DIA DO JORNALISTA

ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA

Ao longo de nossa História, sempre tivemos brilhantes jornalistas com suas reportagens, crônicas, matérias ou "coberturas" (o caso do crime da Baronesa, Melo & Arteiro, Crime da Ullen Company, Assassinato do Delegado Stênio Mendonça, Caso Décio Sá), dentre outros. 

Quando estudamos sobre jornalistas, lembramos da "Guarda Morta", uma equipe  de jornalistas (Joaquim Serra, César Augusto Marques, Antonio Lôbo, Alfredo de Assis, outros), que ficavam na porta do Palácio dos Leões, Prefeitura e Tribunal de Justiça, no aguardo da saída do então "Presidente da Província", Intendente,  Presidente (esses eram os termos da época), ou os informativos  criados  por auxiliares. Esse termo durou até o final da República Velha.

O jornalismo,  desde O Conciliador de Bernardo da Silva Pinto Fonseca, Antônio Marques, padre José Antônio, Costa Soares, Tezinho, Belarmino Matos, Manoel Pereira Ramos, Antônio José da Cruz, Carlos Ribeiro, Odorico Mendes, Garcia Abranches, José Cândido de Moraes e Silva, Estevão Rafael de Carvalho, Luiz Antônio Vieira da Silva, Antônio Henriques Leal, Pedro Guimarães, Augusto Frederico,  Augusto César Raiol,  Sotero dos Reis, O fenomenal Antônio Lôbo,  foram os pioneiros. 

As tipografias Teixeira; as revistas Elegante e Revista do Norte. A Pacotilha, do Lobato e o Frias.

Não devemos esquecer: José Louzeiro, teve "migrar" para o Rio de Janeiro,  se não morreria.  Othelino Novas, de tanto "atentar" e noticiar o Moscoso, terminou  morto na esquina da rua de Nazaré.  Caso o ainda estagiário Wagner Lago, tivesse chegado cinco minutos antes, teria salvo Moscoso e Othelino Novas. O fim do jornal oposicionista na greve de 1951. A surra dada no fanho Erasmo, por "agredir" com verbos o governador Sebastião Archer. O homem do Apicum, buscava notícias no bar do Hotel Central.  

A famosa greve de 1951, "defendida e atacada"  por muitos, sob liderança  do Neiva Moreira,  denominado de "Caramuru". 

Ruy Dourado (crônicas e notícias "rasantes", principalmente do mundo criminal.

Eloy Cutrim: repórter dinâmico, cria a expressão "Pé de Pano" a partir de uma matéria que ele fez em que o namorado da esposa de um  cidadão, à noite, quando ia ao encontro, enrolava os pés em toalhas para chegar ao quarto sem fazer zoada. Trabalhou em vários jornais maranhense.

Aldir Ferreira Dantas: outro  fenomenal, possui o faro e cheiro de tintas das inúmeras redações. Repórter político e investigativo, sempre buscando notícias e fatos novos.

Nonato Masson: jornalista completo, era escritor notável, dono de uma formidável biblioteca.  Único jornalista do Maranhão, que "cobriu" diretamente na grota do Angico, o fim do cangaceiro Lampião, e parte de seu bando. Era da Academia Maranhense de Letras.

Carlos Alberto Lima Coelho: um jornalista poeta, trabalhou  nos grandes meios de comunicação do Estado.  Dinâmico  e com uma linguagem  fácil. Primeiro jornalista de mídia (televisão), do Maranhão, que  veiculou reportagem nacionalmente (Rede Globo). Autor de inúmeros  livros.

Coelho Neto: chefe de redação, costumava falar "toda história tem duas versões, porém nem todas são "visíveis" ou  expostas". Foi um brilhante jornalista. 

Antônio Carlos Lima (Pipoca): jornalista completo. Sua coluna no jornal O Estado do Maranhão, era verdadeiramente "furos" jornalísticos. Dirigiu o jornal O Estado do Maranhão (1983-1990). Poeta, assim como vários outros,  foi da Academia Maranhense de Letras.

Pergentino Holanda: sua coluna ou revista marcante (política e sociedade),  sempre aguardado aos domingos e segunda-feira. Último jornalista/colunista social, representante de uma era do jornalismo maranhense. 

Flor de Liz: Grande jornalista (sociedade), sempre alegre, responsável durante muito tempo pelo concurso miss Brasil no Maranhão. 

José Linhares: jornalista e proprietário de jornal ao mesmo tempo, tinha contatos com grande maioria dos prefeitos do interior maranhense,  sendo um divulgador de obras existentes ou ainda no papel.

José Gomes (Gojoba), jornalista de  excelência,  redator e chefe de redações, principalmente no Imparcial. 

José Raimundo Rodrigues: Jornalista que modifica os "modos e condutas", para o entrevistado e entrevistador (abraço da moda).  Atuante, ainda na ativa, com um programa na Rádio Timbira do Maranhão. Meu confrade na Academia Poética Brasileira. 

Raimundo Borges: um ícone do jornalismo maranhense. Analista político, com visão, antecipando a notícia.

Joaquim Haickel: jornalista de escrita fácil e firme.  Analista preciso. Escritor da Academia Maranhense de Letras e  meu confrade  no IHGM. 

Ribamar Corrêa: jornalista marcante, responsável  por edição  de política   no jornal  O Estado  do Maranhão.

Décio Sá: assassinato covardemente em um restaurante na praia Ponta da Areia. Seus assassinos (somente os executores condenados), até presente data, nunca foram punidos.

Mhário  Lincoln: Dinâmico, poeta, oratória  e escrita  verbalizada. 

Vânia Rodrigues: Jornalista, ainda na lida. Cobriu o caso das "Crianças Emasculadas" que chocou o Brasil. Jornalista do O Imparcial e O Estado do Maranhão. 
Hoje, âncora do programa Vânia Rodrigues News (VRNEWS).

Quem não  aguardava os escritos no caderno Alternativo (O Estado do Maranhão), literalmente escritos por "feras", nome dado aos bons: Ubiratan Teixeira, José Chagas, Jomar Moraes, Benedito Buzar, Ivan Sarney, Bernardo Almeida. A coluna  de José Sarney,  sempre bem escrita e chamativa, alvo de debates no "senadinho", na Praça João Lisboa.

Jersan Araújo: jornalista das antigas, Calejado nas redações dos inúmeros jornais que trabalhou. 

Manoel dos Santos Neto: jornalista  completo completo. No jornal Pequeno, sempre com reportagens biográficas, políticas, livros, escritores.

Aldionor Salgado: com lavras políticas e ácidas. Documentou a prisão de uma das mais belas aves, o Bentivi, que cantava e canta até  os dias atuais.  Sempre  defendendo  seus princípios e sua honradez.  

Hélcio Silva: na lida em seu blog, oposicionista, mesmo ocupando cargo política. Escreve com lealdade.  

Chico Viana: o médico que não tem "papas" na língua.  Fala o quem tem para dizer. Doa a quem doer. 

Marcos Antônio Vieira da Silva: um intelectual, culto extremo, sabia  tudo dos bastidores de nossa política.  

O temido "Doutor Peta": tiradas sarcásticas, jornalísticas, furos, metafórica e metáforas, para muitos sorrisos e outros tristezas.  

Constato que uma redação deve ser sempre lembrada e nomes nunca devem serem esquecidos - antigos e novos, como: Adelino Fontoura, Aline Midlej, Amaral Raposo, Antônio da Costa Gomes, Artur Azevedo, Assis Garrido, Astolfo Marques, Gomes de Castro, Bello Parga, Aldo Calvert, Cândido Mendes de Almeida, Carlos Cunha, Celso Borges, Coelho Neto, Dunshee de Abrantes, Elizeane   Gama, Fernando Mendes de Almeida, Ferreira Gullar, Jorge Nascimento (excelente jornalista), Francisco Teixeira, Franklin de Oliveira, Haroldo Saboia, Helena Heluy, Janiel Kempes, João Afonso, João de Deus Rego, João Francisco Lisboa, João Freire Medeiros, João Mendes de Almeida, Joaquim Serra, José Augusto Corrêa, Josué Montello, Odylo Costa Filho, Lago Burneth, Leonor Filho, José Louzeiro, Luiz Pedro, Luso Torres, Maranhão Sobrinho, Márcio Jerry, Ademar Danilo (ícone da imprensa maranhense),  Milson Coutinho, Nascimento Moraes, Odorico Mendes, Othelino Neto, Pedro Leão Veloso, Raimundo  Jinklings,Telma Borges, Teófilo Dias, Viriato Correia, Wolney Milhomem e outros. 

Nos momentos crepusculares, finalmentes das redações (cheiro de tintas, o teclar das máquinas e o computador), surgem outros nomes:
José Ribamar Pinto, José de Ribamar Guimarães e Sousa (Souzinha),  Chico Viana. Emanoel Viana,  
Ademário Cavalcante, 
José Ribamar Sousa, Domar Lima,Tony Duarte
Batista Braga, Tony Castro, Edvaldo Oliveira, 
Adriana Galvão, Gilberto Lima, Gonçalo Amador (Jornal de Itapecuru), Raimundo Borges, Djard Ramos Martins, Herbeth de Jesus, José Salim, Jota França, Couto Corrêa, Edivan Fonseca, Alfredo Menezes, Mário Reis, Jorge Abreu, Henrique Bois, Montezuma, Eli, Zilda, Ademir, Francilia, Cícero da Hora, Nedilson Machado, Marilda, Nepomuceno, Sérgio, Bento Moreira Lima (meu confrade), Ronald, Philipp Andrés (colaborador), Raimundo Garrone, Oliveira Ramos, Ismael Silva, Pedro Feire, José Reinaldo Martins, Sandro Moraes, Jersan Araújo, Adria Rodrigues, Silvia Moscoso, Graça Mendonça, José Santos, Nonato Reis (escritor do momento), Valquíria Santana, Ieda Falcão, Herbeth Fontenelle (im memoriam), Juracy, Marcelo Rodrigues, Raimundo Coutinho, Bernardo Coelho de Almeida (autor de O Bequimão), José Arnold Filho, Djalma Rodrigues, Jânio Arlei, Rogério Silva, Sidney Pereira,  José Henrique Pereira Santos, Andreia Viana, Albino Soeiro, Fernanda Saboia, Nailma da Gama,Solimar, Robson Júnior, Mauro Bezerra, Roberto Fernandes, Rayol Filho, Battista Soarez, Fernando Júnior, Silvan Alves, Henrique Pereira, Werton Araújo, Anielle Pimentel, Célia Fontenelle, José Reinaldo Martins, Ed Wilson, Josué Furtado, Henrique Pereira, Geovani Spinute, Elbio Carvalho, Márcia, Maria Spindola, Dalva Rego, Eli Coelho, Tirciane Chuvas, Mieko Wada e outros.

Com o advento do novo, surge o jornalista de Blogs e influenciador digital, com  notícias rápidas e quase instantânea, nominarei  alguns:  Jorge Aragão,  Marrapá, Marcos D'eça, Minard, John Cutrim, Jose Linhares Jr., Luis Carlos, Diego Emir, Domingos Costa, Daniel Matos, Leonardo Alves (Codó), Taynara OG, Neto Ferreira etc.

Registra-se os "anônimos" quem não  apareciam nunca, e os com pseudônimos, que nunca identificavam. 

O certo  mesmo é que, com o fim dos jornais impressos, há mudanças nos meios de comunicação, e surge o advento  da inteligência artificial, onde esse profissional estará assim,  como em outras profissões, sujeitos a desaparecerem, porém  ainda lhes  dou parabéns.  

Abaixo fotos  de inúmeros jornalistas que ao longo de suas vidas desempenharam ou na lida diária dessa bonita profissão.  

 Parabéns!!!

 (ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA  - DATA: 07.04.2025. SÃO LUÍS-MA).