Prólogo: Às 18 horas do dia 31 de março de 1987, o navio coreano Hyundai New World, considerado o terceiro maior graneleiro do mundo, carregado com 101.721,917 toneladas de carvão, trazidos de portos americanos e 94.860TM de minério de ferro, carregado no Terminal da Ponta da Madeira (SLZ) somando 196.581.917 TM, destinados à Coreia do Sul, encalha em um dos bancos de areia que povoam a Baía de São Marcos, em São Luís-Ma.
IN MHARIO LINCOLN'S BOOK (INA-The Violation Of The Sacred). Quando Lendas, Religião e o Jurídico discutem S.Luís- DESASTRE COM O H.N.W REFORÇOU A IDEIA OFICIAL DOS CUIDADOS COM O MEIO-AMBIENTE EM SÃO LUÍS, PELA PRIMEIRA VEZ.
IN MHARIO LINCOLN'S BOOK (INA- THE VIOLATION OF THE SACRED), THE DISASTER WITH H.N.W REINFORCED THE OFFICIAL IDEA OF CARE FOR THE ENVIRONMENT.
(Tradução livre)
Pela primeira na história natural de São Luís do Maranhão se ouviu falar em ‘Meio-ambiente’. E isso é muito bem descrito no livro relançado em 2001 pelo jornalista Mhario Lincoln, maranhense e membro da Academia Maranhense de Letras jurídicas. Hoje, presidente da Academia Poética Brasileira e membro-correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, antes, membro-efetivo, até 2012, quando transferiu residência e domicílio para Curitiba-Paraná.
Neste Início I, como o autor nomeia, ele cita uma das primeiríssimas vezes que o tema ‘ecologia’ ou ‘meio ambiente’ foi citado de forma oficial das tribunas da Assembleia Legislativa do Maranhão, estado situado a nordeste do Brasil. Aconteceu em pronunciamento do deputado Mário Carneiro (legislatura de 1987 a 1990), onde afirmava ser ele o único "comprometido com a defesa do meio-ambiente".
(...) “Mas, nem mesmo esse parlamentar maranhense advincularia sua frase ao terceiro maior graneleiro do mundo, o Hyundai New World, que naufragaria na costa de São Luís e causaria um dos problemas mais graves para as espécies que compõem quase todo ecossistema da Baia de São Marcos. É comprovada a grande importância de INA, A VIOLAÇÃO DO SAGRADO para o contexto da história do Maranhão. Por isso, abaixo, a transcrição premiada desse livro histórico que conta detalhes de toda essa tragédia no golfão maranhense, com 'sotaques' religiosos, umbandistas, jurídicos, contados com uma narrativa exemplar de quem sabe contar uma história. E como excelente jornalista, Mhario Lincoln conta essa saga com perfeição. (...)".
Abaixo:
LIVRO – INA A VIOLAÇÃO DO SAGRADO
de: MHARIO LINCOLN
INÍCIO I
" (...) ’Ninguém, até hoje, defendeu tanto a ecologia quanto o Comité de Defesa da Ilha de São Luís. As ideias revolucionárias da agremiação ganharam o mundo através da voz firme e forte do intelectual Raul Ximenes, na reunião da Organização das Nações Unidas’. Palavras de Nascimento Morais Filho, em 29.03.1987. Dois dias antes do acidente com o HNW, que se tornou história (...)”. MHL
"A rara habilidade de Mhario Lincoln, leva-nos a descobrir nele a prudência e a moderação de modo que, considerando o que nos ensinou Aristóteles, 'o modo vence mais que o poder', nota-se que o poder de Mhario se resume ao seu modo de viver. (...) Como estudioso da história ele tem se mostrado atento aos fatos que dizem respeito ao Maranhão, como se vê na narrativa descritiva sobre o acidente com o Hyundai New Word e suas consequências, transformadas neste livro, Ina - A Violação do Sagrado. (...)". Edomir Martins de Oliveira, vice-presidente executivo nacional da Academia Poética Brasileira.
*****
"Estou deveras honrado em ter oportunidade de realizar a apresentação de tão destacada obra, relativa à história marítima do Estado do Maranhão (...)". Carlos Alberto Santos Ramos, Capitão-de-Mar-e-Guerra, Capitão dos Portos do Maranhão.
Do livro HNW, de Mhario Lincoln, a seguir:
Abro o jornal de segunda-feira, 29 de março de 1987. Na página política, matéria releva algumas declarações do deputado Mário Carneiro (legislatura de 1987 a 1990), onde afirmava ser ele o único comprometido com a defesa do meio-ambiente.
Mas, nem mesmo esse parlamentar maranhense prefaciaria sua frase à história trágica do N/M H.N.W, o terceiro maior graneleiro do mundo. Exatamente às 18 horas do dia 31 de março de 1987 (dois dias depois), próximo à Ilha do Medo, o Hyundai New World, de bandeira sul-coreana, deitava num dos bancos de areia que povoam a baía de São Marcos. Um navio com 200 mil TPB, 309 metros de comprimento total, 50 metros de boca moldada e 24 metros de pontal moldado, caiando 17,19m, avante e 17,79m, à ré, localizando-se na posição 02".31'.7 de latitude sul e 044".24'4 de longitude oeste. Sua carga, de 101.721,917 TM de carvão trazida de portos norte-americanos e 94.860 TM de minério de ferro carregado no Terminal da ‘Ponta da Madeira’, somando 196.581.917 TM, destinadas à Coreia do Sul. Toda essa carga capaz de contribuir, caso o navio alquebrasse, para o maior desastre ecológico da região marinha do Golfão Maranhense. Principalmente, por suas 1.800 toneladas de óleo cru, usadas como combustível. Era o começo do mais divulgado, longo e polemico acidente náutico na história da baía de São Marcos. (...). Planeta água. Vastidão salgada do Golfão Maranhense, palco de lendas e mitos que se arrastam ao longo do tempo e do espaço, levando crendice, medo, desconfiança e escárnio àqueles que, por profissão ou lazer, transitam diuturnamente por suas águas.
***********
O livro foi lançado em 3a. edição neste 20024.
Mín. 11° Máx. 23°