Soneto para Francisco (ou)
Não há vazio onde Deus soprou o fim
Mhario Lincoln
Ao partir, Francisco, o tempo se inclinou,
curvou-se ao peso do silêncio Santo.
Mas tua alma pousou onde ficou o amor,
na seiva oculta do meu pranto.
Não há vazio onde Deus soprou o fim,
pois fim é curva no que é Divino.
São João viu luz onde ardia o jardim,
e Pedro descobriu: perda é só destino.
Francisco, guardaste a vida no evangelizar,
sabendo que a morte é apenas porta.
Quem ama a Deus não perde; soma Fé.
Sua ausência é presença que conforta.
Caminhas em mim, Francisco, respiro tua dor,
pois Deus, na partida, é quem transporta.
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