A Gaveta Entreaberta
Conto de Natal
É madrugada, num canto da sala, o pinheiro enfeitado ainda aguarda a estrela ser colocada no galho mais alto. Quem o observa é a gaveta de uma antiga mesa de madeira branca, que está entreaberta, algumas florezinhas que parecem flocos de neve permanecem nesse espaço, e no silêncio da gaveta, antigos cartões de Natal, ainda sobrevivem, mantendo as cores dos sinos, das árvores repletas de bolinhas, e rostos rechonchudos de Papai Noel envolvidos por luzes das velas, impressas com beleza nos cartões.
As lembranças dos Natais passados, dos sons e aromas da casa, dos sorrisos das crianças dialogam com cada detalhe das imagens, num tempo mágico contido na textura do papel e na tinta da caneta, tingindo as mensagens de “Boas Festas!” Em letras desenhadas com carinho com votos de amor à vida, paz e felicidades.
Há mistério em encanto nessas sensações de voltar no tempo de vivenciar o Espírito do Natal, que ele possa permanecer vivo nas gavetas entreabertas dos nossos corações e sonhos...
Vanice Zimerman
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SONHOS DE NATAL
Conto Infantil
Era tarde da noite quando o menino desenhou em uma folha de papel uma Árvore de Natal, aos poucos foi colocando as Bolas Coloridas de diferentes tamanhos distribuindo-as por toda Árvore. Depois, desenhou e pintou vários Sinos com lápis de cor azul, amarelo e vermelho.
Ainda faltava desenhar a Estrela e os Fios de Prata, mas o menino estava cansado e dormiu... dormiu e sonhou com sua Árvore, que ela havia saído do papel e estava completa com a Estrela pendurada no ramo mais alto, e também os Fios de Prata a brilhar... Ao acordar, ele pegou na mesa de cabeceira, a folha de papel para terminar seu desenho. Ficou surpreso e curioso quando viu que a folha estava em branco.
Sem saber o que havia acontecido, olhou no chão para ver se não tinha outra folha, foi então que ouviu Sinos tocando e, rapidamente, foi até a sala e encontrou a Árvore que desenhou, num canto, próxima à janela: real, linda e iluminada! O menino, emocionado, sorriu...
Vanice Zimerman
FELIZ NATAL!
Um vento de Natal
Um vento de Natal
Anoitece...
A janela entreaberta
Recebe a visita
De um Vento de Natal,
Repleto de bolas coloridas
Estrelinhas e sorrisos
E, o curioso Vento
Encontra a árvore de galhos secos
Na sala da casa,
Ainda sem os enfeites -
Aos poucos,
Cores e brilho pincelam
Os antigos galhos,
Como se fossem
Infinitos caminhos de luz
Emoldurados de Paz e sorrisos –
E assim, a centelha
De Amor permanece viva
E iluminará outras casas e corações...
Vanice Zimerman (APB)