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editor-sênior, jornalista Mhario Lincoln
Brasil Grandes Matérias

Poeta Linda Barros participa de obra hercúlea sobre a Literatura Maranhense

Linda Barros é atriz, professora e Secretária Executiva Nacional da Academia Poética Brasileira

20/08/2024 20h29
Por: Mhario Lincoln Fonte: Linda Barros
Linda Barros (APB-MA).
Linda Barros (APB-MA).

 

A obra, "Literatura Maranhense Ensaios sobre a lírica contemporânea", é um marco idelével no estudo de poetas, escritores e linguístas da atualidade, no Maranhão.

 

ATENÇÃO: para ler a obra, na íntegra: https://dinodealcantarablog.wordpress.com/2023/07/20/literatura-maranhense-ensaios-sobre-a-lirica-contemporanea/

Nota da Chefe da ASCOM/APB: nós que fazemos a Academia Poética Brasileira estamos vibrantes com esse ensaio, fundamental para a caminhada do nosso presidente Mhario Lincoln, enquanto poeta. Participar deste livro icônico, possivelmente o primeiro elaborado para estudar e divulgar o autor maranhense atual (de 2000 pra cá) é algo original e deveras necessário. Em carta de agradecimento aos Coordenadores Dino Cavalcante, Helena Mendes e Samara Araújo ( e mais o professor José Neres), disse Mhario: "Permita-me expressar, por meio destas palavras, minha sincera gratidão por essa oportunidade ímpar de poder mostrar minha obra, analisada pela brilhante Linda Barros. É com profunda admiração e respeito que reconheço a inestimável contribuição que vocês têm oferecido ao nosso mundo literário, em especial, através desse hercúleo trabalho do Grupo GELMA, cujas recompensas somente seus corações e almas, sentirão. Assim, curvo-me diante dessa importante missão - sim, missionária - no momento em que tenho certeza absoluta que esse trabalho guarda em si uma alma coletiva, vibrante, diferente de ensaios egóicos e deslumbrantes que nada fazem, porque apenas têm olhos para seus umbigos. Por isso, guarda em si, igualmente, rara excelência, que vai além do óbvio e do superficial, penetrando na âmago das obras e desvendando mistérios e devolvendo-as à sociedade interessada da maneira como deveria ser". Vale lembrar ainda o poeta, já falecido, Manoel Serrão, inigualável, logo após receber os originais de A BULA DOS SETE PECADOS: "Querido MLincoln, você estabelece-se como um mestre do surrealismo, capturando a imaginação e os corações dos leitores com algo hipnotizante. Mas, há embutida, uma jornada inquietante pelo desconhecido, destinada a incendiar o pensamento e a suscitar um debate apaixonado sobre a arte e o significado subjacente a ela. Por isso, cuide-se para não esquecer as longarinas da alma, nas líricas de seu dia-a-dia. Enfim, seu novo livro pra mim é arisco". E agora, a excelente ensaísta, poeta, professora e atriz Linda Barros, como que de forma mediúnica, traz à baila um 'mote' quase igual ao do poeta José Serrão, transformando-o em um trabalho grandioso e de fôlego absoluto. Com certeza tal fato será inesquecível para Mhario Lincoln, que me disse, agora a pouco no celular: " ... guardarei essa crítica como se portasse um indispensável registro profissional de Curso Superior, concedendo-me acesso aos lugares mais seguros e profundos do universo lírico." Parabéns Linda Barros. Você merece muitos aplausos. (Orquídea Santos).

 

Autora do ensaio: LINDA BARROS

É natural de Pastos Bons/MA, Linda Barros é graduada em Letras (Português-Espanhol) pela Universidade Federal do Maranhão, pós-graduada em Língua Portuguesa (Fama), em Dança Educacional (Censupeg-SC). É escritora cronista, contista, poeta, atriz, faz parte do Grupo Teatro Improviso, onde já atuou em vários espetáculos, entre eles Verão no Aquário – baseado na obra de Lygia Facundes Teles, O Mulato, de Aluízio Azevedo, Alice no País das Maravilhas, onde interpretou a intrépida Rainha de Copas, A Criação do Mundo, Morte e Vida Severina, entre outros espetáculos. No cinema, tem participação nos curta-metragens Branca, Um Pouco antes das cinco e participação especial no longa Muleque té Doido 3 – mais doido ainda e Muleque té Doido 4 – Morreu Maria Preá (lançamento em breve). É professora da Rede Estadual e Ensino Superior na Faculdade do Maranhão – FACAM, nos cursos de Letras, Pedagogia e Turismo. É autora do livro de poemas Palavras ao Vento e também de Meu Ser Espelhado em Mim, recém lançado. Participou das Coletânea Enluaradas, Sinfonia de Desejos. 

Tem participações também na coletânea Por que Escrevo, a voz da Mulher, organizado pela Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil. É cronista do Portal Facetubes, da Academia Poética Brasileira e também colabora no Site Região Tocantina. É membro da Academia Poética Brasileira, onde ocupa a cadeira de número 99, que tem como patrono o teatrólogo Charles Melo. Hoje é também a Secretária Executiva Nacional da referida Academia.

 

MHARIO LINCOLN NA LINHA TÊNUE DO TEMPO

Mhario Lincoln é advogado, auditor fiscal aposentado, poeta, jornalista e escritor. É também mais uma riqueza nascida em São Luís, terra de grandes nomes como Nauro Machado, Bandeira Tribuzi, Lenita Estrela de Sá,  Bioque Mesito, Ferreira Gullar e Ricardo Leão, entre outros. Assim  como todos esses autores, Mhario Lincoln tem uma carreira consolidada, trabalhou durante mais de quatro décadas como jornalista profissional em jornais e TV da  capital maranhense, entre eles, o SBT/Difusora. É Comendador no  grau de Cavaleiro, título conferido pelo Governo do Estado do Maranhão, por seus feitos, foi também condecorado pela Maçonaria do Rio de Janeiro como colaborador. É Embaixador Universal da Paz.

Sua carreira literária é vasta. Integrou importante grupo poético que se apresentou no "Paço da Liberdade", prédio histórico de Curitiba-PR, promovido pelos intelectuais Silvana Mello (paranaense) e Osmarosman Aedo (soteropolitano), Sarau esse que lhe rendeu a primeira amostra pública e oficial de suas obras poéticas, além de lançá-lo também como produtor literário no Paraná; escreveu INA - a Violação do Sagrado, primeiro livro físico do autor, também lançado no formato e-book, numa época rara para esse tipo de publicação, na década de Ensaios sobre a Lírica Contemporâsnea 1990. Possui dois romances a serem publicados; O Maria Celeste e Amor Divino Amor (este, título provisório); tem um livro que reúne suas crônicas na imprensa maranhense Mhario Lincoln em Preto e Branco, trabalho esse que deu origem à tese de doutorado A Evolução da Coluna Social, apresentada em São Paulo, pelo sociólogo e professor paulistano Ferreira de Athayde. Mhario também teve experiência no gênero da Literatura Fantástica, escrevendo as HQ's: Vampiros de Areia, O Segredo das Galerias do Ribeirão; e A Morte de Mariquinhas. Tem ainda um inédito de Ficção Científica, com título de Os Bastidores do ET de Varginha e  uma peça de teatro Monólogo da Caverna em Dois Atos e Lagarta com Chapéu de Dedal, baseada em poema épico do autor. Mais recentemente, publicou o livro de poema A Bula dos Sete Pecados. Mas, anteriormente, também havia publicado, Guia do Extraordinário Poético no Twitter e Segredos Poéticos (este com uma segunda edição especial para colorir).

 
Na área de Direito, que o levou a integrar a Academia Maranhense de Letras Jurídicas como sócio fundador, tem duas obras publicadas: Acumulações Remuneradas de Cargos e  Funções Públicas e Inviabilidade das Comissões Permanentes de Inquérito. É também presidente da Academia Poética Brasileira, é ainda membro-correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Foi colunista no Jornal Pequeno (matutino de grande circulação e importância política no Estado), entre os anos 1999 e 2001, espaço no qual falava de política, economia, curiosidades, cinema, literatura e arte em geral.

Hoje Mhario Lincoln está revolucionando as plataformas  digitais, onde comanda o www.facetubes.com.br uma revista eletrônica que possui colaboradores e leitores do mundo inteiro. Nessa mesma página o público também tem acesso à vídeos, TV e  podcasts, enaltecendo sempre a cultura maranhense. O poeta é também músico, tem CDs: um instrumental (Baixada) e outro vocalizado. Tem parcerias com grandes músicos maranhenses como, Rogeryo du Maranhão, Wellington Reis, Paulo Piratta e Chiquinho França. 

O autor de A Bula dos Sete Pecados, com certeza percorreu caminhos tortuosos até chegar ao mais alto nível de uma carreira consolidada entrando em várias vertentes do mundo intelectual, pois na linearidade da vida às vezes é preciso ter força, convicção e perseverança de onde se quer chegar, aliado a muito trabalho, muita luta, num caminho que nem sempre é visto ou notado.

 

 MHARIO LINCOLN E SUA POÉTICA SURREALISTA

Algumas vezes a cientificidade nos textos literários ultrapassa alguns limites dentro da perspectiva do autor, pois ora ou outra ele fica face a face com a realidade. O surreal que costumamos encontrar nos textos, principalmente na poesia, é advinda do cotidiano melancólico do poeta. Neste texto, vamos mostrar e tentar entender como o autor específico faz uso dos seus textos dentro da teoria surrealista. 

O Surrealismo dentro do automatismo psíquico puro por cujo intermédio se procura expressar, tanto oralmente como por escrito ou qualquer outro modo, o funcionamento real do pensamento, conforme pode ser visto no poema abaixo, retirado das redes sociais do poeta:

CHORAR, VIVER E AMAR: em três sentidos.

Não chore,

CHORANDO.

Chore

SENTINDO.

Não viva

IMPLORANDO

Viva 

EXISTINDO.

Não ame

AMANDO

Ame

PERSISTINDO 

 

Os textos poéticos desse jornalista possuem linguagem automática, sem nenhuma preocupação com a lógica externa ou com as questões gramaticais, possuem traços bem-organizados que ao mesmo tempo são livres de marcas específicas. O autor põe no papel todo o sentimento expressado através das palavras, sem se preocupar com lógica das coisas, no entanto sem perder o ritmo e a musicalidade, que são marcas inerentes de sua poética.

No poema abaixo, a tessitura das palavras trabalha diversas vertentes da sonoridade e das acepções de uma palavra que vem ganhando dimensão de como aproveitar o fim de semana, sozinho ou ao lado de amigos, descansando ou saindo em busca de múltiplas diversões. O uso do condicional “se” remete às possibilidades que existem dentro de situações que nem sempre são visíveis para quem apenas se importa com o  factual, sem atentar para as condições propícias para o aproveitamento do ato de “sextar”.

 

SEXTOU?

Sextou,

Se estou

Sextante,

Sextou

Se estou

Sexteto

Sextou 

Se estou

Sexy

Sextou

Se estou

Sextavado

Sextou

Se estou

Sexto

Sextou

Se estou

Sextanista!

(LINCOLN, 2020, p. 97)

 

A teoria surrealista provocou enorme impacto na arte  “não só pelo seu poder de agitação como também por resumir de forma brilhante e audaciosa diversas tendências que, atuantes desde o século XIX, alcançariam o apogeu nas décadas iniciais do seguinte” (MOISÉS, 2004, p. 442), mas pelo que tudo isso iria causar a partir daquele momento, principalmente pela maneira como essa nova tendência, de forma audaciosa, iria provocar e alavancar críticas nesse século, no entanto, só veio a surtir efeito no século seguinte. 

Os versos de Mhario Lincoln vêm carregados de energia e de metáforas poéticas que buscam expressar uma verdade, como nos versos de Vida de artista;

 

A simplicidade do artista

Faz dele um diferencial

Onde o coração se torna destino

E o sangue, a força para continuar... 

(LINCOLN, 2020, p. 76).

 

VII

Quantas vezes 

Matamos o cupido

Pensando matar

Também o amor

(LINCOLN, 2020, p. 88)

 

VIII

Há no meu quintal

Um canteiro de

Esperanças mortas

Pasto das desilusões

E, bem junto do beiral da casa,

Um jirau carregado de heresias.

(LINCOLN, 2020, p. 100)

 

Em grande parte dos textos do autor de A Bula dos Sete Pecados, perpassa por esses pontos de partida e de chegada, onde ele faz um jogo com as palavras deixando o leitor atento para decifrar as mensagens. Sobre esse tema Mhario Lincoln comenta que:

 

A MORTE DA NOITE

Venho do enterro da noite, 

acompanhado dos rios em açoite, 

com olhos deprimidos, 

deveras enturvinhado. 

 

Fardo nas madrugadas. 

Soluço entranhado. 

Vi a noite morrer, assim, aos poucos 

ungido na fonte d’onde bebem os loucos

dos universos paralelos; há pouco fugido

com o rugir de vozes fétidas, aturdido. 

Fui morrendo, com a noite; eu junto. 

Múmias budistas, vi, vivas; eu defunto

num transe imperceptível, na linha tênue...

Alardeei sirenes de fogo em meu bestunto,

Molhei as pernas, sal, pimenta, a cabeça unto.

Morreu a noite, morri também,

 Isso foi denue...?

(LINCOLN, 2016, p. 48)

 

E como muitos outros escritores, o autor de Segredos Poéticos não se limita a uma só corrente artística literária, o que nos levou a fazer uma análise dos textos nessa corrente específica,  foi a proximidade das características observadas na vanguarda surrealista com os textos, não significando dizer que não há influência de outras, porém essa, é a mais recorrente. 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, nem precisa dizer que em uma carreira que ultrapassa meio século, o sucesso e o reconhecimento são meros gatilhos que ultrapassam as barreiras do tempo. E, para que muitos, ou todos, que pensam que a vida tem um limite na linha do tênue do tempo, se enganam. O fazer literário hoje em dia, é um enorme sacrifício, não para quem o faz, mas para quem lê. 

 

Com tanta tecnologia que somos bombardeados, todos os dias e cada vez mais modernas, o livro está virando um mero objeto de decoração nas prateleiras das poucas bibliotecas existentes. 

Já quase não existem as bancas de revistas, nas quais ainda encontrávamos alguns parcos livros, essas bancas eram verdadeiras luzes no meio do blecaute da ignorância em que as folhas em branco ou preenchidas com arte e literatura, soma ou diminui o valor cultural dos livros. Então, como ainda ter gana, ter vontade ou a decência de publicar livros físicos? Isso muito se restringe ao amor pela arte da escrita e pensar que ainda existem leitores afoitos por folheá-los. 

O poeta baiano Castro Alves tentou mostrar o verdadeiro valor dos livros com os famosos versos: 

“Oh! Bendito o que semeia/ Livros à mão cheia/E manda o povo pensar!/O livro, caindo n'alma/É germe – que faz a palma,/É chuva – que faz  o mar!” (ALVES, s/d, p. 17). 

Esse texto compõe a obra Espumas Flutuantes do poeta dos escravos.

Os autores em geral, tem seu estilo próprio, mesmo que talvez não agrade ao leitor, mas seus versos, simetria, músicalidade, condensação dos versos, tudo isso faz parte do rol do autor, ele pode até mudar seu estilo com o passar do tempo, pois vai-se ganhando mais experiências, vocabulário, mas tudo tem a ver seu estilo de escrever e acabe ao leitor ou crítico mais atento, descobrir ou desvendar essas nuances, assim como uma escola literária. No entanto, assim como nas artes em geral, as obras literárias – que também são obras de arte – possuem características similares e uma delas é subjetividade, que dá liberdade ao leitor, ao observador fazer suas próprias conclusões.

Mhario Lincoln carrega consigo essas várias nuances em suas obras e que sempre deixa o leitor atento a ter suas próprias interpretações.

 

Mas uma ideia me ocorre

Nem o amor finda,

nem o poeta morre! 

 

Dadas as circunstâncias, o motivo de escolher a corrente surrealista para mostrar os textos de Mhario Lincoln é que em grande parte dos poemas escolhidos pudemos observar que  autor se vale, intencional ou não, mas seus poemas vagueiam pelas características do Surrealismo, algumas vezes passa pelo “sonho e realidade ou entre lucidez e delírio”. É o surreal: aquilo que está para além do real, que é mais que o real porque transcende a compreensão racional e relaciona-se com a mente inconsciente, com o imaginário e o absurdo.

E o Surrealismo é isso, tudo é surreal, ou seja, é aquilo que está para além da realidade, mas sem deixar transparecer uma certa verdade, pois o surreal transcende a compreensão  racional das coisas, mas ainda assim, há uma relação que mantêm o inconsciente, consciente e deixando uma verdade que às vezes não chega ao absolutismo completo.

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REFERÊNCIAS

ALVES, Castro. Poesias Completas. Rio de Janeiro: Ediouro, [s.d.]

FERNANDES, Ceres Costa. Surrealismo e Loucura e outros escritos. São Luís: Gráfica Aquarela, 2008.

LINCOLN, Mhario. Segredos Poéticos. São Luís: Edição do Autor, 2016.

A Bula dos Sete Pecados. Curitiba: Editora Palavra & Verso, 2020.

MOISÉS, Massaud. Dicionário de Termos Literários. São Paulo: Editora Cultrix, 2004.

TELLES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. 21ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2022.

2 comentários
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Linda BarrosHá 2 semanas São Luís -MaranhãoNão somos caçadores de recompensas, mas esse presente é inegável que que não possamos pilar de alegria. Muito grata pela matéria
Francisco Moreira de Sousa FilhoHá 3 semanas São Luís, MA.Parabéns pela matéria, através dela pude conhecer mais sobre o poeta, escritor e jornalista Mário Lincoln.
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