Parte da postagem do Projeto Sonetos de Shakespeare de 2022
UM BRINDE AO “ADMIRÁVEL MUNDO NOVO”
Se acharmos que fazemos algo novo, é porque não lemos o que veio antes. Se acharmos que somos modernos é porque estamos desconectados da realidade.
Acredito que um café com Shakespeare, Platão, Nietczsche, Throreau, Goethe seria algo fantástico. Com certeza seria discutido sobre a falta de sensibilidade, sapiência e a corrupção dentro das relações humanas, não apenas na política. Entraria em pauta, a problemática das castas sociais que gera impactos econômicos, sociais e ambientais que compromete a qualidade de vida de todos os seres vivos no Planeta.
Parece que de todos, Shakespeare seria mais irônico, Nietczsche e Goethe, seriam mais espirituais e filosóficos e Throreau, mais radical em suas convicções em relação a sustentabilidade e ao padrão de vida e consumo humanos. Platão foi o fio condutor, talvez ele tenha vindo de algum planeta extraterreno. No meio disto, iria entrar no contexto, o comprimento de onda dos sons, relacionado à frequência das cores, a observação dos diversos detalhes e movimentos dos elementos de um jardim, onde estaríamos tomando o café, ao som de Jonh Coltrane.
Tudo já foi dito antes, de forma clara e fantástica. Somos variaciones sobre um mesmo tema. A condição humana consiste nisto. Talvez vivemos no próprio inferno, repetindo a nossa desdita por falta de consciência.
O equilíbrio e a harmonia do contraste, a medida certa do trânsito sem preconceitos pelos diversos polos do nosso cérebro, nos falta.
A linha reta do que é certo ou errado diante do princípio da incerteza que nos representa, nos leva a antecipação do fenômeno das mudanças climáticas. Enquanto o humano for tido como centro universal, onde tudo foi feito para ele e a partir dele, em detrimento dos demais elementos bióticos e físicos, do qual, a sobrevivência dele é dependente, estará fadado ao desequilíbrio e ameaçado de extinção.
ASSIM DIRIA TITÂNIA
Joema Carvalho
num sonho
duma noite de verão
sapo
príncipe?
asno
efeito sedução
findou-se
com poção
dum tombo
salto
n’ asas duma libélula
quando viu abismo
voo
assim como as demais
sentiu-se única
princesa
sapa
cadela
não deixou
de ser ela
pata?
quem pensou
é que era
anta
galinha
trouxa embotada
passou
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