Crédito: editoria de Cultura da Plataforma do Facetubes/Jornalista Orquídea Santos.
O Bairro da Madre Deus, em São Luís do Maranhão, figura como uma das mais importantes matrizes culturais do Nordeste brasileiro, reconhecida por dar origem a expressões artísticas que atravessaram gerações e conquistaram projeção nacional.
Dos blocos tradicionais do Carnaval a grupos de Bumba meu boi, passando por rodas de samba, tambor de crioula e artistas que alcançam destaque nos principais palcos brasileiros, as ruas estreitas e coloridas desse bairro são berço de efervescência cultural inconfundível.
Pesquisa realizada em acervos digitais de jornais locais, como o Jornal Pequeno e O Imparcial, além de depoimentos encontrados em vídeos e áudios disponíveis em plataformas de compartilhamento, indica que a Madre Deus não apenas acolhe, mas também fomenta novas formas de expressão.
Durante as festividades do São João, por exemplo, o bairro se transforma em polo de apresentações folclóricas, abrigando grupos de danças juninas que reverenciam a tradição maranhense e, ao mesmo tempo, inovam em ritmos e coreografias.
“A Madre Deus é a alma festiva da cidade. É onde a brincadeira popular ganha força e, ao mesmo tempo, se reinventa”, descreveu o escritor e poeta maranhense Nauro Machado em entrevista concedida ao suplemento cultural de O Estado do Maranhão, ressaltando a capacidade do local de permanência relevante ao longo do tempo.
Celebridades nascidas ou criadas ou agregadas ao bairro corroboram essa impressão. A cantora Alcione, em um evento no Teatro “Arthur Azevedo”, comentou: “A Madre Deus me ensinou a cantar o Maranhão. Tudo o que aprendi na minha infância, ouvindo as batucadas e as vozes marcantes do nosso povo, me segue por onde eu for”.
Outro nome de peso da música maranhense, Zeca Baleiro, em entrevista ao Jornal Pequeno, destacou a energia única das festividades locais: “É impressionante como, em toda temporada de festas, as pessoas parecem renascer junto com o bairro. As ruas se enchem de cor, ritmo e poesia”.
A força das Escolas de Samba Turma do Quinto e Favela do Samba, ambas com raízes antigas na Madre Deus, exemplifica a tradição carnavalesca que toma conta de São Luís. De acordo com um estudo publicado no Repositório da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), (disponível em https://encurtador.com.br/jUvaA) esses grupos surgiram de iniciativas comunitárias para valorizar a cultura afro-brasileira e elevar a voz das periferias. O documento também aponta que a Madre Deus é referência para manter vivas as raízes populares, consolidando-se como um centro de manifestação e resistência cultural.
A poucos dias do início oficial do Carnaval maranhense, o bairro já se prepara para abrir suas ruas aos ritmos que o consagraram como patrimônio vivo. Músicos, atores, poetas e escritores locais seguem reafirmando a relevância da Madre Deus para a cultura do Maranhão. Um deles, Wellington Reis, parceiro de vários compositores batutas do bairro, não cansa de dizer: “(...) lá eu aprendi muito do que eu faço hoje. Foi o aperfeiçoamento de um dom que recebi de Deus, através das bençãos da Madre...”. entrevista completa você pode acessar através do link: https://encurtador.com.br/gXjJS, que mostra reportagem completa da jornalista Orquídea Santos, chefe da ASCOM, da Academia Poética Brasileira e editora da Plataforma do Facetubes (www.facetubes.com.br).
Assim, entre tambores, versos e cordões de fantasia, a certeza é de que o legado deste território segue mais forte do que nunca, nutrindo a essência festiva de São Luís e renovando, a cada batucada, o compromisso com a arte popular brasileira.
Viva a Madre Deus.
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