SÁBADO POÉTICO
As irmãs poetisas: homenagem especial
Ambas pertencem a Academia Literária Internacional de Poetas e Escritores - ALIPE: Nauza, Cadeira 94 e Maura, Cadeira 89.
A poeta Nauza Luza Martins (Brasília DF) tem dois livros de poemas publicados “Jogo de Palavras”/2017 e “Interlúdio Poético”/2020, ambos pela Ed. Chiado Books. É coautora em 26 Antologias Poéticas com temas diversos, algumas em fase de publicação e com previsão de lançamento ainda este ano.
Escreve de uma forma irreverente, sem perder a sutileza. Seu estilo poético é eclético e cosmopolita, trazendo sempre, para o nosso deleite, temáticas diversificadas que abrangem costumes, lugares, curiosidades, culturas do mundo inteiro, e, suas vivências. Tudo isso compõe sua personalidade poética.
Seus poemas possuem linguagem clara sem perder a erudição, com pinceladas de sedução, encantos e controversos sentires existenciais. Sentires estes, que acabam por dar um toque mágico instigante às suas composições. Também é interessante ressaltar, a intimidade poética desta poeta incrível com a lua, entre seus escritos percebe-se uma cumplicidade salutar com esse ser lunar.
Seus sentimentos e pensamentos clássicos líricos são perceptíveis em cada verso e em cada estrofe de suas composições como um todo. Portanto, há de se considerar a leitura dos ensaios poéticos da poeta Nauza Luza Martins, uma fascinante viagem ao mundo místico imaginário Nauzaluzano.
NO PÔR DO SOL VEJO VOCÊ
Nauza Luza Martins
Contemplo mais um pôr do sol
Do nosso lugar favorito
Lanço meu olhar sem curvas nem distrações
Fixo no horizonte onde o sol se põe
Elegante, colorido com seus raios brilhantes
Surgem tantas lembranças...tantas!
Você não está aqui. Nada é mais como antes.
Preciso guardar minha saudade
Para buscar nas estrelas
Uma fagulha de você onde estiver
Se não encontrar, resta a lua
A lua – meu talismã me levará aonde eu quiser
Minha mente fervilha engendrando maneiras
Inspirando um jeito para que eu seja sua.
Elevo meu olhar ao longe, vejo você por toda parte
Aqui, neste lugar, onde juntos tantas vezes
Apreciamos o pôr do sol lindo em seus matizes
Esperando para ser visto em seu glorioso ensejo
Nos inspirou belas canções e poesias de amor
Descrevendo nossos gostosos momentos juntos
Parece até que se alegrava em nos admirar felizes.
(Lua de Vênus)
Direitos reservados à autora: Nauza Luza Martins
Lei nº 9.610, de 19/02/1998
& Maura Luza Frazão (MA): É difícil falar sobre a poeta Maura Luza Frazão de forma resumida. Maura nasceu para brilhar. Sempre se diferenciou por seus posicionamentos frente à vida, família, amizades, trabalho. Maura tem foco, não se fixa na dor, ama sua família e seu trabalho como Educadora realizando um trabalho de excelência em sua ampla área de atuação como Pedagoga e Psicopedagoga.
Maura é diligente, raciocínio rápido, culta, amante da leitura, prima pelo melhor em tudo o que faz. Protetora de seu mundo, de sua própria vida e de sua família.
Maura tem muitos sonhos, luta para realizá-los, renasce a cada dia. Sua vida é a própria definição de renascimento. Nunca se cansa de enveredar por novos caminhos, por novas emoções, novas conquistas, agregando valores aos desafios que se apresentam a ela.
"Fiz-lhe um desafio. Ela murmurou, tripudiou, tentou se justificar dizendo que eu era a poeta da família. Não aceitei tal argumento. Eu a conheço bem. Somos irmãs e almas gêmeas. Herdamos da nossa mãe o mesmo amor e paixão pela leitura. Passava da hora. Joguei duro. Pronto. Maura despertou. Escreveu seu primeiro poema “Minha Essência”. Li e pasmei. Maura, finalmente, capitulou e se reencontrou na poesia", confessa a irmã Nauza Luza.
Assim, não há porque não aplaudi-las com intensidade. Agora, Maura, por seu primeiro livro solo de poemas “Nuances de uma Essência” no estilo SPINA, nova forma poética, justo que, se identificou com o mesmo e nele brilha como uma estrela em ascensão. É coautora em 21 Antologias Poéticas de temas diversos, algumas em fase de publicação e com previsão de lançamento ainda este ano. E agora, com EXCLUSIVIDADE, o primeiro poema escrito por Maura Luza. Que #honra ser publicado pelo Sábado Poético/Facetubes.
MINHA ESSÊNCIA
Maura Luza Frazão
Muitas vezes me sinto a divagar...
Em pensamentos e devaneios existenciais
Aprendi com o tempo a ser essa pessoa
Que todos acreditam compreender
Uma pessoa amável e fácil de conquistar...
Amável sim..., contudo, fácil?
Nem pensar!
Muitas vezes preciso esconder
Minha essência de mulher forte
Num cenário onde a fraqueza é protagonista
Permeado por pessoas lamurientas
Onde uma mulher firme...
E de ideais desmistificados de tabus
Precisa quase sempre...esconder a sua essência.
Muitas vezes me sinto cheia de espaços vazios
Inquieta com algumas certezas intrínsecas ao meu ser
Em alguns momentos o arquétipo da mulher virtuosa
Em uma sociedade machista...
Em outros a menina... a mulher... a esposa... a amante....
Ou então, apenas EU!
E minha essência real e plena de mulher.
Muitas vezes me divirto pensando...
Me perco em meus devaneios...e me pergunto
O que fariam todos à minha volta
Se pudessem me ver como verdadeiramente SOU?
Simplesmente mulher - firme, forte, inteligente
Sagaz e com uma boa pitada de alta autoestima
Que sonha com um mundo livre de limites de expressão!!!
Da Antologia Registros Femininos – Chiado Books.
Maura Luza Frazão. São Luís/MA/Brasil.
Destaques poéticos da semana
Leticia Mariana (RJ/RJ)
Letícia é brasileira, mora no Rio de Janeiro e tem 20 anos de idade.
Escritora, palestrante e criadora de conteúdo na internet. Acadêmica da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil (ACILBRAS), ocupando a cadeira número 280, tendo como seu Patrono o Comendador Maestro Caaraura, sendo também assistente administrativa da academia.
Autora da obra ‘Entre Barbantes’, publicada em 2018 pela Editora Multifoco sob o selo ‘Birrumba’. Congressista no ‘Congresso Universal de Escritores’, sede em Lima, Peru. Participa de encontros virtuais internacionais e também de debates em rádios brasileiras.
Eterno penar
Letícia Mariana
Os poetas da janela,
Eterno penar!
Eu, poetisa dos mortos,
E do enclausurar!
Vivo em papéis sentidos,
Quartel e sensações!
Descanso sem destinos,
Almofada sob espinhos.
Lágrimas que alegram,
Numa eternidade que grita.
Bebo sem álcool,
Mas o efeito está em mim.
Sou o sim,
O não,
E o tudo!
Sou mulher no escuro,
E homem na poesia.
Sou feminina,
Mas não me quero?
Eterno penar,
Sou o fim do tormento,
E também o iniciar,
Do lamento!
Destaques Maranhenses:
Francisco Tribuzi (São Luís/MA, 24 de janeiro de 1953). Poeta brasileiro. Autor do livro Verbo Verde (1978), também dos inéditos: Azulejado (poesia), Tempoema (poesia) e Sob a ponte (contos). Possui publicações em jornais, revistas e antologias, como Hora de Guarnicê, Poetas da Ponte, A Poesia Maranhense no Século XX (org. Assis Brasil) e Atual Poesia do Maranhão (org. Arlete Nogueira Machado). A produção literária de F.T. foi destacada em As Lâmpadas do Sol (ensaio de Carlos Cunha) e Um degrau (revista literária da UFMA). Filho do poeta Bandeira Tribuzi. Prepara uma publicação que reúne seus trabalhos inéditos. (MA).
Domingo
Francisco Tribuzi
O domingo é uma fogueira
Queimando as cinzas das horas mortas
Com seu silêncio escorrendo da goteira
Feito a solidão se escondendo atrás das portas
O Domingo parece uma chuva passageira
Lavando levando as horas mortas
Sumindo a solidão derradeira
Entre portos perdidos de suas rotas.
JOÃO BATISTA GOMES DO LAGO (MA):Desde muito cedo JOÃO BATISTA DO LAGO teve contato com o universo da literatura, sobretudo a Poesia, que, segundo ele, “faz parte da natureza do maranhense, a ponto das pessoas se tratarem pelo codinome comum a todos de ‘Poeta’ ao se encontrarem ou passarem umas pelas outras”. Essa característica maranhense, segundo o autor, “fez com que eu me tornasse um poeta compulsivo, mas ao mesmo tempo desenvolvi uma severa autocrítica”. Em razão disso, diz ele: “apesar de ter produzido, ao longo de todos esses anos, em torno de cinco mil versos, aproximadamente, nunca me achava capaz de publicar um livro; tenho em mente que a minha poesia está sempre na iminência de ser completada, melhorada, atualizada e contextualizada no meu presente… no meu campo real”. E sintetiza: “Penso que agora estou pronto para publicar um livro de poesias!”.
Ao falar mais especificamente do caráter literário da sua poética JOÃO BATISTA DO LAGO revela que se considera um poeta “surracionalista” (palavra cunhada pelo filósofo Gaston Bachelard), ou seja, “tal qual no surrealismo utilizo as palavras como objeto para alcançar o objetivo de uma ‘experienciação’ para uma nova realidade experimental, sacando-a do campo da simples epistemologia e introduzindo-a no campo da ontologia pura, na qual é operante uma meta-estética da fenomenotécnica; minha proposta é ultrapassar a simples qüididade da palavra e do texto no que se refere à essencialidade ou a substancialidade – seja geométrica, estética ou gramatical. Ora, isso sugere a desverbalização da palavra em si, de si e para si, o que significa a desconstrução do discurso da palavra ou do texto homófono, para constituí-lo e fixá-lo como ‘sujeito’ do discurso substancial, real e concreto, em síntese, ontológico”.
DESENCONTROS
João Batista do Lago
Vão, minh'asas,
E diz a ela, por favor,
Que a esperei pela noite inteira.
Diz a ela, diz a Jaci,
Que as montanhas modernas
A esconderam de mim;
E que o senhor do tempo
Ciumento e carrancudo
Fez do nosso encontro trovões e relâmpagos.
Vão, minh'asas,
Diz a ela, diz a Jaci,
Que amanhã estarei aqui.
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Convidado Especial: Edmilson Sanches
Consultor/Palestrante na empresa Consultoria. Trabalhou como Consultor na empresa Associação Comercial e Industrial de Imperatriz - ACII (2004 / 2006). Trabalhou como Editor na empresa Instituto Imperatriz 2001/2003. Trabalhou como Assessor da Presidência - Brasília - DF (último cargo) na empresa Banco do Nordeste do Brasil S. A. (1979 / 1996). Trabalhou como Secretário de Desenvolvimento na empresa Prefeitura Municipal de Imperatriz (1997 / 1999). Estudou Psicopedagogia (pós-graduação) ( não-concluída) na instituição de ensino Ministério do Exército / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudou Administração e Negócios (pós-graduação) na instituição de ensino UMC - Fortaleza, Ceará. Estudou Bacharelado em Administração Pública na instituição de ensino Universidade Estadual do Maranhão. Estudou Update in Organizational Behavior (seminário) na instituição de ensino Wharton School of Business. Estudou Direito (Não concluído) na instituição de ensino Universidade Federal do Ceará (UFC) - Fortaleza, Ceará. Estudou Letras na instituição de ensino Universidade Estadual do Maranhão - UEMA. Estudou Comunicação para o Desenvolvimento Regional - Cátedra UNESCO na instituição de ensino Universidade Metodista de São Paulo. Estudou Administração Pública (aperfeiçoamento) na instituição de ensino UNEB, Brasília-DF. Frequentou Colégio São José - (Contabilidade) - Caxias (MA). Mora em Imperatriz.
VIA
À parecença de Cristo
de Paulo
Pedro
Francisco
viajo
caminho
ando
ando
ando.
Tal qual o Salvador,
que nem gente santa
-- mas não a eles igual --,
eu pecador
prego
(“De que adianta?!”)
conhecimento
fé
futuro
esperança
positividade.
Amor.
Ide
e pregai.
Assim,
ando
ando
ando.
Também se plantam
flores
com os pés.
EDMILSON SANCHES
Mín. 17° Máx. 23°
Mín. 15° Máx. 26°
Sol, pancadas de chuva e trovoadas.Mín. 16° Máx. 27°
Sol, pancadas de chuva e trovoadas.