Os bonecos e a magia de Joana Bittencourt
Redação do Facetubes
A arte de manipulação de bonecos no Brasil tem uma importância significativa tanto no aspecto cultural quanto educacional. Culturalmente, a arte de manusear de bonecos é uma forma de expressão artística que reflete a diversidade e a riqueza da cultura brasileira. Ela permite a preservação e a transmissão de histórias e tradições locais, contribuindo para a manutenção da identidade cultural do país. O trabalho com bonecos é uma ferramenta pedagógica poderosa.
Por essa razão, a maranhense Joana Bittencourt, artista talentosa, deu continuidade à arte bonequeira de seu irmão Beto, trazendo a magia do manuseio de bonecos para a vida de adultos e crianças. Essa arte é uma tradição antiga e tem um papel importante na sociedade, servindo como uma forma de entretenimento, educação e expressão cultural.
Joana, além de ser uma habilidosa bonequeira, também é uma escritora renomada. Ela tem uma afinidade especial por histórias que falam do Bumba-Meu-Boi, uma brincadeira tradicional do período de São João, no Maranhão. Seus livros, repletos de contos sobre essa festividade, são uma celebração da cultura brasileira e uma forma de preservar e compartilhar essa tradição com as novas gerações.
A arte de Joana vai além do manuseio de bonecos. Ela usa seus bonecos para contar histórias, transmitir emoções e ensinar lições valiosas. Para as crianças, os bonecos de Joana são uma fonte de alegria e maravilha, enquanto para os adultos, eles oferecem uma oportunidade de se reconectar com a inocência da infância e a riqueza da cultura brasileira.
Através de sua arte e suas histórias, Joana Bittencourt contribui para a valorização da cultura brasileira, a educação das crianças e o enriquecimento da vida de todos que têm a oportunidade de conhecer seu trabalho. Sua dedicação à arte bonequeira e à preservação das tradições culturais brasileiras é uma inspiração para todos nós.
Histórias essas contadas recentemente, em sua casa (estúdio), onde recebeu dois ilustres cearenses, um deles, um dos maiores sonetistas do Brasil, o cordelista Pedro Sampaio. Junto com ele, Joana também recebeu o professor Carlos Rocha, que ficou encantado com o trabalho dessa artista maranhense.
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Prelúdio a João Batista
*Mhario Lincoln
Eu sempre admirei a astúcia, o grito, a anunciação, o desesmêro, a angústia, a rigidez, 'a porrada no estômago' que provoca a poética de João Batista do Lago em que o lê pela primeira (ou) outras vezes.
Em meu bestunto, acredito que ele esteja reinando entre os 10 melhores poetas vivos do Brasil, por sua eutanásia lírica desenfreada, desmaterializando o sagrado patético das vitrolas lunáticas dos pregadores embriagados de purpurina. Em seu peito, reina o deus de Spinoza, o deus de todas as causas, de todas as casas, da alma, da natureza hipotética, do sangue que goteja dos poros da verdade!
Assim é construída toda uma habilidade desacadêmica de João Batista ao conjugar sua inigualável modernidade poética, onde elementos clássicos são guizos de um fofão estirado na rua, num fim de uma quarta-feira de cinzas.
Assim, como as hienas marcam seu território com urina forte, JB marca sua obra com ousadia irracional, em cuja relação com a palavra é sempre visceral, refletindo uma dualidade entre o paterno e a ferocidade animal, enquanto expressa preocupações sociais e filosóficas.
João Batista é, sem dúvida, um poeta mais que maduro. Chega a irritar por sua versatilidade, capaz de transitar entre diferentes correntes filosóficas e poéticas. E o faz com tanta asserção que é impossível não somá-lo aos grandes nomes da literatura contemporânea, pela relevância e originalidade de seus textos, culminando em estupendas reflexões sobre a condição humana até críticas sociais e políticas, revelando uma profunda intimidade com suas raízes, surfando de forma impiedosa entre o telúrico e o transcendental. Eparrei, poeta, evoé!
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Vídeo-Bônus
(Entrevista exclusiva com o poeta João Batista do Lago)
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