
Entre a glória e a ruína, a sabedoria antiga SOBREVIVE.
Textos escolhidos
Desde os primórdios, os mitos foram mais do que histórias encantadas: eram instrumentos de educação moral e política, espelhos de um povo que buscava compreender o sentido da justiça, da medida e da responsabilidade.
O mito de Tântalo, punido por sua insolência diante dos deuses, revela a estrutura mesma da justiça divina e humana: a consequência inevitável do engano e da desmedida. Aquele que desafia o limite imposto pela ordem cósmica não apenas viola uma regra, mas perturba a harmonia que sustenta a própria existência.
A mesma advertência se repete em Ícaro, cuja ousadia juvenil o levou a ultrapassar o sol e a cair no mar. O voo do filho de Dédalo não é apenas uma metáfora para a ambição, mas uma parábola sobre o esquecimento da sophrosyne — a virtude da moderação que, para os gregos, delimitava a fronteira entre o homem e o divino. Onde há excesso, há ruína; onde há medida, há sabedoria.
Em ritos cívicos, tragédias públicas e recitações domésticas, os mitos eram reformulados para ensinar, advertir e conservar a coesão moral da pólis. Homero exaltou a hospitalidade e a honra; Ésquilo e Sófocles dramatizaram o conflito entre o dever e o destino; Platão reinterpretou os mitos para instruir os jovens na formação da alma justa.
Cada narrativa, portanto, era uma escola de virtude e reflexão.
Ainda hoje, entre ruínas e estátuas, a voz da mitologia continua a nos interpelar. Pois a tragédia de Ícaro e o castigo de Tântalo não pertencem apenas ao passado, mas ao drama perene da condição humana: o esquecimento da medida, o fascínio pelo poder e a busca cega pela glória.
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