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O amor, apesar de ser uma experiência comum, resiste a definições simples e unívocas.

Abaixo, um vídeo recuperado do Instagram, onde José Saramago, Nobel de Literatura de 1998, tenta explicar o amor.

Mhario Lincoln
Por: Mhario Lincoln Fonte: Mhario Lincoln
27/06/2024 às 18h51 Atualizada em 27/06/2024 às 18h53
 O amor, apesar de ser uma experiência comum, resiste a definições simples e unívocas.
Google (Divulgação).

*Mhario Lincoln

 

Será que nem Saramago consegue explicar efetivamente o que é o AMOR?

José Saramago, em sua reflexão sobre o amor, nos leva a um questionamento profundo e filosófico sobre a natureza deste sentimento universal. Ele começa afirmando que todos desejam que se fale do amor, talvez na esperança de que alguém, um dia, consiga definir precisamente o que é. Essa expectativa coletiva aponta para uma busca incessante pela compreensão de algo que é tão fundamental e, ao mesmo tempo, tão misterioso em nossas vidas. O amor, apesar de ser uma experiência comum, resiste a definições simples e unívocas.

Saramago continua, admitindo que a tarefa de explicar o amor é, "em última instância, impossível". Ele sugere que, embora possamos tentar "descrever e analisar os sentimentos por meio de palavras, sempre há algo que nos escapa". Esse "algo" é a essência do amor, "aquilo que não pode ser capturado ou traduzido completamente pela linguagem". A limitação das palavras em transmitir a plenitude do amor destaca a sua complexidade e profundidade, tornando-o um enigma que desafia a razão e a lógica.

O escritor enfatiza que essa característica inefável do amor é precisamente "o que o torna tão intrigante e poderoso". O amor é comparável a um fenômeno que, por mais que se tente compreender e dominar, sempre guarda um segredo, uma parte inexplorada. Esse aspecto escorregadio do amor sugere que ele está além do nosso controle e compreensão total, o que pode ser simultaneamente frustrante e maravilhoso. A beleza do amor, então, reside em sua capacidade de ser sentido intensamente, mesmo que não possa ser completamente explicado.

Por fim, Saramago aponta para a ideia de que o amor, na sua forma mais pura, exige uma entrega que não pode ser totalmente racionalizada. Essa entrega envolve aceitar que parte da experiência amorosa será sempre um mistério, algo que escapa às nossas tentativas de categorização. Ao reconhecer essa verdade, abraçamos a autenticidade e a profundidade do amor, aceitando suas nuances e imperfeições como parte do que o torna verdadeiramente humano e inesgotavelmente fascinante.

Aliás, depois de Saramago, quem se inscreve na roda da vida para explicar o que é o Amor?

VÍDEO-BÔNUS

 

Nas palavras dele:

Toda a gente quer que se fale do amor. Se provavelmente à espera de que aconteça o milagre de um dia alguém ser capaz de dizer o que é que isso é, efetivamente. Mas não se pode, não se sabe o que é. Os sentimentos podem ser explicados, analisados por palavras. Sim, mas há sempre qualquer coisa que escapa. E é isso exatamente, aquilo que escapa. É como amar bem, amar certo.

 

 

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