Domingo, 08 de Setembro de 2024 04:44
editor-sênior, jornalista Mhario Lincoln
Brasil Prêmios APB

Prêmio inédito "ABRAHAM LINCOLN" de Poesia, registrado e instituído pelo Facetubes, tem seu primeiro agraciado

O primeiro agraciado é Leonardo Magalhaens, poeta e resenhista literário, com Canal no Yotube, e publicações em todo território nacional de textos poéticos.

12/08/2024 09h03 Atualizada há 4 semanas
Por: Mhario Lincoln Fonte: Redação do Facetubes/ Leonardo Magalhaens
Leonardo Magalhaens (Arte: MHLai)
Leonardo Magalhaens (Arte: MHLai)

*Mhario Lincoln, editor-sênior da Plataforma do Facetubes.

 

Li este final de semana a poesia que você me enviou, amigo Leonardo Magalhães, produtivo poeta das Minas Gerais. E o que mais me chamou a atenção foi o toque lírico nas percepções mais sensíveis da nossa alma, onde a filosofia e a emoção se entrelaçam em um diálogo íntimo. Em cada verso, a mim me passou a dor de quem perdeu, de quem carrega consigo as marcas abissais de um amor que foi, mas que nunca deixa de ser. Essa dor faz refletir, também sobre essa tão discutida  natureza do amor. Então há de perguntar: será que sofrimento e amor estão intrinsecamente ligados?

 

Prêmio "Abraham Lincoln" de Poesia.

Lendo seus versos, é impossível não pensar em Søren Kierkegaard. Ele fala sobre o desespero e a solidão que acompanham a existência. Já Magalhaens parece viver esse desespero, não de forma teórica, mas de maneira visceral, sentindo em sua carne o peso de "desejos e prazeres jázem mortos".


Há uma outra pergunta constante em seus poemas: seria uma busca quase desesperada por sentido, após o fim de um grande afeto? Leva-me à sentar na mesma mesa de Kierkegaard e sua angústia existencial. É como se o poeta estivesse sempre a se perguntar: será que, depois de tanto sofrer, ainda haverá espaço para amar novamente?


Como é bom ler Magalhaens e encontrar, escondidas, algumas nuances de Fernando Pessoa, especialmente na forma como ele singra as águas turvas da memória e da saudade. Pessoa, com sua infinita melancolia e sensibilidade, também nos falou sobre essa "grande ausência tão onipresente", essa presença constante de algo que já se foi, mas que continua a nos assombrar. 

 

Capa das obras de L&M.

Nos versos de Magalhaens, há um sentimento, há uma mesma inquietação, uma mesma dor ao lembrar das "torturas sem iguais" do passado. E, como Pessoa, ele nos mostra que o passado não é apenas uma lembrança, mas uma força viva que molda o sentimento lírico.

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Nota do editor (*): a partir desta edição, a editoria do Facetubes decidiu ouvir seus coeditores brasileiros e estrangeiros (9) para avaliar os poemas publicados nesta Plataforma. Em avaliação conjunta, o primeiro poema escolhido pra receber o prêmio inédito "ABRAHAM LINCOLN" de Poesia foi o poeta mineiro, autor da obra "Spleen de BH", Volumes 01 e 02. Cada avaliador concede uma nota de 01 a 05. No somatório geral, os poemas com notas superiores a (04) já estarão aptos a receber essa valiosa comenda. Os poemas são livres e de quaisquer gêneros. Basta enviá-lo para ([email protected]). Observação: todos os premios concedisos pelo FACETUBES recebem a chancela da ACADEMIA POÉTICA BRASILEIRAAVCTORIS e da WOLF&HOUN, entidades internacionais Publicações Literárias, de Direitos autorais e de Avaliação Poética. Além desse prêmio poético. o FACETUBES também registou dois outros prêmios: um, de arte (exposições, etc), outro de Prosa, contos e romance. Todos esses prêmios têm força curricular.

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O POEMA

*Leonardo Magalhaens

Soneto para os Afetos passados 

"A grande dor das cousas que passaram"
                                                   Camões 

 

Ah, a dor dos afetos que perdemos,
A grande ausência tão onipresente,
Da ternura que jamais esquecemos,
Das juras, em carícias tão frementes!
.
Dormindo e acordando ao teu lado, 
Em teu sono ressonando contigo,
Invejando o teu sonho, encantado 
E curioso, 'Sonhaste comigo?'
.
Desejos e prazeres jazem mortos, 
Carregamos na mente os funerais, 
Os erros nos caminhos tortos,
.
Em dores, as torturas sem iguais:
A indagar se amaremos novamente,
Gemendo sob o passado inclemente.

3 comentários
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Vinícius Fernandes CardosoHá 3 semanas Contagem-MGLeonardo de Magalhaens, modesto, é merecedor de todas as homenagens. Comovente o Soneto para os afetos passados, da profundidade de sentimento e da altura do gênio de Camões (que celebramos 500 anos em 2024), que abre o soneto em epígrafe. comoveu-me. Chorei. Das coisas mais lindas que já li nos últimos tempos. Orgulho e privilégio de ter como amigo Leonardo de Magalhaens, a constelação de Magalhaens.
ELISA LAGOHá 3 semanas São LuísSensacional!????????????????????????
Joema CarvalhoHá 4 semanas CURITIBAExcelente notícia!! Quero ver a Academia Poética Brasileira-APB participando!!
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