Discorrer sobre o ser humano é "escorregadio", pois quem fala é ele mesmo. Este é carente por excelência, de afeto, de companhia, de tudo, afinal. É tão lógica essa premissa, que ele "inventa" crenças e religiões, ergue templos e cria datas, dada a sua imensa solidão - vazio sobretudo.
Agora, viver sem Deus é impossível. Não há, na minha opinião, a figura real do ateu. Ele até poderá se achar, mas órfão, ele não é. Vivemos inventando "coisas" , tecnologias e tentando nos salvar de nós mesmos.
Surgem filosofias das mais esdrúxulas, mas sempre terminamos em nossas contradições e recorremos a Deus. Precisamos, em todos os aspectos, Dele. Na alegria e na tristeza, sempre lembramos Dele. Até mesmo quando achamos que criamos alguma coisa, Deus está presente.
Aliás, presente em tudo: no sorriso e no choro, no amor e no ódio. É da nossa natureza sermos dependentes, em todos os rumos e direções que trilhamos. Não somos auto-suficientes em absolutamente nada. Sempre nos voltamos a Ele com pedidos de socorro e/ou de agradecimentos.
Quem pensa que não pratica isso, é um solitário que está apenas se enganando.Tenho que dizer, ao finalizar esse meu "discorrer". Sou apenas mais um habitante de um lugar contraditório e por ser inacabado, sou incauto.
A certeza que tenho a respeito do que digo e escrevo é humildemente submetida a qualquer julgamento. A verdade passa muito longe do absoluto. Eu sou relativamente "pequeno" para ser o "dono" da verdade. Ah! A verdade. O que é isso, essencialmente, e aonde está em toda a sua "simples" plenitude? Em algum lugar que apenas supomos. Acredito nisso, sem porém, está certo e consciente disso.
(ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA. DATA: 08.07.2024. SÃO LUÍS-MA).
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Na foto, Antonio Guimarães de Oliveira e Aldir Dantas.
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