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Semana de Aniversário de José Sarney
Por: Mhario Lincoln c/editoria de pesquisa e extensão do Facetubes.
Vamos (eu e você), analisar juntos essas muitas coincidências. A começar pelo ‘começo’, tornado público: aos 1(2) anos, Sarney já se destacava ao ser aprovado com méritos no tradicional Liceu Maranhense. Tempos depois, o casamento em 1(2) de julho de 195(2) com Dona Marly. Aos (22) anos, assumiu a Cadeira (22) da Academia Maranhense de Letras, cujo patrono, Humberto de Campos, também conhecido por usar o pseudônimo "Conselheiro XX", (20), especialmente em revistas e jornais, para publicar suas crônicas e contos, muitas vezes com um tom satírico. Há um detalhe do seu início político: sua vitória esmagadora elegendo-se governador do Maranhão, somando 1(2)0 mil votos contra 103 mil, dos (dois) adversários, reforçando a presença constante do (2) como símbolo de triunfo em sua vida.
Só nesses rápidos exemplos, José Sarney parece ter firmado um pacto discreto com o número (2). Sua poesia, sua política e suas grandes viradas carregam essa cifra mágica como um fio invisível que costura sua trajetória pública e literária.
E na literatura? Não vamos longe: a segunda (2) edição de "Os Marimbondos de Fogo" impulsionou a venda de exemplares e consagrou o jovem Sarney como poeta nacional. Em 198(2), o livro "O Parlamento Necessário" tornou-se febre entre os parlamentares brasileiros, e, mais uma vez, o número (2) parecia acenar com cumplicidade.
A partir desses exemplos, o (2) me levou a ideia de um maior aprofundamento no tema - que a mim me parece inédito, até agora - envolvendo José Sarney de Araújo Costa.
Então, qual seria a lógica dessa relação Sarney x Numerologia? Claro que fui a campo para pesquisar e li coisas realmente muito interessantes. Tive que ler um ebook, chamado de "Success by the Numbers: A Complete Numerology Guide for Understanding Yourself and Others" (ou) "Sucesso em Números: Um Guia Completo de Numerologia para Entender a Si Mesmo e aos Outros", de Lynn Buess.
Acho que acertei na escolha porque a obra explora como os números influenciam traços de personalidade e caminhos de vida, oferecendo insights para utilizar a numerologia (in) desenvolvimento pessoal e compreensão interpessoal. Não conhecia, mas ganhei demais lendo esse livro. Isso porque, entendi que a trajetória de José Sarney - questio facti - pode ter, sim, uma relação básica com a numerologia. Se não, vejamos (eu e você):
A numerologia atribui ao número (2) a diplomacia e a sensibilidade — atributos que definem de maneira quase perfeita, o estilo de Sarney: firme na defesa de seus ideais, mas sempre preservando a elegância e a suavidade no trato público e pessoal. Li também no livro que grandes líderes como Barack Obama e Bill Clinton possuem o (2) como número de caminho de vida, associado à diplomacia e cooperação. Na Índia e Inglaterra, figuras como Mahatma Gandhi e Charles Dickens também estão associadas ao número (2), refletindo traços de empatia e habilidade de comunicação. Gandhi, por exemplo, é conhecido por sua abordagem pacífica e conciliadora, características alinhadas às atribuições do número (2) na numerologia.
Sobre Sarney, vale incluir um fato interessante: durante a visita de Juscelino Kubitschek a São Luís, lá em 1968, o então governador do Maranhão fez questão de homenageá-lo. Escolheu a data de 1(2) de dezembro para recebê-lo em grande almoço. Minha mãe, colunista social Flor de Lys, convidada que foi para essa ocasião, escreveu em sua coluna: "(...) a entrada. Dois (2) deliciosos casquinhos de caranguejo, servidos em pratos de porcelana francesa (...)".
Na verdade, pesquisei parte da história de José Sarney para entender (ou quem sabe escrever um livro sobre) se realmente havia alguma conexão real com o número (2) que tivesse interferido para mudar a vida ou contribuir para uma “grande virada” nesse contexto, incluindo, de forma clara, também, a diplomacia e sensibilidade — atributos frequentemente observados no ex-Senador.
Ao ler sobre o acidente de avião em que ele iria embarcar, ratifiquei minha confiança de que o (2) fazia sim, parte de sua vida. Lembram do Voo Varig que ia para Orly (Fr), em 11 de julho de 1973? Viram o número do voo? Varig 820. RG8(2)0.
A Aeronave era um Boeing 707-3(2)0C, prefixo PP-VJZ. José Sarney estava escalado para embarcar nesse voo com destino a Paris, onde participaria de compromissos oficiais. No entanto, por motivos pessoais, (até falam que foi uma conversa anterior que teve com o empresário Moacir Neves) decidiu não embarcar na última hora. Essa decisão inesperada salvou sua vida, pois, dos 134 ocupantes, 1(2)3 faleceram. Um detalhe mais interessante: as coordenadas do local do acidente: 48°40′56.8″N (2°)16′(22).1
Na sequência de seus inúmeros sucessos, Sarney é eleito o (20.º) Vice-Presidente da República Federativa do Brasil, na chapa vitoriosa de Tancredo Neves, antes de se tornar Presidente, com a morte de Tancredo no dia (2)1 de abril de 1985. Outra coisa: essa eleição (mesmo indireta, pelo Colégio Eleitoral), marcou o rompimento de quase (2)1 anos de regime militar.
Os números (22) e (2)1 aparecendo novamente. Datas em que Sarney ingressou na AML (22) e (21), a morte de Tancredo. Esses números mudaram significativamente a vida de Sarney, a partir daí, nas áreas da Literatura e da Política.
Depois, como Presidente, ele implantou uma das ações mais corajosas para a época, cuja finalidade era debelar uma inflação que estava na casa dos 500%. Foi então que o Brasil assistiu ao lançamento do Plano Cruzado — e depois do Cruzado II —, em uma tentativa corajosa de domar esse ‘dragão’ da inflação que corroía o país.
Vieram cortes de zeros, mudança de moedas etc. A inflação foi drasticamente reduzida. Mas em meio às medidas da Equipe Econômica, teve que ir mais longe: estabeleceu que, se a inflação atingisse ou ultrapassasse (20%), haveria um disparo automático do chamado "gatilho salarial", reajustando os salários dos trabalhadores (20%), na mesma proporção. Silencioso o (2) aparecia em outro momento crucial para a Nação brasileira, com Sarney.
Todos esses fatos até agora narrados (e tem mais) me levaram a crer (apenas uma opinião pessoal e intransferível, claro) na dualidade de princípios esotéricos ou mesmo religioso do (2). Sim, religioso também.
A começar pela Bíblia que apresenta diversas situações em que o número (2) é significativo. Por exemplo, Jesus enviou seus discípulos em (duplas) para pregar o evangelho (Marcos 6:7), enfatizando a importância do apoio mútuo e do testemunho conjunto. Aliás, uma das passagens mais fortes do Livro Sagrado é essa. Em Mateus 18:(2)0, Jesus afirma: “Porque, onde estiverem (dois) ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Parênteses nossos).
Voltando ao enredo, vale ressaltar que o (2) também esteve presente quando era urgente dar continuidade a sua carreira política. Lembra que ele foi convidado a se candidatar pelo Amapá, para representar aquele estado no Senado? Com isso, tornou-se um dos raríssimos políticos brasileiros a ser senador por (dois) estados da Federação; Maranhão e Amapá, um feito tão raro, quanto numerológico. Ou, não?
Cito na sequência (2) momentos em que Sarney põe abaixo aquela máxima de que “ninguém é Rei em sua própria terra”. Duas (2) provas, entre muitas:
1 - Em (2)023, durante o Encontro Internacional de Escritores de Língua Portuguesa, o desembargador (TJ-MA), Lourival Serejo fez questão de lembrar a influência de Sarney: "A iniciativa do então presidente José Sarney levou o nome do Maranhão para além das (2)00 milhas".
2 - O escritor maranhense Ferreira Gullar escreveu: “(...) foram alguns, mas (2) deles, os cruciais para o 'sim' ao convite para a ABL. (...) pela amizade que a eles me liga, insistiram incansavelmente para que me candidatasse à ABL, Eduardo Portella, José Sarney (...).”
Está no discurso de Posse de Ferreira Gullar, nos anais da Academia Brasileira de Letras, datado do ano de (2)014. E aí, outra importante coincidência numérica? Gullar ficou na ABL exatamente (2) anos após sua posse. Veio a falecer em 4 de dezembro de (2)016. Coincidência? Repito. Talvez, para os que se guiam apenas pela razão. Para os que veem a vida pelos olhos da espiritualidade e do coração, Sarney é um exemplo vivo de que alguns destinos são silenciosamente moldados por cifras invisíveis, como ensinava Pitágoras, o "pai da numerologia".
Assim, em (2)4 de abril de (2)025, ao celebrar seus 95 anos de vida, José Sarney não comemora somente o tempo que passou, mas a arte secreta de transformar a vida em lenda com poesia e números. Desta forma, prestes a publicar seu 1(2)4º título, Sarney escreve com o vigor de quem, aos (22) anos, acreditava que a literatura e a política eram apenas (duas) faces do mesmo sonho — e que, entre um e outro, sempre haveria espaço para a eterna dança do número 2.
Sim. E que dança literária vitoriosa. A título de curiosidade, abaixo pesquisei as obras de Sarney que pelo (sim) ou pelo (não), aconteceram envolvendo o número (2):
a) Sarney, curiosamente, tem momentos cruciais em anos terminados em 2 (1952, 1972, 1982, 1992, 2002, 2012, 2022). A começar pela Segunda (2) Edição de Marimbondos de Fogo, em 198(2), obra que realmente abriu os horizontes internacionais para a poética sarneyista.
Em outros contextos:
1) 1972 – Em 1972, Sarney foi indicado para integrar o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, um dos mais antigos centros culturais do Brasil.
2) (2)005 – Tradução de "O Dono do Mar" para o inglês: Publicada em Nova York pela Aliform Publishing, com tradução de Gregory Rabassa.
3 - (2)008 – “Saraminda”, finalista do Eric Hoffer Book Award. A tradução inglesa intitulada "Saraminda: Black Desire in a Field of Gold", foi finalista deste prestigiado prêmio literário nos Estados Unidos.
4 - (2)010 – Tradução de "Saraminda" para o alemão: Com apoio da Fundação Biblioteca Nacional, a obra foi apresentada na Feira do Livro de Frankfurt, um dos maiores eventos literários do mundo.
5 - 2022 – Em 2022, no contexto das homenagens pelos seus 70 anos de vida pública, foram lançadas coletâneas e eventos que também ressaltaram seu trabalho literário.
São inúmeros momentos em que o número (2) se apresenta com conotações de grandes viradas e que carregam essa cifra mágica como um fio invisível que costura sua trajetória pública e literária. Pois bem! Não é exagero dizer que o número (2) - por coincidência ou não - pode ser a senha invisível que abre todas as portas na história de Sarney. A porta da palavra, a porta do poder, a porta da permanência. Um número que não apenas acompanhou, mas escreveu com ele — letra a letra, verso a verso — a construção de uma vida, onde dualidade nunca significou divisão, mas plenitude.
Destarte, nesta semana de celebrações de seus 95 anos de vida, o que se deve fazer é celebrar novos ciclos, pois José Sarney permanece como testemunho vivo de que há uma matemática secreta no universo — e que alguns homens, escolhidos talvez pelos caprichos mais sutis da eternidade, são chamados a viver sob essa matemática silenciosa, sagrada e eterna.
Parabéns, Presidente Sarney!
Jornalista Mhario Lincoln, presidente da Academia Poética Brasileira.
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