement", The Image House Gallery, Zurique, Suíça.

  • 2005: "Brésil Autrement", IBRIT Instituto Brasile-Italia, Milão, Itália.

  • 2005: "Brésil Autrement", Space D´Art Sextius, Aix-en-Provence, França.

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(*) Fontes: FIFA, Deloitte, CBS Miami, Fox Business, CNN Brasil, Rivaldo via redes sociais, site oficial de Rubem Robierb, Spotify Global Charts, Billboard, O Imparcial, New York Times.

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ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA Há 3 semanas São LuísAndava com meu conterrâneo Papete em Bacabal, como um "desconhecido" pois ninguém o conhecia em sua terra, assim vejo com Rubem, nao o conhecemos. Desconhecemos seu talento, e ninguém o conhece. Fama demora, e muitas vezes, ocorre isso, não ser conhecido e nem reconhecido, isso demora. Para ele, nossas felicitações.
Marluce GuimarãesHá 3 semanas São Luís MAEi gente? O que Bacabal tem dele?
Lima SantosHá 3 semanas São Luís MA"Rubem Robierb, artista maranhense de Bacabal, tem uma trajetória marcada por diversas exposições individuais ao redor do mundo". Por que Bacabal não dá valor a esse homem? Será que ele não merece todo glamour? E São Luís? Tem algum nome de Praça? Alguém sabia ou não quis dar bola para esse artista do interior que virou estrela mundial? Será que esse povo desconhece essa história?
Judith da Graça LoiresHá 3 semanas Rio de Janeiro. Sou de Anajatuba.Sem querer me meter. Mas Pablo Bittar e Alcione são os grandes maranhenses que são reconhecidos no Mundo, inclusive na Europa (ganharam prêmios) e nos Estados Unidos. Eles são maranhenses?
Sinto muito ler sobre os maranhenses. Leocádio FreitasHá 3 semanas Brasília DFDistinto Mário. Vou meter meu bico. Aqui no Piaui é diferente. O povo do Piauí nunca esqueceu seus vários nomes de destaque nas artes, como o artesão Mestre Dezinho. Olha. O que esse nome recebeu de homenagens e o respeito com que o povo trata esse homem é coisa de louco, gente. O piauiense tem respeito ao próximo. Ajuda seus conterrâneos. Outro dia, lá no Rio, Graco Pacheco, poeta piauiense, recebeu todo apoio, em campanha da internet, para lançar seu primeiro livro. 99% dos doadores daqui.
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