Atenção: é com uma honra e um respeito muito grande, além de minha admiração pessoal, que tirei da gaveta essa coluna de estreia do meu avô Mhario Lincoln e tomei a atitude de publicá-la hoje. Ele estava aguardando sua volta à editoria desta Plataforma. Mas, como neto ansioso, decidi tornar público por ser uma coluna diferenciada e muito importante para o contexto. (Lorenzo).
COLUNA DE MHARIO LINCOLN
BOMBA: As aventuras de uma criança chamada Alice que desce por um buraco para emergir no País das Maravilhas transformou Lewis Carroll em um autor reconhecido e bem-sucedido e bem famoso de seu tempo. No entanto, o criador daquele fantástico relato desejou um dia não ter escrito o livro que acabou lhe consagrando como lenda literária. "Às vezes eu desejaria não ter escrito nenhum dos meus livros”, disse Carroll em uma carta do escritor a uma amiga, mostrando sua rejeição à fama. Mas, nem essa simples carta não deixou de fazer sucesso. Na casa de leilões inglesa, Bonhamsem, essa folha de papel assinada pelo autor de "Alice no País das Maravilhas", ultrapassou os 3.500 euros. Difícil se livrar da fama.
BOMBÍSSIMA: Ernest Hemingway cometeu suicídio devido a problemas de saúde física e mental. Esses fatos são amplamente divulgados em, pelo menos, duas importantes biografias de Hemingway: Livros como “Hemingway: A Life Without Consequences” de James R. Mellow e “Hemingway’s Boat” de Paul Hendrickson. O livro (“Hemingway: A Life Without Consequences") detalha que Hemingway enfrentou uma combinação de problemas de saúde física e mental, incluindo depressão severa, delírios paranóicos, transtorno bipolar, dores crônicas e alcoolismo. Além disso, o suicídio de seu pai e o histórico familiar de suicídio também contribuíram para seu estado mental debilitado.
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EU DESCOBRI....
RÁPIDAS
NOTA ZERO: o músico Chiquinho França, um dos mais importantes da história da música do Maranhão, abriu a semana com uma forte reclamação sobre o apoio do Poder Público às manifestação de Literatura, Arte e Música, pertinentes aos seus amigos e colegas, artistas do Estado. "É inadimissível se mandar buscar atrações fora do Estado tão rico em tudo, para pagar milhões para atrações de fora que nem mesmo agradam o público em geral. E quando contratam gente daqui, passa de 3 a 4 meses para pagar as apresentações. Isso é um absudo", reclamou Chiquinho. (Sobe o pano).
FOTO DO DIA: Dois dos acadêmicos da Academia Poética Brasileira, seccional PR. Osmarosman Aedo, um dos coordenadores da antologia de sucesso, PARNASO, vol VI; o outro, poeta DANIEL MAURÍCIO, quando recebia seu livro, pela aplaudida participação. Aliás, esse trabalho que se estende por seis anos, é um dos principais incentivos para a descoberta de novos poetas em todo o Brasil. Junto, na coordenação, outra acadêmica APB: poeta Silvana Mello.
A POESIA QUE ENCANTA
A frase “Que seus olhos sejam atendidos”, da poeta (APB), Luciah Lopez, autora de "ENTRE VERSOS - A palavra branca é nua", - em meu bestunto, é, sem dúvida, um convite para que os desejos mais profundos e ocultos sejam realizados. Porque, os olhos representam não apenas a visão física, mas também a percepção interna e os sonhos; um pedido do universo pelos anseios mais íntimos e secretos. Há uma sensualidade imensa nessa frase da poeta paranaense Luciah Lopez. Isto é, o ato de “atender” os olhos sugere uma entrega completa aos prazeres visuais e emocionais, mas, no entanto, numa fusão entre o desejo e a realidade. Assim, “Que seus olhos sejam atendidos” pode ser visto também, como um desejo de que a pessoa encontre paz e contentamento ao aceitar o que vê e experimenta, sem se deixar levar por desejos insaciáveis ou ilusões. e se isso se tornar um caos? Aí chamo para a mesma mesa Sêneca: "A tranquilidade não é a ausência de caos, mas a capacidade de lidar com ele de forma serena". acrescento: “Que seus olhos sejam atendidos” pode ser (e por que, não?) o nome do próximo livro de Luciah. Vamos aguardar.
Já "... quero uma lua de mel comigo mesma", de Rupi Kaur, escritora que vive no Canadá e tem livros de sucesso como "O que o sol faz com as flores" e "Outros jeitos de usar a boca", Sugere um desejo de autoamor e autocompreensão profunda, simbolizando uma conexão íntima com o próprio eu. E quem ainda não se entregou literalmente ao autocuidado, à autoexploração e à celebração das próprias qualidades? E quem pensa que algo, apenas sensual, essa, não se limita ao físico, mas se expande para o emocional e o espiritual, marcando um encontro profundo com a própria identidade e os próprios desejos. Detalhe: como gosto de analisar tudo sob a ótica do estoicismo, posso afirmar que tal frrase também remete à internalização dos valores e do autodomínio, em vez da dependência de fatores externos. Aliás, tal fato é até mesmo pedagógico, pois ensina de forma direta que antes de buscar relações externas significativas, deve-se, primeiro, estabelecer uma relação profunda e saudável com nós mesmos.
Enfim, duas excepcionais poetas, cada uma em seu estado de espírito! amei lê-las, hoje.
O SEGREDO DE ADÃO: Diante de situações imprevistas e fora de seu controle, os homens frequentemente se abstêm de agir. Este fenômeno, presente desde os primórdios da humanidade, é ilustrado pela narrativa bíblica em que Adão, em silêncio, observa Eva ser enganada pela serpente. As consequências desse erro, como é amplamente conhecido, foram trágicas. Em “O Silêncio de Adão”, o renomado autor e psicólogo cristão Dr. Larry Crabb, em colaboração com Don Hudson e Al Andrews, oferece uma análise perspicaz sobre a formação dos homens segundo a perspectiva divina e os fatores que os levam a desviar-se de seu propósito. Desta forma, o leitor é instigado a refletir sobre o que define e confere significado à masculinidade, recebendo orientação para enfrentar a omissão, as feridas emocionais, a falta de habilidades e a competitividade orgulhosa. Vale ler esse livro.
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O SEXTO SEXO: "(...) um livro realmente fora da casinha. É um trabalho que pretende surpreender a todos. Um livro maduro e bem elaborado sob um aspecto sensual de outro mundo, fora das concepções até hoje generalizadas". Uma análise rápida do prefaciador da obra, escritor João Ewerton, autor de várias obras do gênero 'Literatura Fantástica'. Um dos melhores roteiristas e diretores de Cinema do país e ex-Secretário de Cultura da cidade de Valença, no Rio de Janeiro. Abaixo, ele mesmo escolheu o poema para publicar nesta estreia da coluna.
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Mhario Lincoln
Quando teus dedos
aprenderam a desenhar
a apoteose da puberdade,
você sorriu por inteiro
e mostrou a obra de arte
para seu ursinho, companheiro de quarto.
Segredos de quatro paredes
inconfessáveis nas missas, nem
nos cultos de domingo.
O pastor se horrorizaria.
e o padre não entenderia
as idas e vindas ao céu
sem orações e novenas.
Nem o cachorro sentiria
mais ciúmes do ursinho faceiro.
E sabe qual a única coisa
que pode sustentar essa sensação?
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Nunca tornar-se um 'ninguém' adulto!
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VÍDEO-BÔNUS
"Raul Seixas tinha acabado de lançar o compacto da música “Gita”, que já era um sucesso, quando veio a Curitiba junto com Paulo Coelho para uma série de shows no Teatro Paiol, de 2 a 5 de maio de 1974. No primeiro dia, hospedado no Guaíra Palace Hotel, Raul deu uma entrevista à TV Paranaense falando sobre sua forma de ver a música e o comercialismo". (raulseixasnaweb)
(Arquivo recuperado do Museu da Imagem e do Som do Paraná - MIS-PR/raulseixasnaweb)
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