*Cordeiro Filho é membro-efetivo da Academia Poética Brasileira
O SUNTUOSO PRÉDIO DO CORREIO E TELÉGRAFOS ESTÁ FECHADO FAZ TEMPO
A história do Centro Histórico de São Luís, tem um uma praça onde fatos importantes do Maranhão, foi testemunha. Falo da Praça João Lisboa.
Nesta praça que já foi palco de fatos históricos relevantes, com o tempo está perdendo parte deste bonito cenário. Lá atrás perdemos, o Moto Bar, a Casa do Linho Puro, do bazar Ferro de Engomar, a Fonte Maravilhosa, o Banco Real, o velho Abrigo, o Grêmio Lítero Recreativo Português, o Senadinho, a Câmara Municipal, a agência da Vasp e por último o majestoso prédio neoclássico dos Correios.
Foi fechado pra dá lugar a uma repartição do Tribunal de Justiça, segundo informações. Com o fechamento da agência dos Correios, perdemos o movimento de entre e sai de uma centena de pessoas que iam despachar encomendas ou postar correspondências.
Certo dia precisei ir aos Correios despachar uma encomenda de meus trabalhos pra Goiânia, fui surpreendido com as portas fechadas da agência. Tive que me deslocar até o bairro da Madre Deus, pra enviar o pedido.
Acho que merecia um protesto este fechamento de tão importante serviço público.
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Arte maranhense
O Centro Cultural Mestre Amaral é festa sempre. Inclusive, com uma Oficina sobre a confecção de Côfos. (Interessante). O mestre Barrabás mostrou a sua agilidade com uma faca e folhas de Pindoba, ele construiu vários tipos de Cofos de palha. À noite quando há esses encvontros, sempre são exibido uns filmes também, além do momento ter trinca de tambores, acompanhada pelas cantorias e as pungadas das Coreiras. O Tambor de Crioula sempre ressoa pela madrugada.
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JOÃOZINHO RIBEIRO LANÇA SAFRA DE QUARENTENA
10 de outubro próximo passado, no Convento das Mercês, foi lançado o livro "Safra de QUARENTENA", pelo poeta, compositor e cantor Joãozinho Ribeiro. (Olha a foto aí em cima comigo e com o cantor Gerude). Esse livro narra em poemas, a solidão da Quarentena que todo nós passamos quando a Pandemia de COVID invadiu a nossa rotina de vida nos anos de 2020/21.
João conseguiu reunir, um grupo enorme de amigos e admiradores, num dos salões do Convento das Mercês. Foi um momento cultural de grande importância para a literatura de nossa cidade.
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A VOVÓ DOS SALGADINHOS NA RUA GRANDE
São muitos os vendedores de comida na Rua Grande. Tem vendedores de coxinhas, pastéis, frutas, sorvetes, crepes, churros e salgadinhos da Vovó. Ela passeia na rua como uma velha Pregoeira de antigamente.
Sempre sorridente, e é na cabeça que ela equilibra o seu tabuleiro de salgados. Eu ainda não provei esta delícia, mas no próximo encontro, farei uma compra e perguntarei o seu nome e de que bairro ela é. As doceiras de outrora, fazia esses trajetos pelas ruas da nossa Cidade Patrimônio da Humanidade.
Eu já retratei vários destes pregoeiros e pretendo não parar. São Luís mantém essa tradição, com muito orgulho.
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A NATUREZA DÁ LIÇÕES
Na Travessa Boa Ventura esquina com a Rua da Estrela, a natureza dá prova de resiliência. Apesar do ambiente ser impróprio pra se plantar mamão, mesmo assim uma semente se alojou entres as pedras de uma calçada quebrada e lá germinou.
Faz tempo que tinha notado esta planta crescendo, crescendo, mas nunca imaginei que ela fosse frutificar. Mas, ao me deslocar para o terminal da Praia Grande (recentemente) para pegar uma condução e ir visitar minha Mãe Nadir, me deparei com essa cena que imediatamente fotografei com o celular.
Fiquei surpreso por dois motivos: um pelo tamanho das frutas e dois pelo fato de ainda não tinham sido apanhados por ninguém. Farei outra visita, desta vez ao pé de mamão, para vê-lo frondoso, com seus frutos.
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UMA NOITE DE MUITA ARTE DO GRANDE MARÇAL ATHAYDE
Você que há muito tempo não sai de casa pra frequentar uma galeria, agora tem motivo. Marçal Atayde fez festa na Galeria Trapiche com o tema: "A Cidade que Houver quando o avião passou", bem na Praça D. Pedro II, no Centro Histórico de São Luís. Estive lá acompanhado da minha companheira Adriana de Sena e da simpática artista visual Telma Lopes. Uma exposição sensacional, pela audácia de fazer telas em 3D.
Ele fez uma releitura do poema do grande Ferreira Gullar, que no livro "Dentro da Noite Veloz", ele publicou o poema de nome; uma fotografia aérea.
Gullar faz uma narrativa de um episódio que aconteceu, quando ele ainda menino se assustou com um avião voando baixo sobre a cidade. Gullar alguns anos depois, já no Rio de Janeiro, folheando uma revista sobre arquitetura, se deparou com a fotografia aérea de São Luís, feita por uma fotógrafa mulher.
Daí veio o poema, que está publicado no programa distribuído na galeria. Faço também o registro de um poema que o saudoso e querido poeta Celso Borges fez tempos depois com o nome de outra fotógrafa e está no programa. Marçal fez essa releitura em várias telas e telinhas, mostrando a nossa amada cidade e um avião presente sempre na cena.
Os efeitos 3D chamam a atenção, pela criatividade deste maravilhoso artista plástico, que há muito tempo vive radicado no Rio de Janeiro. Recomendo mais uma vez, vá se emocionar na Galeria Trapiche, que tem a direção de Uimar Junior.
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SAMBA, CHORO E OUTRAS BOSSAS...UM BOM PROGRAMA
O Convento das Mercês, continua com eventos ótimos. Outro dia aconteceu uma noitada de música no bairro do Desterro. Li a programação pela manhã, mas não tinha me entusiasmado a ir assistir este festival de música. Já no fim da tarde, o meu amigo cantor/compositor Santa Cruz, me mandou outro convite. Pensei: vou lá assistir o meu amigo cantar os seus blues, reggae que gosto muito.
Logo ao chegar no convento, encontre o Santa sentado numa cadeira, no que logo me "abuletei" e passamos a conversar. O festival começou com umas bandas interessantes tocando reggae, bumba boi, esquentando a noite. João Gerude deu o seu show, cantando músicas autorais. O menino promete! Neste intervalo, chegou o cantor/compositor Adler S Luís , que também sentou e completou a mesa.
Não demorou o pesquisador e jornalista Zema Ribeiro, acompanhado de outras pessoas chegou e ficou com a gente. Adler saiu procurando umas cadeiras e todo mundo se acomodou nesta mesa eclética. Em seguida anunciaram o Santa Cruz como a próxima atração. O Santa com seu jeito Bob Dylan, Raul Seixas, nos brindou com três belas canções. Depois do Santa Cruz, eu me despedi do pessoal e fui embora pra outro evento.
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Até a próxima, aqui, nesta Plataforma do Facetubes - www.facetubes.com.br - , muito bem elaborada por meu amigo e confrade, jornalista Mhario Lincoln (de volta, após problemas de saúde, mas agora, controlados). A partir de hoje, passo a escrever dentro do espaço reservado exclusivamente para os colunistas desta plataforma. Obrigado, Mhario Lincoln.
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