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Uma homenagem a Sebastião Salgado

“Sebastião Salgado nos ensinou a ver o mundo com mais humanidade e responsabilidade.”, palavras de MEIRELLES JR.

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: Editoria de Arte Facetubes
23/05/2025 às 17h10 Atualizada em 23/05/2025 às 18h55
Uma homenagem a Sebastião Salgado
Meirelles Jr. em montagem de MHL com Salgado.

Na foto acima, um dos maiores fotógrafos da história maranhense, Meirelles Jr., em montagem de MHL com outro grande fenônome das lentes mundiais, SEBASTIÃO SALGADO, durante uma de suas últimas exposições monumentais, no Rio, "Amazônia", no Museu do Amanhã, de julho de 2022 a janeiro de 2023. A mostra, com 194 fotografias da floresta amazônica, atraiu meio milhão de visitantes e destacou culturas indígenas.

 

Editoria de Arte, Plataforma Nacional do Facetubes

 

"Homenagem a Sebastião Salgado. Sebastião Salgado nos ensinou a ver o mundo com mais humanidade e responsabilidade. Suas imagens denunciaram desigualdades, celebraram culturas e revelaram a beleza da natureza em estado puro. Mais que um mestre da fotografia, foi um guardião do planeta. Com o Instituto Terra, mostrou que é possível reflorestar não só paisagens, mas também esperanças. Seu legado é luz, consciência e compromisso com a vida." Meirelles Jr.

 

Morreu em Paris, aos 81 anos, o fotógrafo documental brasileiro Sebastião Ribeiro Salgado Júnior, uma das vozes visuais mais potentes e humanistas do nosso tempo. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra – ONG ambiental fundada por ele e pela esposa, Lélia Wanick – em nota de pesar divulgada nas redes sociais: “Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador”. Desde 1998, o Instituto coordena um ambicioso projeto de reflorestamento no Vale do Rio Doce (MG), onde já foram plantadas mais de dois milhões de árvores.

 

Nascido em 8 de fevereiro de 1944, em Aimorés (MG), Salgado formou-se em economia e trabalhou na Organização Internacional do Café, em Londres, até que, em 1973, durante uma missão na África, decidiu dedicar-se à fotografia. Radicado em Paris, percorreu mais de 120 países. Seu olhar atento às tragédias humanas encontrou expressão máxima em séries como “Outras Américas”, sobre camponeses latino-americanos, e “Serra Pelada” (1986), em que tornou imortal o “formigueiro humano” de garimpeiros no Pará.

 

Nos anos 1980, também documentou a fome no Sahel, na África, para organizações como Médicos Sem Fronteiras, e, entre 1986 e 1992, produziu “Trabalhadores”, um retrato monumental das condições laborais em vários continentes. Já ao final da década, levou sua lente a fluxos migratórios em “Êxodos” (2000), registro contundente das diásporas contemporâneas. A partir dos anos 2000, converteu sua câmera para o planeta: “Gênesis” (2013) celebrava as paisagens intactas e a vida selvagem; “Amazônia” (2021) expunha a floresta e seus povos originários em larga escala, clamando por preservação.

 

A crítica de arte Jonathan Jones, do The Guardian, captou a dimensão estética de seu trabalho em “Amazônia”: “Olhar suas imagens é sentir a mesma sensação de assombro que diante de pinturas sublimes: rios serpenteiam florestas infinitas, escarpas rochosas se perdem no céu e nuvens apocalípticas pairam sobre copas esguias” – palavras que definem a grandiosidade de sua visão fotográfica.

 

Além de embaixador humanitário da UNICEF, Salgado recebeu, entre outras honrarias, o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes (1998), o Eugene Smith Memorial Fund (1982) e, em 2024, o Sony World Photography Award pelo conjunto da obra. Em 2014, ingressou na Académie des Beaux-Arts de Paris. Sua trajetória e impacto cultural foram imortalizados no documentário “O Sal da Terra” (2014), dirigido por Wim Wenders e por seu filho Juliano Ribeiro Salgado.

 

Comprometido com a ecologia, Salgado afirmava que restaurar a Mata Atlântica o havia “curado” das dores testemunhadas mundo afora. No comunicado de despedida, o Instituto Terra lembrou: “Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”. Essa síntese expressa o legado coletivo de suas imagens, que tanto denunciaram desigualdades quanto celebraram a resiliência humana e a beleza natural.

 

Página original de SEBASTIÃO SALGADO, na Académie des Beaux-Arts de Paris

Photo : crédit Yann Arthus-Bertrand.

Sebastião Salgado
Photographie
Élu(e) le13 avril 2016
PrédécesseurLucien Clergue
Né(e) àAimorés (Minas Gerais)
Le8 février 1944
Date de décès23/05/2025

[photo : crédit Yann Arthus-Bertrand]. Original da Página acessada.


Sebastião Salgado est né le 8 février 1944 à Aimorés, dans le Minas Gerais au Brésil. Economiste de formation, il débute sa carrière de photographe professionnel en 1973 à Paris. Il intègre tour à tour les agences Sygma, Gamma et Magnum jusqu’en 1994, date à laquelle il fonde avec son épouse Lélia Wanick Salgado une agence exclusivement dédiée à son travail, Amazonas images. Cette structure est aujourd’hui leur studio.  Il est père de deux fils, Juliano et Rodrigo, et grand-père de Flavio et de Nara.

Salgado voyage dans plus de 100 pays pour son travail photographique et tout particulièrement pour ses projets à long terme qui, au-delà de nombreuses publications dans la presse internationale, ont été présentés dans des livres tels que Autres Amériques (1986), Sahel, l’homme en détresse (1986), La main de l’homme (1993), Terra (1997), Exodes et Les enfants de l’exode (2000), Africa (2007), Genesis (2013), Terres de café (2015),  Koweït, un désert en feu (2016) et Gold, Mine d’or Serra Pelada (2019).  Des expositions itinérantes de ces travaux ont été et continuent d’être présentées à ce jour dans des grands musées et galeries sur tous les continents.

Plusieurs œuvres sur la vie et la carrière du photographe ont vu le jour, telles que De ma terre à la Terre (2013), récit à travers la plume d’Isabelle Francq, et en 2014 le film documentaire Le Sel de la terre, coréalisé par son fils Juliano Ribeiro Salgado et Wim Wenders, qui présente sa vie et son travail.

Ambassadeur de bonne volonté de l’UNICEF depuis 2001, Sebastião Salgado a été récompensé par de très nombreux prix, élu membre honoraire de l’Academy of Arts and Sciences aux Etats-Unis en 1992 et fait Commandeur des Arts et des Lettres en 2014, avant d’être fait, en 2016, Chevalier de la Légion d’honneur. En 2019 il est élu Membre honoraire de l'American Academy of Arts and Letters, Etats-Unis,  il reçoit le Prix de la Paix des libraires allemands. Allemagne.

Sebastião et Lélia travaillent depuis les années 1990 à la récupération de l'environnement d'une partie de la Forêt Atlantique au Brésil, dans l’état du Minas Gerais. Ils ont rendu à la nature une parcelle de terre qu’ils possédaient, devenue réserve naturelle en 1998. Ils ont créé la même année l’Instituto Terra qui a pour mission la reforestation et l’éducation environnementale.

Grand témoin de la condition humaine et de l’état de la planète, Sebastião Salgado conçoit la photographie comme « un langage puissant pour tenter d’établir de meilleurs rapports entre les hommes et la nature ». Depuis toujours, il travaille presque exclusivement en noir et blanc, qu’il considère à la fois comme une interprétation de la réalité et une manière de traduire la dignité irréductible de l’humanité.

Sebastião Salgado a été élu à l’Académie des beaux-arts le 13 avril 2016 au fauteuil de Lucien Clergue.

Página original.

 

VÍDEO-BÔNUS

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Fontes:
brasildefato.com.br · contilnetnoticias.com.br · agazetadoamapa.com.br · metropoles.com · gazetadopovo.com.br · The Guardian · Wikipédia (pt/en)

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Meireles Há 3 semanas São Luís Fico muito honrado em fazer parte desse momento de nossa história e poder homenagear um gênio da documentação e preservação da natureza. Gratidão Mhario Lincon.
Raimundo FonteneleHá 3 semanas Barra do Corda MASe foi, mas poderá ser revisitado em suas milhares de imagens que tão bem captaram e capturaram o "Sal da Terra", com seu sangue e suor.
Socorro Guterres Há 3 semanas Natal/ RNÓtima reportagem que nos contempla com um olhar sobre a magnífica obra de Sebastião Salgado.
Joema CarvalhoHá 3 semanas CuritibaRecebi com tristeza a partida do Sebastião Salgado. Adoro o trabalho dele. Deixou um legado maravilhoso
Maria de Jesus FurtadoHá 3 semanas Bacabal MaTenho todos os livros de Meirelles Junior. E agora vou em busca dos livros de Sebastião.
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