Domingo, 08 de Setembro de 2024 03:43
editor-sênior, jornalista Mhario Lincoln
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Francisco Baia chega aos 73 anos em plenitude lírica e já pensando em novos lançamentos poéticos

Francisco Baia é membro da Academia Poética Brasileira, seccional MA.

22/08/2024 11h07 Atualizada há 2 semanas
Por: Mhario Lincoln Fonte: Mhario Lincoln/Francisco Baia
Arte: mhl
Arte: mhl

*Mhario Lincoln

Caro Francisco Baia e se eu e você vivêssemos em Mercúrio. Como seria completar 73 anos, como aqui Terra? Pois bem: isso representaria, aproximadamente, 304 anos mercurianos. Tal fato ocorre porque Mercúrio tem uma órbita muito mais rápida ao redor do Sol, completando um ano em cerca de 88 dias terrestres. Portanto, considere-se ainda novíssimo.
Quanto à bela experiência de cair e levantar, universal em qualquer escala temporal, é fundamental para o crescimento humano. Como disse Friedrich Nietzsche, “(...) o que não me mata me torna mais forte.” 


Por outro lado, como diz Einstein, tudo é realmente relativo. Saindo de Mercúrio e indo para o planeta maior do nosso sistema solar, Júpiter, 73 anos de vida na Terra representariam cerca de 6 anos e meio, em termos jovianos. Júpiter leva cerca de 12 anos terrestres para completar uma órbita ao redor do Sol. Alguém que viveu 73 anos na Terra estaria experimentando um ciclo de vida extremamente curto. 
Nesse cenário, as experiências de vida, as lições aprendidas, e as oportunidades para crescimento pessoal teriam que ser realizadas em um período relativamente breve, levando a uma valorização ainda maior de cada momento vivido. Aliás, neste outro contexto, que não o de Mercúrio, Carl Jung expressou, "(...) a vida não vivida é uma doença da alma da qual se pode morrer."


Assim, meu amigo poeta Francisco Baia, confrade querido, em Júpiter, onde os anos passam mais devagar, cada queda e reerguida seriam um lembrete da importância de enfrentar os desafios de forma decisiva e aprender com eles em tempo recorde. 
Em suma: quando completei 70 anos no começo deste 2024, refleti sobre diversas coisas, além das nuances dos Planetas, dentro do nosso Sistema Solar e acabei pensando o que seria eu, se vivesse em um mundo paralelo, onde a vida fosse apenas uma experiência do outro lado do espelho. Nossa percepção de existência seria radicalmente transformada? 

 

Na plenitude lírica.

Caí na besteira de me prolongar nessa ideia e acabei imergindo em várias situações me levou, depois de pensar e escrever, a ver a vida (passada, presente e futura) de forma um pouco diferente do convencional. Gostaria de repartir com você, caro Baia. 
Pois bem, acabei descobrindo - se num mundo paralelo e espelhado vivesse - que cada ação que realizo, cada sentimento que experimento e cada pensamento que me atravessa, esses, deixariam de ser meros acontecimentos cotidianos para se tornarem reflexos de uma realidade mais ampla, talvez inacessível ou apenas parcialmente compreendida. Conclui, igualmente e sobretudo, com base nesse universo paralelo, para além do reflexo do espelho, que a vida não seria uma linha reta de eventos. Porém (e com certeza) uma soma mágica de reflexos e símbolos, onde cada momento carregaria um significado profundo, um eco de algo maior que reside além do que nossos olhos podem ver. 


Aí está a importância de eu ter me aprofundado muito nesse episódio. Acabei imaginando (meu ponto de vista pessoal, claro) que essa soma mágica de reflexos simbolísticos, acabou por me impulsionar no sentido de ver muito além das aparências comuns ( o cair e levantar). Mas serviram para ir ao encontro de um sentido mais profundo em cada detalhe de nossa existência.


Viver em um mundo assim me faria ter mais consciência de uma vida que estaria intrinsecamente ligada a algo muito mais vasto e misterioso, pois a cada segundo vivido, seja em quaisquer planetas do Sistema Solar, ou fora dele, cada encontro, cada obstáculo superado, se tornaria uma preciosa oportunidade de autoconhecimento, uma chance de compreender aquilo que está do outro lado do espelho — a essência invisível que molda nossa realidade. 


Como Platão ensinou na "Alegoria da Caverna", (que eu acho o máximo) é o seguinte: "(...) muitas vezes, o que percebemos são apenas sombras da verdadeira realidade". Nesse mundo paralelo, viver seria uma jornada contínua em busca de desvelar essas sombras, de decifrar os reflexos que vemos e, quem sabe, de alcançar um entendimento mais profundo e humano do que realmente significa existir.
E você, caro poeta, vive e expõe isso em cada verso que escreve e em cada momento em que você se vê no espelho e reflete sobre isso.


Portanto, felizes 73 anos. Na Terra, em Júpiter ou Mercúrio, ou mesmo, além dos reflexos dos nossos próprios espelhos!

*******

Mhario LIncoln é presidente da Academia Poética Brasileira e editor sênior da plataforma do FACETUBES (www.facetubes.com.br).

1 comentário
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ElissaaHá 2 semanas Sao luis /maGrande poeta!! Com sensibilidade aflorada e um talento nato!!.
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